Nikolai
Quando abro a porta do meu escritório e vejo que Aleksandra está diante de mim sei que as coisas não devem ir bem no meu dia, mas quando seu punho acertou a minha cara em cheio notei que devia usar alguns truques para afastar as energias negativas ao meu redor, pois é bem claro que estou sendo perseguido por esse tipo de maldade.
Seguro meu queixo ao me perguntar como um corpo tão esguio consegue ter tanta força acumulada para gastar desse jeito, pois faz tempo que senti um soco com tanta vontade expressa de forma nítida.
— Não sei se devo dizer que é bem-vinda — profiro ao notar que suas mãos estão sujas de sangue e o riso psicótico em seu rosto faz com que eu apenas dê espaço para que entre enquanto noto que dois dos meus seguranças estão no chão sendo questionados pelo que perdeu a chance de ser atacado.
Nikolai— Por que não me conta o que houve desde o início? Posso ver que teve alguma diversão. — Analisa as próprias mãos e os resquícios de sangue em suas roupas, contudo, sequer pensou em se livrar deles ao vir atrás de mim, o que significa que a sua raiva era tanta que não se interessava pelo que achavam ao vê-la.— Começamos pelo fato de a sua equipe não ter apagado a minha presença como deveria? — indaga.Como pode iniciar a conversa acusando a minha equipe de não ter feito um bom trabalho? Como pode ter certeza de que é culpa nossa?— Como tomei minhas próprias decisões para ter certeza de que não me encontrariam imagino que a ú
Nikolai— Você está louco? — Berra antes mesmo que eu possa dizer qualquer outra coisa.— Não sabe o peso que tem o nome da minha família, somente ele...— Não é exatamente por isso que eu acabei em problemas? De quem é a culpa? — inquire ao cuspir as palavras injuriada. — Não, não me casarei com você. Nunca. Jamais. Nem que fosse o último homem na terra.— Acho que também já ouvi você dizendo isso.— Está pensando que sou idiota? Ou não confia que eu não quero matá-lo? — questiona, furiosa.— Tenho certeza de que nã
NikolaiA gargalhada dos meus irmãos faz com que eu me odeie por ter decidido contar a eles o ocorrido. Não me preocupei em manter segredo sobre grandes detalhes escondidos, já que Aleksandra deve imaginar que não casaria às escondidas e não importaria a desculpa, meus irmãos não acreditariam em qualquer coisa que dissesse.Porém, não deixo de me sentir um idiota ao ouvir suas risadas.Já o meu pai parece estar falando sobre qualquer outro assunto que não a minha ideia louca de me casar com a mulher que admitiu ter sido convidada a me matar. Não sei se por não se preocupar com o que escolherei ou se por chegar a uma conclusão semelhante a minha não demonstra preocupação. Nikolai“O inferno deve ter sido aberto sem que eu saiba”, penso ao ver o cano da arma apontado para a minha cara quando no final dela não há mais do que uma mulher recém-saída da adolescência.Dizem que você não pode levar o dedo ao gatilho até que esteja pronto para matar e ela o tem bem ali, não há um único traço de que possa mudar de ideia, está pronta para explodir o meu crânio e jamais imaginei que veria tantas mulheres tentando me matar em pouco tempo.— Quem permitiu que você subisse até aqui? — pergunta ao verificar os sujeitos atrás de mim que foram instruídos a não fazerem nada, independente do que vissem, pois não queria 57. Não acredito, parte 1
NikolaiDisse que não deveriam agir de modo algum. Qualquer coisa poderia piorar consideravelmente minha situação com Aleksandra, não posso me dar o luxo disso agora. Não quando parece ser tão querida por minha família antes mesmo de a conhecerem de verdade.Me enterraria ainda mais na merda se acontecesse, nem quero pensar nisso.Ordeno com um único olhar que voltem a ser apenas pilares bonitinhos antes que eu tenha que sacar uma arma e mostrar o porquê de minhas ordens não serem descumpridas sem que as consequências cacem suas bundas.— Acho que não são treinados para terem nervos de aço — debocha a mulher. — Por que não vão à cozinha já que precisa f
AleksandraNo espaço entre o berço dos gêmeos há um grande conjunto de colchonetes que é onde Jasmine gosta de deitar-se para os observar enquanto se mantém agarrada a sua pelúcia com tanto entusiasmo, como se o bichinho pudesse conversar com ela.Levanta-se com calma, pois está acostumada ao que precisa fazer para evitar que os gêmeos acordem. Caminha devagar ao beijar minha mão para agradecer o suco, pequeno hábito que não entendo como adquiriu, mas faz bastante uso quando não pode alcançar as bochechas.— Tome devagar — digo e ela concorda ao ir sentar-se no mesmo lugar. — Você pode se aproximar para vê-los. — Achei que seria preciso falar, considerando que parece ter petrificado ao encarar os dois ber&cc
AleksandraLevei uma porrada na cabeça por acaso? “Você não tem que admirar uma cena como essa”, reforço em minha cabeça perdendo um pouco da noção quando é aquele a me observar com um riso preso em seu rosto como se tivessem o colado ali com supercola.— Não a deixe chegar perto da sua orelha ou vai acabar sem ela — aviso ao correr com todas as forças para longe do transe que estava se aproximando de mim. Não preciso disso. Com certeza não preciso procurar por mais problemas quando já tenho uma coleção deles com os quais lidar diariamente.— Está fazendo ela parecer um mini monstrinho — diz sem conseguir ti
NikolaiO segurança verifica o carro duas vezes mesmo que esteja no banco da frente com Aleksandra no volante enquanto Valentina está no banco traseiro brincando com as crianças, mas não ocupada o bastante para não rir de forma debochada para os homens ao acenar quando falam sobre liberar nossa entrada depois de verificarem o fundo do veículo contra bombas.— Manter pessoas verificando os veículos é a opção mais segura? — Pergunta Aleksandra.— Por quê?— Para mim não parece que fizeram um bom trabalho — diz. Olha pelo retrovisor para sua amiga. — O que acha Tina?— Se eu estivesse com c4 embaixo dos bebês conseguir&ia