Aleksandra
— O desgraçado ousou mesmo vir até aqui? — pergunta Valentina ao dar a papinha de Yulia enquanto alimento Sasha. Jasmine deve estar chegando da natação em algumas horas. — Deixou isso avisado na portaria? Pode estar de olho por notar que este é um prédio basicamente de mulheres. Talvez ache que é um alvo fácil.
— Não sei, me seguiu por bastante tempo — pontuo. — Porém, avisei para que todas recebessem o alerta, temos muitas garotas novas que podem não saber lidar com isso, melhor que fiquem atentas.
— Sabe que dizia o mesmo de mim até pouco tempo? — brinca. — Quando comecei a ser mandada em missões com vocês tinha medo de que eu surtasse, se lembra?
Aleksandra— Está me dizendo que o prédio de vocês pode estar comprometido? — pergunta Natascha preocupada, porém, não acredito que seja necessário ponderar sobre a situação de forma muito alvoroçada, sendo que até agora pareço ser a única em que o sujeito tem interesse.Dando-me a conclusão de que não possui nada contra qualquer uma das outras meninas, que só eu esteja em seu radar, seja pelo motivo que for. Desse modo quero esclarecer as coisas antes de o procurar e entender o porquê de me perseguir, quando conseguir isso não vejo motivos para que as outras continuem em alerta.— Não o prédio, mas acho que a temporada de caça dos pervertidos foi aberta. — Algumas vezes ao ano
NikolaiQuando alguém te ataca você sabe bem quais são suas intenções.Não tem mimimi, não tem inocência. São tiros sendo trocados e chumbo sendo mandado de uma direção a outra sem que você possa fazer nada além de revidar. Os dias não tinham sido os mais calmos, contudo, também não esperava uma nova agitação tão cedo, porém, estava tão errado ao imaginar que nossos novos inimigos dariam trégua tão rápido.Não era minha intenção manter alguém vigiando Aleksandra, mas depois da última vez onde ficou claro que havia um perseguidor atrás dela eu não poderia deixar que chegassem perto dela somente para usá-la em um plano par
Aleksandra— Olha para mim, quantos dedos tem aqui? — Nikolai move a cabeça ao tentar encontrar uma posição que lhe favoreça a visão, mas não consegue. — Foi uma granada?— Sim, eles usaram quando sai do carro — explica ao levar a mão com a arma em direção ao ferimento na testa. Está sangrando bastante, então deve ser um pouco fundo demais, porém, não tenho tempo para verificar.— Vamos trocar — digo ao tomar a arma de sua mão colocando as alças das sacolas entre seus dedos. — Se você perder isso eu te mato. — Digo ao me mover em direção a entrada da loja vendo que há dois sujeitos verificando o corpo do homem e adaga em sua garganta. — Só qu
AleksandraContinuo minha corrida em direção a um fast food saltando por cima do balcão de atendimento ao invadir a cozinha por onde a comida é despachada ao procurar por algo que me ajude em minha brincadeira e noto o sujeito me olhando assustado ao me ameaçar com a única concha que tem em mãos.— Não é assim que vai sobreviver e voltar para sua família — digo ao notar o brilho dourado em seu anelar. — Se esconda em um lugar melhor. Onde fica o álcool? — Com a mão tremendo me aponta as garrafas e com o auxílio de uma faca retiro rapidamente as tampas dando uma olhada rápida vendo que os sujeitos já estão vasculhando o local a minha procura, devem saber que não daria tempo de o atravessar até escapar. AleksandraHoje era para ser um dia tranquilo e acabei matando mais do que meia dúzia de homens.— Não pediu para que eu ficasse no lugar — retruca, como se isso fosse importante.— Você é burro? Na sua situação é claro que tem que ficar onde te deixam — discorro e os dois sujeitos atrás dele parecem prestes a pedir que ele permita que tenhamos algum espaço para que converse sem que sejam testemunhas disso.— Certo, entendi, mas pode vir comigo? Será muito mais rápido, além de garantir que não esteja aqui quando a polícia chegar.— Por que acha que eu preciso me preocupar com a polícia? — pergunto ao enc48. Perseguição rumo ao inferno, parte 4
NikolaiNeste momento estou assistindo as expressões perplexas de meus irmãos e eles sequer ouviram a parte mais interessante da história. Sendo franco, nem tenho certeza do porquê de pedir para que não comentassem sobre os feitos de Aleksandra, que isto ficasse em segredo até que eu entenda quem é de verdade.Talvez por perceber que estava sendo sincera ao dizer que me caçaria e me mataria.Quem sabe por entender que no final das contas me ajudou e que a expor não é o melhor.Entretanto, isto não significa que estou ajudando a esconder seus segredos? Não me torna tão mentiroso quanto ela? Pois quantas pessoas sabem do que é capaz de fazer? Quem mais poderia ter conhecimento sobre as suas habilida
Aleksandra— Acha que eu estou brincando aqui Pasha? — Grita Natascha para o senhor Sokolov ao ficar tão vermelha que parece um tomate maduro pronto para explodir. — Uma das minhas garotas está na mira dos seus inimigos porque seu filho não pode ver o rabo de uma mulher. — Tento manter minha expressão neutra enquanto tenho certeza de que o senhor Sokolov nem sabe como rebater a todas as investidas da minha chefe.— Sinto muito que tenha acontecido dessa forma, mas informações errôneas foram repassadas entre nossos inimigos e agora acreditam que Aleksandra é um interesse amoroso de Nikolai, o que a colocou no jogo — explica-se, o que somente deixa Natascha mais brava.Cheguei a pedir que me deixasse ficar do lado de fora para que sua discussã
Nikolai— Senhor. — Christian entrar devagar na sala depois de permitir a sua entrada. — Nós terminamos as investigações iniciais sobre a senhorita Polakoff — Conta e peço que se adiante para me entregar o que tem em mãos, pois se posso começar a entender um pouco mais de quem ela é, por que não o faria?Principalmente quando meus irmãos não param de insistir para que eu tome providências para que ela não fique em perigo, contudo, como explico que Aleksandra não precisa e nem deseja a segurança que nossa família pode proporcionar?— Não conseguimos muita coisa além de saber que ela foi trazida para a Rússia quando era uma criança através de contrabando. Parentes, familiar