Aleksandra
Continuo andando tranquilamente ainda que já tenha percebido que tem um sujeito me seguindo desde o momento em que deixei o mercadinho com as duas sacolas de compras cheia de alguns insumos para nos manterem até que eu possa fazer a compra mensal para nós com as meninas.
Não posso negar que ele é bom em esconder o que faz, mas cometeu um pequeno erro quando se atreveu ao passar no sinal mesmo ele fechando. Tudo somente para que não perdesse os meus passos. Está tão empenhado que me pergunto o que pode querer comigo.
Me escolheu como vítima para um assalto?
É um stalker? Ou é um tipo mais perigoso de bandido?
Mantenho meus passos em um ritmo rápido, mas n
AleksandraO modo como passa a me olhar depois disso deixa bem claro o seu desgosto, porém, não vê que isso apenas me faz pensar que tinha um interesse no que está dizendo em mim? Então, por quê? Não seria mais fácil contar a verdade?— Você tem muitos desse tipo? — O que está perguntando agora?— Não faço sala para nenhum cliente, se é o que quer saber — respondo com sinceridade quando nem deveria, dado que não tenho por que contar sobre a minha vida para ele, mas apenas saiu.— Trabalha há muito tempo na Paradise? — Estou na porra de uma entrevista de emprego por acaso? Eu era a pessoa querendo descobrir informações aqui, por que mostra tant
Aleksandra— O desgraçado ousou mesmo vir até aqui? — pergunta Valentina ao dar a papinha de Yulia enquanto alimento Sasha. Jasmine deve estar chegando da natação em algumas horas. — Deixou isso avisado na portaria? Pode estar de olho por notar que este é um prédio basicamente de mulheres. Talvez ache que é um alvo fácil.— Não sei, me seguiu por bastante tempo — pontuo. — Porém, avisei para que todas recebessem o alerta, temos muitas garotas novas que podem não saber lidar com isso, melhor que fiquem atentas.— Sabe que dizia o mesmo de mim até pouco tempo? — brinca. — Quando comecei a ser mandada em missões com vocês tinha medo de que eu surtasse, se lembra? Aleksandra— Está me dizendo que o prédio de vocês pode estar comprometido? — pergunta Natascha preocupada, porém, não acredito que seja necessário ponderar sobre a situação de forma muito alvoroçada, sendo que até agora pareço ser a única em que o sujeito tem interesse.Dando-me a conclusão de que não possui nada contra qualquer uma das outras meninas, que só eu esteja em seu radar, seja pelo motivo que for. Desse modo quero esclarecer as coisas antes de o procurar e entender o porquê de me perseguir, quando conseguir isso não vejo motivos para que as outras continuem em alerta.— Não o prédio, mas acho que a temporada de caça dos pervertidos foi aberta. — Algumas vezes ao ano 44. Decidi que é hora da caça, parte 2
NikolaiQuando alguém te ataca você sabe bem quais são suas intenções.Não tem mimimi, não tem inocência. São tiros sendo trocados e chumbo sendo mandado de uma direção a outra sem que você possa fazer nada além de revidar. Os dias não tinham sido os mais calmos, contudo, também não esperava uma nova agitação tão cedo, porém, estava tão errado ao imaginar que nossos novos inimigos dariam trégua tão rápido.Não era minha intenção manter alguém vigiando Aleksandra, mas depois da última vez onde ficou claro que havia um perseguidor atrás dela eu não poderia deixar que chegassem perto dela somente para usá-la em um plano par
Aleksandra— Olha para mim, quantos dedos tem aqui? — Nikolai move a cabeça ao tentar encontrar uma posição que lhe favoreça a visão, mas não consegue. — Foi uma granada?— Sim, eles usaram quando sai do carro — explica ao levar a mão com a arma em direção ao ferimento na testa. Está sangrando bastante, então deve ser um pouco fundo demais, porém, não tenho tempo para verificar.— Vamos trocar — digo ao tomar a arma de sua mão colocando as alças das sacolas entre seus dedos. — Se você perder isso eu te mato. — Digo ao me mover em direção a entrada da loja vendo que há dois sujeitos verificando o corpo do homem e adaga em sua garganta. — Só qu
AleksandraContinuo minha corrida em direção a um fast food saltando por cima do balcão de atendimento ao invadir a cozinha por onde a comida é despachada ao procurar por algo que me ajude em minha brincadeira e noto o sujeito me olhando assustado ao me ameaçar com a única concha que tem em mãos.— Não é assim que vai sobreviver e voltar para sua família — digo ao notar o brilho dourado em seu anelar. — Se esconda em um lugar melhor. Onde fica o álcool? — Com a mão tremendo me aponta as garrafas e com o auxílio de uma faca retiro rapidamente as tampas dando uma olhada rápida vendo que os sujeitos já estão vasculhando o local a minha procura, devem saber que não daria tempo de o atravessar até escapar. AleksandraHoje era para ser um dia tranquilo e acabei matando mais do que meia dúzia de homens.— Não pediu para que eu ficasse no lugar — retruca, como se isso fosse importante.— Você é burro? Na sua situação é claro que tem que ficar onde te deixam — discorro e os dois sujeitos atrás dele parecem prestes a pedir que ele permita que tenhamos algum espaço para que converse sem que sejam testemunhas disso.— Certo, entendi, mas pode vir comigo? Será muito mais rápido, além de garantir que não esteja aqui quando a polícia chegar.— Por que acha que eu preciso me preocupar com a polícia? — pergunto ao enc48. Perseguição rumo ao inferno, parte 4
NikolaiNeste momento estou assistindo as expressões perplexas de meus irmãos e eles sequer ouviram a parte mais interessante da história. Sendo franco, nem tenho certeza do porquê de pedir para que não comentassem sobre os feitos de Aleksandra, que isto ficasse em segredo até que eu entenda quem é de verdade.Talvez por perceber que estava sendo sincera ao dizer que me caçaria e me mataria.Quem sabe por entender que no final das contas me ajudou e que a expor não é o melhor.Entretanto, isto não significa que estou ajudando a esconder seus segredos? Não me torna tão mentiroso quanto ela? Pois quantas pessoas sabem do que é capaz de fazer? Quem mais poderia ter conhecimento sobre as suas habilida