Aleksandra
— Nós merecemos uma boa noite de descanso depois disso — diz ao ver os corpos serem apagados da história com uma das coisas novas no mercado que mais temos gostado, a cremação líquida, já que se livrar de cinzas é muito mais fácil do que de um corpo.
No nosso mundo as coisas mudam rapidamente e temos que acompanhar, ainda que lidar com os corpos não seja um trabalho que fazemos corriqueiramente.
— Invadimos uma casa funerária, lidamos com os corpos e até demos comida para o gato que não é nosso — diz ao olhar para o bichano que agradece a refeição, já que seus donos parecem ter calculado mal o tempo que passariam fora e a comida que precisaria.
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Nikolai— Eu concordo com o Egor, tem certeza de que você não quer algo mais com ela? — inquire Sofiya.Deveria ter me levantado para ir embora antes de o assunto chegar nesse ponto, pois sei muito bem o estrago que podem fazer separados, mas juntos? Não tem furacão que ganhe.— É uma mulher incrível, linda, eu pegaria fácil — avisa minha irmã como se mandasse que eu me adiante antes que tome meu lugar.— Não é uma questão de pegar ou não, ninguém além de mim nota que ela me olha como se quisesse me matar? — inquiro e meus irmãos riem, mas Egor é aquele a começar a falar primeiro.— J&aacut
NikolaiAponta um dedo com ignorância para o peito do homem que meneia a cabeça sem parar apenas ouvindo as palavras que têm a dizer. Não pode retrucar se não quiser que ele acabe logo.— Quem foi? — inquiro sentindo minha raiva borbulhar. — O que já sabemos?— Não sabemos, é isto que está enlouquecendo o papai — responde ao levar uma mão ao topo da cabeça de Sofiya para que a passe alguma calma. — Ela estava com o Egor, conseguiram tirá-la do meio da confusão, mas... — Então este é o maior motivo para que haja tantos seguranças. Meu pai quer evitar que um novo ataque aconteça.— O Tolya, onde ele está? — pergunto e p
AleksandraViro-me automaticamente quase fazendo um semicírculo ao notar a entrada abrupta de Pasha na Paradise e considerando a quantidade de seguranças imagino que algo tenha acontecido e que sua conversa com Natascha será muito interessante, por isso, não estranho quando várias das minhas colegas começam a fazer sinais de que a coisa está pegando fogo em algum lugar.— Não sou a única que acabou de ver o patriarca da família Sokolov passando como uma bala em direção a sala de nossa amada chefe, sou? — pergunta Tasya ao se sentar ao meu lado trazendo Valentina com ela. — Não deveríamos ficar de prontidão?— Ele deixou os seguranças do lado de fora, mesmo que pareça com uma parede, não pod
AleksandraTeríamos continuado nessa discussão por um bom tempo se não houvesse uma movimentação nova mostrando que Pasha está saindo da sala de nossa chefe e que não parece muito satisfeito, já Natascha exibe um sorriso grandioso e o olhar em seu rosto faz com que nos movamos em sua direção enquanto o homem continua o seu trajeto sendo avaliado por seus seguranças.Dentro da sala dela a vemos sentar e buscamos informações que possam nos beneficiar antes de tê-la saindo por sua boca, não há nada em cima da mesa que mostre que Pasha trouxe um trabalho a ser feito.— Preciso de um trabalho adicional de vocês, pra ontem — comple
Aleksandra— Eu vi você entrando, sabia que alguém perceberia que este lugar foi usado, pelo menos alguém além de mim notou. — Não conheço a voz do sujeito, mas é bem claro que está tentando usar um tom que me convença de que não é um inimigo, coisa que eu não aceitarei até o ter bem longe de mim. — Não está aqui para apagar rastros, está? Não sinto cheiro de nada inflamável.O que está dizendo? Acha que eu fui a pessoa a ficar escondida aqui ou está me confundindo com alguém? Nem mesmo consigo mais dizer o que pode estar ponderando, porém, se me viu entrar claramente esperou pelo momento em que pensei que ninguém mais poderia aparecer.— Não me fa&c
Nikolai— Houve algum problema? — pergunto a Tolya ouvindo o seu ofegar cansado.Me preocupo imediatamente, já que esperava que continuasse em casa analisando as câmeras de segurança.— Cara acabei de ver uma mulher pulando as escadarias de um depósito sem blusa. — O que ele está dizendo? E por que está fora de casa? — Esse está sendo um dia doido.— Você pode se explicar melhor? Não está fazendo sentido. Deveria estar em casa, em segurança — atesto, contudo o que recebo em resposta é o som dele buscando ar desesperadamente, provável que tenha feito uma caçada a quem pulou das escadas sem roupas.— Eu ache
Egor— Olá você assistindo do outro lado. — Mexe os dedos de forma estranha em um cumprimento ao ficar em minhas costas sorrindo, posso até ver os cantos de sua boca erguidos em um sorriso gigantesco. — Como podem ver tenho um membro da sua família comigo — continua ao passar a mão por baixo de meu queixo como se apresentasse um produto para venda. — Estamos tratando-o muito bem, não precisa se preocupar.Desgraçado de merda. O que pode querer ao gravar esse vídeo?Acha que conseguirá alguma coisa? Pensa que sou uma ótima moeda de troca?Está nos enxergando como a fraqueza um do outro.Está tão errado. Aleksandra— Já está de volta? — pergunta Natasha ao me ver em seu escritório quando entra. — Deposito a bala que consegui tirar do concreto sobre a mesa junto ao cartucho. — Oh, e me trouxe presentes, gosto disso.— Tive que correr de um dos Sokolov — digo e continua a bebericar seu café. — De sutiã, porque não podia correr o risco de me reconhecer.A assisto cuspindo o café de surpresa para depois começar a sorrir como se a situação fosse muito engraçada, e ela pode ser para quem está vendo de fora, mas não para mim que tive que receber o olhar das pessoas ao me verem vestindo a blusa no meio da rua.Ninguém esquece de vestir uma blusa ao sair de casa, 24. Um pequeno filme de terror, parte 2