Aleksandra
As palavras zumbindo em meu ouvido me levam a fazer mais força contra sua goela.
O som estridente atravessando meus tímpanos com ferocidade não me deixa pensar com precisão.
Suas palavras são como ácido jogado contra o meu rosto sem um pedido de licença.
Me arranha e chuta o chão com violência ao tentar se libertar.
Gasta todo o ar que possui ao fazer com que meus braços se avermelhem por seu ataque.
— O que você acabou de dizer? — pergunto novamente lhe dando espaço para que respire. Me atento ao que acontece nos lados vendo que um dos seguranças já está com a arma em punho e que Nikolai avançou na direção de Andrei para ver se ele está bem.
— Sua puta, foi você quem roubou o meu filho de mim, como você pode? — grita ao tentar arranhar meu ro
AleksandraOlhando para Nikolai com as mãos segurando a barra de sua roupa com força me observou, engoliu a saliva e com os olhos cheios de lágrimas não derramadas correu em direção a mulher a agarrando pelas pernas, mas eu não pude sentir o mínimo de conexão entre eles.— Você foi um menino tão travesso ao sair de onde estava, me fez ficar tão preocupada — continua a repetir colocando uma mão na cabeça dele, mas não acaricia, não verifica se o menino está bem, apenas tem olhos para o pai dele. — Que bom que você o conheceu, mesmo que tenha sido nessas circunstâncias, assim vai acreditar no bebê — rezinga ao me encarar.— Você me disse que ele tinha sido sequestrado, me falou apenas de uma criança.— E não é o que aconteceu? Essa mulher o trou
Nikolai— Se está tão assustado assim pelo que pode acontecer por que não nos deixa dormir aqui? — pergunta Valéria fazendo com que meu coração dê um tranco de pura raiva.Não é possível que Valéria esteja tentando se infiltrar dessa forma quando diz que nosso filho continua nas mãos dos meus inimigos. Por que motivo acha que eu a receberia na minha casa novamente?— Você enlouqueceu? Posso cuidar de Andrei muito bem, não preciso da sua presença aqui me infernizando — discorro a vendo retorcer os lábios em ódio ao soltar um hunf espalmando as mãos nas costas dele que tem o rosto enterrado em suas pernas desde que a discussão começou.— Não precisa? Creio que precisa ou acha que eu quero o deixar sob o mesmo teto que a mulher que o tirou de mim? — joga
Nikolai— Pode me explicar por que a vadia está lá embaixo? — Berra Sofiya depois de passar Sasha para Tolya que sorri muito, como se o ódio da nossa irmã fosse divertido. — Não, na verdade, me conte por que a minha cunhada não está aqui.— Concordo com ela — fala Avel rapidamente ao olhar para Valentina que gasta pouquíssimo tempo em trocar a fralda de Yulia. Não tem habilidade somente com as armas. — Parece que não podemos mais sair de casa, pois quando voltamos tem uma coisa nova acontecendo.— Valéria diz que Andrei é seu filho, considerando que não saiu do seu lado desde que ela apareceu deve falar a verdade. Aleksandra foi acusada de roubar os dois dela. Não entendo por que minha noiva pediu que a deixasse ficar, podem perguntar quando fizer o seu retorno — atesto, mas o revirar de olhos, o bufar
AleksandraAs marcas das botas sujas de sangue seguem para fora fazendo o seu caminho até que não houvesse mais sangue para deixar vestígios. A brutalidade na cena deixa claro que não tinham a mínima intenção de deixar quem quer que seja viva, mas com certeza não era Valéria que estava aqui, ainda que sinais de um bebê possam ser encontrados no cômodo.Pomadas de assadura usada.Um pacote de fralda com poucas unidades.Lenços umedecidos.Também há uma bolsinha cheia de nuvens na cor azul com cinza dentro do guarda-roupas.— O que me diz Ivanna? — pergunto a vendo parada da porta montando os detalhes em sua cabeça. Se sou boa em reconhecer armas ela é incrível desvendando cenas de crimes por detalhes que pessoas comuns nunca notariam.— Três caras, entraram pela porta da frente us
AleksandraCaminhando devagar até que o corredor seja completamente engolido por nossas presenças vejo Ivanna fazer uma volta ao mirar em algo antes de descer o dedo para fora do gatilho avançando com as suas pernas longas para cima de quem quer que seja enquanto eu e Tasya nos apressamos a vendo no chão rolando em uma briga disputada com o sujeito que xinga sem parar ao tentar a sua vez conta ela, mas antes que possa terminar o seu golpe ela consegue prender a sua cabeça entre as pernas pressionando-o tanto que a sua face se avermelha como pimenta.— Uma chave de coxa dessa e eu me apaixonaria — diz Tasya erguendo a arma novamente ao seguir em frente para verificar o restante do lugar para ter certeza de que ninguém mais entrou no cômodo sem que víssemos a sua presença.O homem bate sem parar contra a perna de Ivanna para pedir que ela o liberte antes que a sua respira&cc
Aleksandra— Minha irmã não era uma pessoa muito centrada — fala ao deixar sua expressão se azedar um pouco. — Desde a adolescência costumava dar problemas, se envolvia com pessoas problemáticas e recebia negativas uma atrás da outra dos nossos pais. Somos uma família muito católica, qualquer coisa que saia das regras é levada como uma ação do diabo — Explica. — Alyona se sentia muito pressionada por todos esses cercos que se montavam ao seu redor.— Seus pais nunca pensaram que a sua filha não tinha obrigação de seguir com o que eles acreditavam? — pondera Tasya deixando evidente a sua irritação.Às vezes não é que uma pessoa seja ruim, mas o que se impõe a ela faz com que tome decisões tão drásticas que passará a ser vista desse modo. N&a
AleksandraMas antes de tirar conclusões deixo que fale.— Mesmo Alyona não querendo mais mexer no lado paterno da família de Anton eu acabei procurando algumas coisas e não é muito difícil encontrar coisas relacionadas a essa família.— Confirmou os fatos com ela? Anton é filho de Nikolai? — De novo me observa. Não sabe dizer se todas as informações pedidas são importantes ou não, mas como não quer deixar que a morte de sua irmã fique por isso mesmo, apenas deixa tudo ir.— Sim, Alyona me confirmou, eu até...— Certo, então você tem que vir comigo — falo rapidamente ao o interromper. Seus olhos esbugalhados deixam claro que não entende o que eu quero dizer, porém, também não consegue me retrucar.— Eu... Quer dizer, espere, nã
Aleksandra— Pela cara dele parece que estamos o levando para um abatedouro — zomba Tasya.Já que não pode fazer coisas menos inocentes com o sujeito acaba o tratando de forma um pouco menos amistosa para que nem por um segundo esqueça onde está se enfiando, porém, duvido que ele poderia esquecer quando foi obrigado a entrar dentro de um veículo que nunca viu na vida.Não ficar temeroso pelo que pode estar o guardando seria ainda mais estranho.É normal sentir medo do que se desconhece.Além disso, ainda está enfrentando a morte da irmã.Seria realmente problemático não sentir nada.— Gosto de como ela finge que não estou ouvindo o que diz — responde Miguel menos amistoso. Em alguns momentos consegue responder, como se a sua coragem pudesse finalmente ser mostrada, em outros a engole e não d