Nikolai
— Pode me explicar por que a vadia está lá embaixo? — Berra Sofiya depois de passar Sasha para Tolya que sorri muito, como se o ódio da nossa irmã fosse divertido. — Não, na verdade, me conte por que a minha cunhada não está aqui.
— Concordo com ela — fala Avel rapidamente ao olhar para Valentina que gasta pouquíssimo tempo em trocar a fralda de Yulia. Não tem habilidade somente com as armas. — Parece que não podemos mais sair de casa, pois quando voltamos tem uma coisa nova acontecendo.
— Valéria diz que Andrei é seu filho, considerando que não saiu do seu lado desde que ela apareceu deve falar a verdade. Aleksandra foi acusada de roubar os dois dela. Não entendo por que minha noiva pediu que a deixasse ficar, podem perguntar quando fizer o seu retorno — atesto, mas o revirar de olhos, o bufar
AleksandraAs marcas das botas sujas de sangue seguem para fora fazendo o seu caminho até que não houvesse mais sangue para deixar vestígios. A brutalidade na cena deixa claro que não tinham a mínima intenção de deixar quem quer que seja viva, mas com certeza não era Valéria que estava aqui, ainda que sinais de um bebê possam ser encontrados no cômodo.Pomadas de assadura usada.Um pacote de fralda com poucas unidades.Lenços umedecidos.Também há uma bolsinha cheia de nuvens na cor azul com cinza dentro do guarda-roupas.— O que me diz Ivanna? — pergunto a vendo parada da porta montando os detalhes em sua cabeça. Se sou boa em reconhecer armas ela é incrível desvendando cenas de crimes por detalhes que pessoas comuns nunca notariam.— Três caras, entraram pela porta da frente us
AleksandraCaminhando devagar até que o corredor seja completamente engolido por nossas presenças vejo Ivanna fazer uma volta ao mirar em algo antes de descer o dedo para fora do gatilho avançando com as suas pernas longas para cima de quem quer que seja enquanto eu e Tasya nos apressamos a vendo no chão rolando em uma briga disputada com o sujeito que xinga sem parar ao tentar a sua vez conta ela, mas antes que possa terminar o seu golpe ela consegue prender a sua cabeça entre as pernas pressionando-o tanto que a sua face se avermelha como pimenta.— Uma chave de coxa dessa e eu me apaixonaria — diz Tasya erguendo a arma novamente ao seguir em frente para verificar o restante do lugar para ter certeza de que ninguém mais entrou no cômodo sem que víssemos a sua presença.O homem bate sem parar contra a perna de Ivanna para pedir que ela o liberte antes que a sua respira&cc
Aleksandra— Minha irmã não era uma pessoa muito centrada — fala ao deixar sua expressão se azedar um pouco. — Desde a adolescência costumava dar problemas, se envolvia com pessoas problemáticas e recebia negativas uma atrás da outra dos nossos pais. Somos uma família muito católica, qualquer coisa que saia das regras é levada como uma ação do diabo — Explica. — Alyona se sentia muito pressionada por todos esses cercos que se montavam ao seu redor.— Seus pais nunca pensaram que a sua filha não tinha obrigação de seguir com o que eles acreditavam? — pondera Tasya deixando evidente a sua irritação.Às vezes não é que uma pessoa seja ruim, mas o que se impõe a ela faz com que tome decisões tão drásticas que passará a ser vista desse modo. N&a
AleksandraMas antes de tirar conclusões deixo que fale.— Mesmo Alyona não querendo mais mexer no lado paterno da família de Anton eu acabei procurando algumas coisas e não é muito difícil encontrar coisas relacionadas a essa família.— Confirmou os fatos com ela? Anton é filho de Nikolai? — De novo me observa. Não sabe dizer se todas as informações pedidas são importantes ou não, mas como não quer deixar que a morte de sua irmã fique por isso mesmo, apenas deixa tudo ir.— Sim, Alyona me confirmou, eu até...— Certo, então você tem que vir comigo — falo rapidamente ao o interromper. Seus olhos esbugalhados deixam claro que não entende o que eu quero dizer, porém, também não consegue me retrucar.— Eu... Quer dizer, espere, nã
Aleksandra— Pela cara dele parece que estamos o levando para um abatedouro — zomba Tasya.Já que não pode fazer coisas menos inocentes com o sujeito acaba o tratando de forma um pouco menos amistosa para que nem por um segundo esqueça onde está se enfiando, porém, duvido que ele poderia esquecer quando foi obrigado a entrar dentro de um veículo que nunca viu na vida.Não ficar temeroso pelo que pode estar o guardando seria ainda mais estranho.É normal sentir medo do que se desconhece.Além disso, ainda está enfrentando a morte da irmã.Seria realmente problemático não sentir nada.— Gosto de como ela finge que não estou ouvindo o que diz — responde Miguel menos amistoso. Em alguns momentos consegue responder, como se a sua coragem pudesse finalmente ser mostrada, em outros a engole e não d
AleksandraParo o carro sacando a minha arma ao mantê-la em punho quando saio do veículo.Os homens ao meu redor verificam quem é a pessoa que entrou na área da residência, mas não se movem. Devem conhecer o meu rosto o bastante para não complicarem a minha entrada agora.O som da porta de Tasya sendo batida faz com que Miguel faça um barulho estranho, evidencia o quanto se assustou e que para ele a situação é muito mais complicada do que para nós. No momento em que a equipe de segurança começa a se mover na nossa direção ao formar um círculo gigantesco que vai se fechando ao se aproximar, posso ver pela visão periférica que Ivanna ergue a sua arma.Miguel move-se ao se encostar no veículo ao erguer as mãos mostrando rendição.— Espero que haja um bom motivo para que is
Valéria— Não pode fazer com que esse catarrento pare de chorar? — pergunto a Christian que me olha de lado se perguntando o motivo para que tenha tanto ódio por uma criança que está chorando por ter medo, mas não vê, é exatamente esse o problema, se parasse de chorar eu não estaria reclamando agora.Além disso, sua atuação foi tão ruim que tenho certeza de que aquela vadia da noiva de Nikolai não acreditou na história de que sou a sua mãe, não conseguiu dizer palavras convincentes mesmo quando sabia o que eu faria se o plano desse errado.— Quis usar uma criança para uma coisa desse tipo e achou que não haveria problemas? É claro que aconteceria um erro. Se até adultos se assustam o que esperar de um menino? — discorre como se a culpa fosse minha, mas o plano não é
ValériaMe lembro de todas as vezes que me deu avisos. Falava sem parar sobre os riscos de ser a sua esposa, que eu tinha que tomar cuidado, que era preciso para não deixar que pessoas ruins me pegassem, pois não teriam pena de mim somente por eu ser mulher, que acabariam comigo sem ter pena.Cada vez que deixei palavras como: “Sei que vai me proteger” saírem da minha boca sentia náuseas, pois seu cheiro me incomodava. O modo como me olhava me fazia odiá-lo ainda mais. Porém, gostava de como era burro. Sempre quis uma vida onde eu pudesse ser o que eu quisesse ao aproveitar das coisas da vida sem me preocupar com a pobreza de novo.Fiz o que era necessário para chegar a lugares mais influentes da sociedade. Uma boa faculdade. Mantive uma beleza indiscutível. Criei personagens com o melhor papo. Queria ter tudo à minha disposição.Para