Nikolai
— O que está dizendo? — pergunto com a fúria subindo por minha garganta e preciso fechar meu punho com força para não deixar que minha mão voe em sua cara. Se controle Nikolai, não é esse tipo de sujeito. Todas as merdas que ela diz tem um propósito, e este pode ser o que mais quer, o ver perdendo o controle.
— Alguém encontrou o lugar onde estava me escondendo com ele e acabou o levando. Eu não tinha o que fazer, não adiantou implorar, eles sabiam quem eu era, quem nosso filho era, queriam apenas ter como chantagear você — discorre deixando novas lágrimas caírem. — Eu o traria para você hoje, estou falando a verdade, estava até mesmo tentando explicar quem é o seu pai antes disso, mas ele é tão pequeno e não pensava que as coisas poderiam acabar assim.
— Primeiro vo
AleksandraValéria deve ter em mente um plano muito bom para considerar que seria uma boa ideia vir a casa dos Sokolov. Não tenho todas as informações sobre o que estavam conversando, mas dizer que o filho que diz ser de Nikolai está em perigo é uma boa jogada para fazer com que ele se mexa sob sua vontade, daria a ela a sensação de ter algum poder em mãos de novo.Por sorte Nikolai não parece estar agindo cegamente através do que ouve.Está esperando, ponderando sobre o que pode ou não ser verdade no que é dito.Pois, mesmo que a criança não seja dele pode sim existir uma que está em perigo agora por ser ligada aos Sokolov, se houver, sei que não ficará parado, não é do tipo de indivíduo que deixa que outra pessoa acabe sofrendo as consequências daquilo que sequer a envolve, tem u
AleksandraEu não me importo com o que os outros pensam, e meu trabalho como dançarina na Paradise nunca foi um dos motivos para que dissesse não as suas ofertas, mas ele como ser vindo de uma família de reputação inquestionável tinha que ter o mínimo de consideração pelas consequências de buscar se casar comigo.Porque independente do que eu diga, para qualquer um sempre serei uma puta devido ao local onde trabalho, as pessoas não sabem separar coisas mais simples, quem dirá as questões sobre uma mulher que trabalha com sexo e outra que apenas dança.Naquele ambiente temos o mesmo peso nas costas perante a sociedade.— E o que você teria a ver com isso? — pergunta Nikolai com a rispidez sendo expressa em cada músculo da sua face que se contrai. — O que está entre mim e a minha mulher tem a ver apen
AleksandraAs palavras zumbindo em meu ouvido me levam a fazer mais força contra sua goela.O som estridente atravessando meus tímpanos com ferocidade não me deixa pensar com precisão.Suas palavras são como ácido jogado contra o meu rosto sem um pedido de licença.Me arranha e chuta o chão com violência ao tentar se libertar.Gasta todo o ar que possui ao fazer com que meus braços se avermelhem por seu ataque.— O que você acabou de dizer? — pergunto novamente lhe dando espaço para que respire. Me atento ao que acontece nos lados vendo que um dos seguranças já está com a arma em punho e que Nikolai avançou na direção de Andrei para ver se ele está bem.— Sua puta, foi você quem roubou o meu filho de mim, como você pode? — grita ao tentar arranhar meu ro
AleksandraOlhando para Nikolai com as mãos segurando a barra de sua roupa com força me observou, engoliu a saliva e com os olhos cheios de lágrimas não derramadas correu em direção a mulher a agarrando pelas pernas, mas eu não pude sentir o mínimo de conexão entre eles.— Você foi um menino tão travesso ao sair de onde estava, me fez ficar tão preocupada — continua a repetir colocando uma mão na cabeça dele, mas não acaricia, não verifica se o menino está bem, apenas tem olhos para o pai dele. — Que bom que você o conheceu, mesmo que tenha sido nessas circunstâncias, assim vai acreditar no bebê — rezinga ao me encarar.— Você me disse que ele tinha sido sequestrado, me falou apenas de uma criança.— E não é o que aconteceu? Essa mulher o trou
Nikolai— Se está tão assustado assim pelo que pode acontecer por que não nos deixa dormir aqui? — pergunta Valéria fazendo com que meu coração dê um tranco de pura raiva.Não é possível que Valéria esteja tentando se infiltrar dessa forma quando diz que nosso filho continua nas mãos dos meus inimigos. Por que motivo acha que eu a receberia na minha casa novamente?— Você enlouqueceu? Posso cuidar de Andrei muito bem, não preciso da sua presença aqui me infernizando — discorro a vendo retorcer os lábios em ódio ao soltar um hunf espalmando as mãos nas costas dele que tem o rosto enterrado em suas pernas desde que a discussão começou.— Não precisa? Creio que precisa ou acha que eu quero o deixar sob o mesmo teto que a mulher que o tirou de mim? — joga
Nikolai— Pode me explicar por que a vadia está lá embaixo? — Berra Sofiya depois de passar Sasha para Tolya que sorri muito, como se o ódio da nossa irmã fosse divertido. — Não, na verdade, me conte por que a minha cunhada não está aqui.— Concordo com ela — fala Avel rapidamente ao olhar para Valentina que gasta pouquíssimo tempo em trocar a fralda de Yulia. Não tem habilidade somente com as armas. — Parece que não podemos mais sair de casa, pois quando voltamos tem uma coisa nova acontecendo.— Valéria diz que Andrei é seu filho, considerando que não saiu do seu lado desde que ela apareceu deve falar a verdade. Aleksandra foi acusada de roubar os dois dela. Não entendo por que minha noiva pediu que a deixasse ficar, podem perguntar quando fizer o seu retorno — atesto, mas o revirar de olhos, o bufar
AleksandraAs marcas das botas sujas de sangue seguem para fora fazendo o seu caminho até que não houvesse mais sangue para deixar vestígios. A brutalidade na cena deixa claro que não tinham a mínima intenção de deixar quem quer que seja viva, mas com certeza não era Valéria que estava aqui, ainda que sinais de um bebê possam ser encontrados no cômodo.Pomadas de assadura usada.Um pacote de fralda com poucas unidades.Lenços umedecidos.Também há uma bolsinha cheia de nuvens na cor azul com cinza dentro do guarda-roupas.— O que me diz Ivanna? — pergunto a vendo parada da porta montando os detalhes em sua cabeça. Se sou boa em reconhecer armas ela é incrível desvendando cenas de crimes por detalhes que pessoas comuns nunca notariam.— Três caras, entraram pela porta da frente us
AleksandraCaminhando devagar até que o corredor seja completamente engolido por nossas presenças vejo Ivanna fazer uma volta ao mirar em algo antes de descer o dedo para fora do gatilho avançando com as suas pernas longas para cima de quem quer que seja enquanto eu e Tasya nos apressamos a vendo no chão rolando em uma briga disputada com o sujeito que xinga sem parar ao tentar a sua vez conta ela, mas antes que possa terminar o seu golpe ela consegue prender a sua cabeça entre as pernas pressionando-o tanto que a sua face se avermelha como pimenta.— Uma chave de coxa dessa e eu me apaixonaria — diz Tasya erguendo a arma novamente ao seguir em frente para verificar o restante do lugar para ter certeza de que ninguém mais entrou no cômodo sem que víssemos a sua presença.O homem bate sem parar contra a perna de Ivanna para pedir que ela o liberte antes que a sua respira&cc