Aleksandra
— Bom ver que você parece um pouco melhor — digo ao me sentar na cadeira que puxo para sua frente. — Está é minha amiga, ela me ajudou a fazer com que a sua filha seja mantida em um local seguro — explico e Jackson a observa de cima abaixo.
Demora em sua avaliação ao ponderar sobre o que Valentina poderia fazer com o seu corpo pequeno e franzino antes de me encarar mais uma vez e tudo que posso lhe mostrar é certo conforto através de um sorriso.
— Disse que me traria provas — murmura com a voz rouca. Sua saúde não é das melhores, mas considerando a situação a qual foi submetido podia já estar bem morto a essa altura do campeonato.
Valentina se adianta sacando o seu telefone colocando um vídeo para ser reproduzido com a menina cantando uma música infantil um pouco mais animada do que antes,
NikolaiTem muitas pessoas que agem de acordo com o que desejam sem se preocupar pelo quanto de risco isso traz a sua vida, mas Valéria deve ter ficado louca ao acreditar que seria uma boa ideia vir a nossa casa.Tenho uma vontade imensa de fechar a porta na sua cara no mesmo segundo, mas o modo choroso em seu rosto me faz questionar que tipo de mentira contará agora, então na intenção de entender até onde vai com o seu show continuei a encará-la.De canto verifiquei as duas crianças se embolando dentro do cercadinho enquanto Andrei as observa. Mostra um sorriso pela primeira vez desde que foi trazido e fico feliz, pois considero que o ambiente o faz sentir seguro ao ponto de aproveitar o que está pronto para ser usado.Uma criança que teve uma experiência como a dele tem que ter cada vez mais motivos para sorrir e somos nós, os adultos que devem proporcion
Aleksandra— Está dizendo que nunca viu a pessoa por trás da voz metálica? — inquire Valentina mais uma vez ao bufar ao perceber que tudo que ele pode fazer é afirmar o que não deixa para nós boas opções. — Isso não serve de nada — Reclama.— Estive em contato com pessoas que eram de grande confiança dele, mas nunca aparecia na nossa frente, não sei se por temer que alguém o matasse ou se somente para manter a sua identidade — diz e eu me pergunto como podia acreditar tanto no que era dito quando nem podia saber a quem estava entregando a sua lealdade, porém, ao considerar o quanto estava desesperado para cuidar dos gastos da sua filha o entendo um pouco, por que o que importava no final é que tinha o dinheiro para pagar o seu tratamento.— Se ele tem tanto medo de mostrar a sua identidade pode ser por ser a
Nikolai— O que está dizendo? — pergunto com a fúria subindo por minha garganta e preciso fechar meu punho com força para não deixar que minha mão voe em sua cara. Se controle Nikolai, não é esse tipo de sujeito. Todas as merdas que ela diz tem um propósito, e este pode ser o que mais quer, o ver perdendo o controle.— Alguém encontrou o lugar onde estava me escondendo com ele e acabou o levando. Eu não tinha o que fazer, não adiantou implorar, eles sabiam quem eu era, quem nosso filho era, queriam apenas ter como chantagear você — discorre deixando novas lágrimas caírem. — Eu o traria para você hoje, estou falando a verdade, estava até mesmo tentando explicar quem é o seu pai antes disso, mas ele é tão pequeno e não pensava que as coisas poderiam acabar assim.— Primeiro vo
AleksandraValéria deve ter em mente um plano muito bom para considerar que seria uma boa ideia vir a casa dos Sokolov. Não tenho todas as informações sobre o que estavam conversando, mas dizer que o filho que diz ser de Nikolai está em perigo é uma boa jogada para fazer com que ele se mexa sob sua vontade, daria a ela a sensação de ter algum poder em mãos de novo.Por sorte Nikolai não parece estar agindo cegamente através do que ouve.Está esperando, ponderando sobre o que pode ou não ser verdade no que é dito.Pois, mesmo que a criança não seja dele pode sim existir uma que está em perigo agora por ser ligada aos Sokolov, se houver, sei que não ficará parado, não é do tipo de indivíduo que deixa que outra pessoa acabe sofrendo as consequências daquilo que sequer a envolve, tem u
AleksandraEu não me importo com o que os outros pensam, e meu trabalho como dançarina na Paradise nunca foi um dos motivos para que dissesse não as suas ofertas, mas ele como ser vindo de uma família de reputação inquestionável tinha que ter o mínimo de consideração pelas consequências de buscar se casar comigo.Porque independente do que eu diga, para qualquer um sempre serei uma puta devido ao local onde trabalho, as pessoas não sabem separar coisas mais simples, quem dirá as questões sobre uma mulher que trabalha com sexo e outra que apenas dança.Naquele ambiente temos o mesmo peso nas costas perante a sociedade.— E o que você teria a ver com isso? — pergunta Nikolai com a rispidez sendo expressa em cada músculo da sua face que se contrai. — O que está entre mim e a minha mulher tem a ver apen
AleksandraAs palavras zumbindo em meu ouvido me levam a fazer mais força contra sua goela.O som estridente atravessando meus tímpanos com ferocidade não me deixa pensar com precisão.Suas palavras são como ácido jogado contra o meu rosto sem um pedido de licença.Me arranha e chuta o chão com violência ao tentar se libertar.Gasta todo o ar que possui ao fazer com que meus braços se avermelhem por seu ataque.— O que você acabou de dizer? — pergunto novamente lhe dando espaço para que respire. Me atento ao que acontece nos lados vendo que um dos seguranças já está com a arma em punho e que Nikolai avançou na direção de Andrei para ver se ele está bem.— Sua puta, foi você quem roubou o meu filho de mim, como você pode? — grita ao tentar arranhar meu ro
AleksandraOlhando para Nikolai com as mãos segurando a barra de sua roupa com força me observou, engoliu a saliva e com os olhos cheios de lágrimas não derramadas correu em direção a mulher a agarrando pelas pernas, mas eu não pude sentir o mínimo de conexão entre eles.— Você foi um menino tão travesso ao sair de onde estava, me fez ficar tão preocupada — continua a repetir colocando uma mão na cabeça dele, mas não acaricia, não verifica se o menino está bem, apenas tem olhos para o pai dele. — Que bom que você o conheceu, mesmo que tenha sido nessas circunstâncias, assim vai acreditar no bebê — rezinga ao me encarar.— Você me disse que ele tinha sido sequestrado, me falou apenas de uma criança.— E não é o que aconteceu? Essa mulher o trou
Nikolai— Se está tão assustado assim pelo que pode acontecer por que não nos deixa dormir aqui? — pergunta Valéria fazendo com que meu coração dê um tranco de pura raiva.Não é possível que Valéria esteja tentando se infiltrar dessa forma quando diz que nosso filho continua nas mãos dos meus inimigos. Por que motivo acha que eu a receberia na minha casa novamente?— Você enlouqueceu? Posso cuidar de Andrei muito bem, não preciso da sua presença aqui me infernizando — discorro a vendo retorcer os lábios em ódio ao soltar um hunf espalmando as mãos nas costas dele que tem o rosto enterrado em suas pernas desde que a discussão começou.— Não precisa? Creio que precisa ou acha que eu quero o deixar sob o mesmo teto que a mulher que o tirou de mim? — joga