Álvaro sentiu um peso imenso se abater sobre seus ombros. A partir daquele momento, a vida que ele acreditava estar sob controle começava a desmoronar. E ele sabia que, para entender toda a verdade, seria necessário enfrentar algo muito mais sombrio e perigoso do que imaginava. O delegado fez uma pausa, como se estivesse se preparando para soltar uma bomba ainda maior. Álvaro, que já estava tenso com a revelação sobre a lavagem de dinheiro, não imaginava o que mais poderia vir. Mas então o delegado continuou, e suas palavras caíram como uma avalanche sobre ele. — Outra coisa que descobrimos, senhor Álvaro... — começou o delegado, olhando fixamente para o empresário, que estava claramente confuso. — Seu tio Hélio acreditava que seus pais estivessem vivos. Álvaro sentiu o chão desabar sob seus pés. Por um momento, tudo ao seu redor ficou em silêncio. O que ele ouvira não fazia sentido algum. Seus pais estavam mortos, eles haviam morrido em um acidente de carro causado por Hélio
Álvaro respirou fundo, tentando encontrar um equilíbrio entre proteger Alicia e lidar com o medo de não saber o que realmente estava acontecendo com seus pais. Ele sabia que, ao manter o silêncio, estava fazendo uma escolha difícil, mas acreditava que, por enquanto, isso seria o melhor para ambos, mesmo que ele uma vez já tenha pedido para confiar nele e nunca esconder nada, agora ele está indo contra o que havia pedido a ela, tão controverso, quanto os sentimentos que ele carregava agora. Quando Álvaro chegou em casa, o sorriso de Alicia foi como um alívio para sua alma. O calor do abraço dela foi reconfortante, e ele se esforçou ao máximo para esconder a turbulência que ainda rondava sua mente. Ela não percebeu nada de diferente em sua postura, o que, de certa forma, o tranquilizou. Alicia estava tão animada por sua presença, que ele não queria tirar dela essa sensação de felicidade, tão rara e preciosa. Durante o jantar, conversaram sobre coisas leves, como se nada estivesse fo
A sensação de impotência tomou conta de Álvaro. A mente girava tentando buscar uma solução, mas ele sabia que, naquele momento, qualquer movimento errado poderia ser fatal. O olhar fixo do homem armado foi o suficiente para convencer Álvaro de que não havia escapatória — pelo menos não sem causar um conflito maior. Ele estava diante de uma escolha difícil: desafiar ou cooperar. Respirando fundo, com a mão no volante e o medo apertando sua garganta, Álvaro finalmente decidiu seguir as ordens. Com um gesto hesitante, ele desacelerou e parou o carro, a sensação de estar completamente vulnerável invadindo seu corpo. O carro dos homens parou logo atrás, e o silêncio na rua parecia ensurdecedor, como se o mundo tivesse congelado. O homem armado não disse uma palavra. A tensão no ar era palpável. Álvaro sabia que, se quisesse sair dessa situação com vida e sem mais danos, precisaria ser cauteloso. Mas ele também sabia que isso poderia ser apenas o começo de algo ainda mais sinistro. As p
_Não ouse tocar em um fio de cabelo da minha esposa, por que se fizerem algo contra ela, eu juro por deus que eu vou caçar voces ate os confins do inferno. Disse Alvaro furioso. _Opa! calma aí, estamos tendo uma conversa amigavel senhor Alvaro, é só um lembrete, quando constatar que seus pais estão realmente mortos de por encerrado esse caso, não investigue mais nada. Depois que a voz destorcida disse isso, encerrou a ligação, um dos caras pegou o celular de volta, entraram no carro e foram embora, deixando Alvaro lá parado. Álvaro ficou ali, parado, com o corpo tenso, tentando processar tudo o que havia acontecido. A sensação de estar sendo manipulado, de ser um peão em um jogo muito maior do que ele podia compreender, se instalou em sua mente. Aquele simples ato de deixá-lo ali, sozinho, era mais um sinal de que ele estava envolvido em algo mais perigoso do que imaginava. Mas a pergunta que não saía de sua cabeça era: o que isso significava? Ele olhou em volta, como se esper
Álvaro inclinou-se ligeiramente para frente, seus olhos brilhando com a mesma intensidade de quem sabe que está dando um passo decisivo em direção a um futuro incerto. _Eu estou te contratando particularmente. Não vou deixar que nada aconteça com a minha esposa. Eles mexeram com a pessoa errada. Quero montar um departamento especial só para investigar essas pessoas e prendê-las. O delegado ponderou as palavras de Álvaro, suas implicações. Isso não era apenas um pedido, mas uma proposta de parceria estratégica, algo que poderia mudar o curso das investigações e até mesmo o rumo de suas vidas. Após um momento de silêncio, o delegado disse, com uma risada curta e uma leve inclinação de cabeça: _É uma proposta e tanto, porém, me convém também. Eu aceito!. Ambos sabiam que a partir daquele momento, suas vidas tomariam um rumo que nem imaginavam. O risco era grande, mas a determinação de Álvaro era ainda maior. A proteção de Alicia era sua prioridade número um, e ele estava dispo
Alicia tinha 17 anos e morava em uma pequena cidade do interior, onde sua vida era marcada pela rigidez e pelo controle impostos por seus pais, Nivaldo e Joana. A família, profundamente religiosa, seguia tradições antigas e rígidas, e Alicia, como filha mulher, era tratada de maneira completamente diferente de seu irmão, Lucas, que, por ser homem, gozava de uma liberdade que ela jamais poderia ter. Enquanto Lucas podia sair sozinho para se divertir, voltar tarde da noite e ser mais independente, Alicia vivia sob constantes restrições. Ela não podia sair de casa sem a permissão dos pais ou sem a companhia de Lucas ou de algum deles. Essa diferença de tratamento a fazia sentir-se oprimida e frustrada, pois sabia que, simplesmente por ser mulher, suas ações eram controladas de forma mais severa. Nivaldo e Joana acreditavam que, como filha, Alicia deveria ser criada de maneira rígida, seguindo a moral e os princípios da família, sem questionamentos. Em sua visão, a menina precisava ser p
Mateus era insistente e sabia exatamente o que dizer para conquistar Alicia._confia em mim, eu vou te fazer minha mulher.Alicia se deixou envolver pelas palavras dele e se entregou a ele, para ela foi muito especial e se sentiu feliz.Depois voltou para a festa e encontrou os seus pais fora do salão furiosos._Aonde estava?_Perguntou o seu pai._eu sai para respirar um pouco._Vamos para casa agora?._mais pai a festa ainda não acabou._acabou para você, entra no carro agora._Ordenou o pai, mesmo contra a sua vontade ela entrou e foram para casa._Vocês me tratam como uma criança. _Disse ela ao sair do carro em frente a casa._Lá dentro nós conversamos._disse a mãe dela.eles entraram em casa e a discussão só piorou._Como pode ser tão irresponsável e nos desobedecer._Disse seu pai._Filha você foi se encontrar com aquele rapaz?. Perguntou a sua mãe._Fui sim e daí. _disse ela os enfrentando_Sua irresponsável malcriada._ Disse o pai dela lhe dando um tapa na cara, fazendo ela ficar
Naquela hora ela se arrependeu amargamente do que fez, de acreditar naquele homem e percebeu que agora estava sozinha e não tinha mais para onde ir, se voltasse para casa de seus pais , só iria ser mais humilhada, então decidiu deixar aquela cidade e ir para bem longe.pegou sua mala e com o envelope em mãos foi para o ponto de ônibus que ficava na saída da cidade.Alicia se encontrava Desolada, decepcionada, triste e arrependida, ela custa acreditar que foi tão fácil de ser manipulada por aquele cara, pela primeira vez ela acreditou que o amor era cego, que seus pais estavam certos e que ela foi muito idiota mesmo, agora era tarde._Eu não tenho coragem de voltar para casa e encarar meus pais. Disse ela para si mesma. Nessa hora o ônibus parrou e ela entrou indo em direção ao desconhecido.Foram mais de dois dias de viagem até a parada final, durante o trajeto, ela conheceu varias pessoas e escutou varias histórias de vida dos outros passageiros, desses passageiros ela ficou mais próx