Capítulo 3

Naquela hora ela se arrependeu amargamente do que fez, de acreditar naquele homem e percebeu que agora estava sozinha e não tinha mais para onde ir, se voltasse para casa de seus pais , só iria ser mais humilhada, então decidiu deixar aquela cidade e ir para bem longe.pegou sua mala e com o envelope em mãos foi para o ponto de ônibus que ficava na saída da cidade.

Alicia se encontrava Desolada, decepcionada, triste e arrependida, ela custa acreditar que foi tão fácil de ser manipulada por aquele cara, pela primeira vez ela acreditou que o amor era cego, que seus pais estavam certos e que ela foi muito idiota mesmo, agora era tarde.

_Eu não tenho coragem de voltar para casa e encarar meus pais. Disse ela para si mesma. Nessa hora o ônibus parrou e ela entrou indo em direção ao desconhecido.

Foram mais de dois dias de viagem até a parada final, durante o trajeto, ela conheceu varias pessoas e escutou varias histórias de vida dos outros passageiros, desses passageiros ela ficou mais próxima de um casal de idosos, aos quais contou sua história, tirando um peso de seu ombro, a senhora se compadeceu da sua dor e lhe deu um cartão de recomendação de trabalho, quando chegasse a cidade procurasse no endereço e ela lá teria uma oportunidade de trabalho e de recomeçar sua vida.

Alicia ficou muito agradecida e quando chegou na cidade, tudo era diferente de onde nasceu e viveu até quase seus 18 anos, Onde estava agora tudo era diferente, grande, movimentado e barulhento. Ela parou um táxi e o pediu para que levasse até o endereço do cartão.

Ao chegar lá ela o conferiu duas vezes para ter certeza, o moço do táxi disse que não havia erro ,era ali mesmo. Ela pagou o táxi e olhou mais uma vez para aquela mansão enorme que estava a sua frente, tocou a companhia do portão e o homem lhe atendeu.

_O que deseja?.

_Eu vim até aqui atras de trabalho, eu tenho esse cartão e essa carta da senhora Bernadethe._ Disse ela.

O moço a olhou e a deixou entrar, pedindo para que outro homem a acompanhasse até a cozinha da mansão e a deixou com a governanta Maria.

¬_Mocinha como conhece a senhora Bernadethe?_ Perguntou a governanta.

_Eu viajei com ela durante dois dias.

_Entendo! Se ela lhe entregou uma carta de recomendação deve ter gostado de você, ela trabalhou aqui durante mais de 30 anos e viu nosso patrão nascer e crescer, foi uma surpresa quando ela pediu demissão, o patrão gostava e cofiava muito nela, ele não queria que ela fosse embora, só que ela disse que era necessário e queria curtir a sua aposentadoria,não restou outra escolha para nosso patrão a não ser aceitar a demissão dela e agora você foi recomendada por ela.

_Então, eu vou poder trabalhar aqui?.

_Acho que não terá problema,vamos só confirmar com o patrão, você só tem 17 anos não é isso ?

_Sim senhora!. mais farei 18 daqui a alguns dias.

_Vamos preparar tudo senhorita, me acompanhe!.

a governanta a levou até um quarto de empregada e a pediu para se lavar e vestir-se de forma mais formal, pois se encontrariam com o patrão.

Assim ela fez, arrumou-se, colocou pouca maquiagem e vestiu-se como de costume, pois seu pais não a deixava usar maquiagem pesada e nem roupas que mostrasse suas pernas ou usasse cabelo solto.

A governanta Maria abriu a porta e perguntou se ela já estava pronta, Alicia disse que sim.

_Senhora como se chama o patrão mesmo?.

_Senhor Álvaro Cadelha, lembre-se disso.

Maria a levou até aporta do escritório de Álvaro e falou:

_Fique aqui irei anunciar você.

Maria entrou e Alicia ficou esperando fora do escritório, ela aproveitou para olhar a vista, pois dava para ver o jardim através dos vidros.

_Garota você pode entrar, eu expliquei a sua situação ao patrão, só que ele quer-lhe falar a sós. _Disse-lhe a governanta Maria, Alicia estava ficando nervosa, ela se encontraria com um homem que nunca conheceu e esse seria possivelmente seu patrão. Ela abriu a porta pedindo licença, o homem virou se girando a grande cadeira ao qual estava sentado e ficou frente a frente com ela, Álvaro não era o que Alicia esperava, ela achava que ele era um senhor , que pelo menos tivesse 50 anos, mais o que ela não esperava era que ele seria um rapaz jovem.

_Alicia não é isso?. Perguntou ele.

_Sim senhor.

_Então sente-se senhorita Alicia.-Pediu ele.

Alicia assim fez, ele estava com a carta de recomendação em mãos e a olhava tentando decifra-la.

_Pelo que a governanta me falou, a senhorita conheceu Bernadethe em uma viagem correto?.

Alicia não falou somente meneou a cabeça em afirmação.

_Como ela estava?._perguntou o homem.

_Ela parecia bem, me disse que estava conhecendo lugares novos .¬_Respondeu-lhe ela.

_Você chegou a ler essa carta?.

_Não senhor!.

_Não leu?._Insistiu ele e ela só negou com a cabeça.

Então ele a entregou e pediu que ela lesse em voz alta, a carta dizia o seguinte:

“Menino espero que esteja bem, eu estou bem não precisa se preocupar comigo viva sua vida, eu vou mandar uma triste garota que esta precisando muito recomeçar a vida, eu gostei muito dela e me compadeci , por isso eu espero que faça esse favor para uma velha amiga sua, não se preocupe, pode confiar nela e faça com que ela confie em você também , eu gostaria que desse um trabalho para ela, pode ser aí na mansão ou em uma das suas empresas , cuide-se menino, eu te adoro .

Da sua querida Bernadethe”.

_Eu reconheci a letra dela, então tenho certeza que é de Bernadethe, mas como ela falou você ainda é menor de idade e de dar um trabalho seria ilegal no momento._Falou Álvaro para Alicia que respondeu com os olhos cheios d'agua.

_Eu sei senhor, mais farei 18 daqui a alguns dias, me deixe ficar trabalhando, eu acabei de chegar de outra cidade, não conheço ninguém aqui e preciso muito de trabalho.

_Não se preocupe, não negarei um pedido de uma velha amiga minha,só que até lá terá que trabalhar informalmente.

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