EVA NARRANDONão acreditei no que ouvi. Ele realmente disse que eu sou a luz da vida dele? Aquilo me deixou tão chocada que eu não sabia o que falar, sinceramente.— Eu... Nossa, Denver. Eu não sei o que dizer. — Eu falei, o olhando nos olhos. Olhei para o anel por alguns instantes e depois sorri.— Só... Só me fala se você acha que eu contribuo pra sua vida o suficiente pra permanecer nela. Só isso. — Ele disse e eu concordei com a cabeça.— Sim, é claro que sim. Você contribui e muito... Meu Deus, eu nem sei o que dizer. Isso tudo é... Nossa. — Eu tentei falar, mas não consegui.Me aproximei mais de Denver e passei os braços ao redor dele, o abraçando com força. Abri os olhos rapidamente e vi Ayleen do outro lado da rua, e ela negava com a cabeça nos observando. Ela saiu andando, aparentemente com raiva, e foi embora.Eu desfiz o abraço e sorri de leve, olhando para ele.— Bom, então é isso. — Ele disse. — Eu tô muito feliz de ter... Bom, dito o que eu precisava pra você. — Afirmou
EVA NARRANDODepois que descobrimos aquela informação, eu fiquei realmente desesperada. Denver parecia mais calmo que eu, mas ainda assim, estava desesperado. Nem eu nem ele conseguimos dormir naquela noite. Como conseguiríamos, não é mesmo? Uma coisa louca dessa acontecendo tira o sono até do mais são do mundo.Na manhã seguinte, fomos para uma cafeteria, mas eu não consegui comer. Denver insistia para eu tentar comer alguma coisa, mas estava difícil. Eu estava muito nervosa.— Eva, por favor. — Denver disse. — Você precisa comer alguma coisa...— Eu não consigo, Denver. Desculpa. — Ele respirou fundo. E soltou o copo de café na mesa.— Quer saber? Hoje nós estamos de folga. — Ele disse.Denver se levantou e foi até o caixa, pagando as coisas que ele consumiu e depois veio até mim, segurou minha mão e saiu me arrastando para fora da cafeteria.— Espera, Denver! — Eu falei, rindo. — Eu vou cair, você anda muito rápido!Meu carro estava estacionado atrás do dele, mas quando eu fui até
DENVER NARRANDOPassear molhado junto com Eva estava sendo o maior barato. Não, eu nunca pensei que faria isso por uma garota e aqui estou eu, de terno, ensopado de água do mar e caminhando pela orla da praia, de mãos dadas com uma garota também de roupa social e descalça, completamente ensopada.— Eu acho que seria legal a gente comprar, hm... Uma roupa de praia, já que vamos passar o dia aqui. — Ela sugeriu. — E chinelos.— Certo. Como você quiser. — Eu falei.Fomos até uma loja de roupas e escolhemos algumas peças. Nos trocamos no provador mesmo, foi um barato a gente arrancando as etiquetas e pedindo pra moça passar no caixa pra nós. As roupas molhadas foram parar em uma sacola da loja e a atendente só sabia rir.— Eu acho que vocês são o casal mais doido que já apareceu aqui. Quer dizer, muita gente vem de forma aleatória pra praia... Mas se jogar na água de roupa social foi a primeira vez que eu vi. — Ela disse, rindo.— Ah, a Eva merece um momento louco desse. — Eu brinquei.Ev
EVA NARRANDOVoltamos para a cidade, afinal, a vida não é feita só de dias perfeitos. Precisávamos voltar para a nossa vida normal depois daquele dia maravilhoso que tivemos. Quando voltamos para o centro, fiquei com medo que os sentimentos ruins tomassem conta de mim, mas não foi assim.Ao chegar na minha casa, senti os braços de Denver ao redor da minha cintura e seu rosto em meu pescoço. Ele estava apenas cheirando meu pescoço, mas só aquilo já era o suficiente para gerar um certo descontrole em mim. Eu não sei o que está acontecendo, só sei que ele me toca e eu fico com vontade de ir pra cama com ele. E já que estamos na minha casa...Denver e eu entramos no quarto. Ele fechou a porta e me virou pra frente dele, me puxando pela cintura e encostando a testa na minha. Nossos lábios estavam próximos um do outro, e então, ele avançou. Ele sabe beijar uma mulher e deixá—la louca, isso é verdade. Até o toque das mãos dele enlouquece. Senti sua língua deslizando pela minha dentro de minh
EVA NARRANDODepois do nosso dia de folga, era hora de voltar para o escritório. Passar aquelas horas com Denver me deu a força que eu precisava para encarar os problemas de frente, em especial, meu tio Lionel. Eu disse que queria uma reunião de emergência. Sempre confiei nele, e não consigo não confiar. Ele me colocaria em um cargo de propósito para me ferrar? Não tenho dúvidas de que ele está sendo enganado também.— O Danny chegou. — Denver sussurrou. Estávamos juntos no escritório dele assinando alguns papeis. — Tem certeza sobre a demissão dele?— Tenho. Vou confirmar com meu tio hoje mesmo. — Falei e ele concordou com a cabeça. — De acordo com meus cálculos, Denver, não temos mais tempo para colocar alguém como espião ali dentro e descobrir corretamente quem é a pessoa que está desviando verba. Porém, já sabemos que as alterações no relatório vem do Danny, isso gera uma demissão por justa causa. Mas... — Eu sorri de forma maliciosa.— O que você tá pensando?— Ele não iria quer
EVA NARRANDO— Você acha que ele pode ter feito algo de propósito? — Perguntei para Denver e ele concordou com a cabeça.— Ele fez, Eva. Ele usou o Danny de bode expiatório. E agora com ele em coma no hospital, as coisas só vão piorar, porque a única pessoa que podia nos dar respostas era ele. Eu não sei o que fazer, sinceramente. Se eu fosse você... Pularia do barco antes que fosse tarde. Eu preciso ficar, afinal, a empresa é do meu pai... Eu vou afundar com o navio de qualquer jeito. — Denver olhou para baixo e eu neguei com a cabeça, indo até ele.— Não, nós estamos nessa juntos. — Eu falei, levando as duas mãos até seu rosto e o fazendo me olhar. — Vamos desmascarar o meu tio e colocar ele na cadeia. Isso é roubo, ele não pode continuar o que ele está fazendo aqui.— Você tem certeza? Tem certeza que quer tentar salvar um barco esburacado como essa empresa? Eu vou sugerir ao meu pai que fechemos as portas. — Eu neguei mais uma vez.— Isso aconteceu com a Sweetsparks uma vez, e...
DENVER NARRANDOEu levei Eva no melhor advogado da cidade. Por sorte, ele estudou comigo e entende muito de casos empresariais como o de Eva. Estou chocado com o que Lionel fez. Ele foi um sem caráter.— Você acha que pode ajudar a Eva? — Perguntei, depois que meu amigo Mattia ouviu toda a história.— Eu posso, mas por enquanto, precisamos reunir todas as documentações que falei. A Sweetsparks não vai deixar de ser sua, mas vai demorar pra voltar ao seu nome. O seu tio basicamente armou um golpe pra você. Você levaria a culpa dos crimes na empresa do Denver e ele ficaria com 100% das ações. Foi muito esperto. — Ele disse e suspirou. — Mas nós vamos reverter isso.— Obrigada, Mattia. Estou com medo dele sucatear minha empresa porque ele já deve estar sabendo que eu descobri. — Ele concordou com a cabeça.— Vou redigir um documento e pedir a um juiz que impute as decisões dele pelo prazo de investigação. Vai dar certo. — Falou.EVA NARRANDOEu não estava tão confiante assim, principalme
EVA NARRANDOEntramos no aeroporto e eu corria feito uma maluca de mãos dadas com Denver. Ele foi direto para o embarque da Dinamarca, aonde meu tio provavelmente estava. Eu sei que meu tio não gosta de ficar exposto no aeroporto e sabia que ele estaria na sala de embarque VIP, por isso, fui direto a esse local.Lá estava o meu tio. Ele estava sentado lendo um jornal como se o mundo não estivesse caindo ao nosso redor. Eu fiquei com tanta raiva quando o vi que, mesmo que Denver tenha dito que queria dar um soco na cara dele, quem foi bater no Lionel fui eu!Eu arranquei o jornal da mão dele e acertei um soco bem no meio do nariz dele. Ele se levantou indignado e ficou olhando o segurança, mas Denver foi pra cima do segurança e não sei o que ele disse, mas o segurança não me impediu.— Você achou que ia sair do país com todo meu dinheiro e com o seu nome nas minhas ações? Você se enganou sobre mim, Lionel Sparks. — Falei, e ele soltou uma risada.— Prove que eu te roubei na justiça. At