PeterDeslizo o robe por seus ombros e então seguro a barra de sua camisola e dispo por sua cabeça e então ela está praticamente nua no meu colo, com apenas uma calcinha minúscula. Os seios dela diante de mim, trêmulos. Eu os admiro com um sorriso satisfeito.— Você é linda, Emma. — Eu os tomo em minhas mãos, acariciando os biquinhos escuros com meus polegares e ela rebola contra mim mais uma vez. Gemo baixinho torturado e umedeço meus lábios antes de prová-los. Faço isso encarando-a, capturando suas sensações. Sua linda boquinha está entreaberta, sua respiração pesada, observando minha boca agir junto a sua carne. Sua expressão de desejo me deixa louco e eu sugo um e depois o outro.Ela balbucia meu nome e eu aperto seu traseiro macia, fazendo-a se mover mais e mais contra mim.— Emma! — solto um grunhido contra sua boca. — Eu preciso de você.— E eu de você, Peter! Agora! — ela geme contra minha boca, inquieta. — Por favor!Ela não precisa pedir de novo. Eu a tombo no sofá, desço me
EmmaA luz do sol invade o quarto através das cortinas entreabertas, mas não é isso que me acorda. São os beijos suaves que Peter deposita em meu ombro nu, subindo lentamente até meu pescoço, provocando arrepios por todo meu corpo.— Bom dia — ele murmura contra minha pele, sua voz ainda rouca de sono.Me viro para encará-lo, ainda mal acreditando que isso é real. Que passamos a noite juntos, que finalmente nos permitimos este momento. Seu cabelo está despenteado, os olhos sonolentos, e nunca o achei tão bonito quanto agora.— Bom dia — respondo, correndo os dedos por seu peito nu, memorizando cada detalhe.Seus olhos escurecem com meu toque, e logo estamos nos beijando novamente. Devagar, preguiçosamente, saboreando cada momento como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Como se este quarto fosse nosso próprio universo particular.— Você é linda — ele sussurra entre beijos. — Tão linda. Não sei como resisti tanto tempo.Suas mãos deslizam por minhas costas, reacendendo memórias da noit
PeterNão consigo parar de sorrir enquanto reviso os relatórios em minha mesa. As palavras dançam diante de meus olhos enquanto minha mente vagueia para a noite anterior. Emma em meus braços, seus beijos, seus suspiros, a forma como sussurrou meu nome...— Senhor Blackwood? — Sarah me chama pela terceira vez.— Desculpe — ajusto a gravata, tentando me recompor. — O que dizia?— A reunião das duas foi confirmada.Olho para o relógio. Ainda tenho algumas horas até precisar buscar Emma. Emma. Só pensar em seu nome faz meu corpo inteiro reagir, lembrando de cada momento que compartilhamos.A forma como ela arqueou sob meu toque, como seus dedos delicados exploraram meu corpo, como seu perfume impregnou meus lençóis... Droga. Preciso me concentrar.Pego o celular para mandar uma mensagem checando como ela está. É a quinta desde que a deixei no ateliê, mas não consigo evitar. A imagem de seu tornozelo inchado ainda me preocupa.É então que vejo a mensagem de Jessica."Preciso te ver com urgê
EmmaO jantar na mansão dos Parker está impecável, como sempre. Taças de cristal tilintam, talheres de prata deslizam sobre porcelana fina, e sorrisos educados são trocados sobre a mesa oval.Peter está sentado ao meu lado, sua mão ocasionalmente encontrando a minha sob a toalha de linho. Cada toque, cada olhar trocado, cada sorriso cúmplice faz meu coração acelerar. Algumas horas atrás, ele me ajudou a trocar o curativo do tornozelo com tanto cuidado, depositando beijos suaves sobre a pele machucada.Observo-o agora, tão elegante em seu terno azul marinho, rindo de algo que seu pai disse. Como pode um homem ser tão devastadoramente bonito? E como pode esse mesmo homem ter se transformado em alguém tão importante para mim em tão pouco tempo?— Emma, querida — minha mãe chama, seu tom doce demais. — Poderia me acompanhar ao jardim de inverno? Preciso de sua opinião sobre algumas orquídeas.Percebo o olhar que ela troca com meu pai. Conheço bem demais esse tipo de comunicação silenciosa
PeterTrês voltas pelo corredor. Quatro. Cinco. Perdi a conta. O uísque em meu copo está quase no fim, mas a inquietação continua. Do outro lado desta parede, a menos de dez metros de onde estou, Emma dorme. Ou não.A ideia dela acordada, talvez tão perturbada quanto eu, faz meu sangue ferver. Paro em frente à sua porta, apoiando a testa na madeira fria. Um movimento errado, porque agora posso sentir seu perfume. Suave, delicado, provocante. Como tudo nela.— Droga — murmuro, afastando-me como se a porta queimasse.Volto ao meu quarto, mas é impossível ficar parado. A cama king size parece uma piada de mau gosto. Todo este espaço vazio, enquanto a única mulher que quero ter aqui está do outro lado do corredor.— Foi você que escolheu quartos separados, idiota — lembro a mim mesmo, servindo mais uma dose.E foi mesmo. Porque depois daquela noite no hotel, depois de beijá-la na frente de todos, depois de tentar e falhar miseravelmente em encontrar consolo com outra mulher... Bem, ficou
EmmaAs xícaras de café ainda estão fumegando na mesa quando Peter aparece na sala de jantar. E eu quase derrubo a minha.O terno preto sob medida abraça seus ombros largos como uma segunda pele. A camisa e gravata, também pretas, dão a ele um ar poderoso que faz meu estômago dar voltas. Seus cabelos ainda estão úmidos do banho, algumas gotas escorrendo por seu pescoço e desaparecendo sob o colarinho engomado.Forço-me a desviar o olhar, fingindo interesse em meu celular.— Café? — ofereço, mantendo o tom casual.— Não, obrigado — ele responde, pegando apenas as chaves do carro. — Tenho uma reunião cedo.Ergo os olhos, tentando ignorar como ele fica ainda mais atraente visto de perfil.— Vai sair? — pergunto, como se não me importasse com a resposta.Peter se vira para mim, e há algo em seu olhar que não consigo decifrar.— Vou trabalhar — ele diz, ajustando o relógio no pulso. — Ao contrário do que você pensa, não sou apenas um playboy. Trabalho com meu pai na filial do Grupo Blackwo
PeterO relatório financeiro do último trimestre está aberto em minha tela, mas as palavras se misturam enquanto minha mente vagueia pela milésima vez nesta manhã. Como diretor de operações do Grupo Blackwood, deveria estar focado na execução das estratégias definidas por meu pai, analisando números, supervisionando as operações diárias. Em vez disso, não consigo parar de pensar em como Emma ficou linda esta manhã, com aquele roupão de seda azul e os cabelos ainda despenteados.Emma. Minha esposa. A mulher que quebrou meu cartão black em dois pedaços sem piscar, declarando que tinha sua própria loja.Pressiono o interfone.— Sarah, pode vir aqui um momento?Minha secretária, eficiente como sempre, aparece em segundos.— Preciso que levante todas as informações possíveis sobre a loja da minha esposa.Sarah ergue uma sobrancelha, mas mantém o profissionalismo.— Claro, senhor Blackwood. Qual o nome da loja?Sinto meu rosto esquentar. Como não sei nem mesmo isso?— Eu... — limpo a gargan
EmmaO ateliê está silencioso e escuro quando entro. Não acendo as luzes, preferindo a penumbra que combina com meu estado de espírito. Maria tentou me ligar várias vezes, mas não consigo falar com ninguém agora.Peter também não para de ligar. Quinze chamadas perdidas. Trinta e duas mensagens não lidas.Me afundo no sofá, o mesmo onde ele me beijou pela primeira vez aqui. Onde seus olhos brilhavam de admiração ao ver meu trabalho. Onde pensei que finalmente tínhamos encontrado algo real.— Emma! — sua voz ecoa pelo ateliê vazio. Claro que ele me encontraria aqui.— Vai embora — minha voz sai embargada.— Não sem antes me ouvir — ele se aproxima, e mesmo na escuridão posso ver seu rosto transtornado. — Aquela noite no hotel... eu não dormi com ela.Rio sem humor.— Então ela engravidou por obra do Espírito Santo?— Emma, por favor — ele se ajoelha na minha frente, ignorando minha tentativa de me afastar. — Você me viu bêbado aquela noite. Mal conseguia ficar em pé.— Vi você com ela n