Ilya Surkov1 mês após o início das investigações—A senhora Sidorov está acusando você de sequestro e abuso contra a filha do casal, isso é verdade? – um jornalista que estava parado na sede do governo onde eu “acidentalmente” passei em frente me cercou. —Jamais, eu perdi uma irmã e sei o que isso causa na vida de uma mulher, não sou um abusador. –não falei nada sobre não ser um sequestrador, odeio mentiras, mas tenho que ser bastante cauteloso quando o assunto envolver Ruslana. Outros repórteres vieram atrás de mim, eu, Ivan e Anton estávamos em locais estratégicos da cidade, dando essas informações. Atualmente todos os três foram afastados do cargo e iam a julgamento em poucos dias, Alyona tentava se esquivar da culpa, todos estavam presos enquanto aguardavam o julgamento. Ruslana ainda estava nos EUA, pelo que eu sabia, incrivelmente eu não a monitorei, não perguntei sobre ela, não quis que Ivan fosse atrás, eu apenas a deixei com sua vida. —Estará presente no julgamento? – a
1 semana depois O dia do julgamento chegou, eu e minha família decidimos ir todos de preto, tínhamos apenas um acusador, o advogado aceitou acusar os três de uma vez, algumas outras famílias também processaram os envolvidos. Minha família sentou logo no primeiro banco, onde víamos tudo. O juiz entrou e tudo começou, provas foram colocadas na mesa, defesas foram feitas, explicações foram dadas, mas nós já tínhamos tudo. A acusação foi incrível, colocaram fotos e alguns documentos com assinatura da senhora Morozov sobre o ocorrido, algumas transferências bancárias para veículos de informações, por isso que na época quase não foi noticiado, e os jornais que noticiaram, trataram como um caso de ataque terrorista, o que não fazia o menor sentido. —Isso é uma mentira, meritíssimo, assumo que meu ex marido sabia, mas eu descobri muito depois, eu jamais compactuaria com uma atrocidade dessa. O que os Surkov querem é me incriminar injustamente, sendo que o filho deles, Ilya Surkov chegou a
O primeiro dia de julgamento foi intenso, o local estava cheio, muitas pessoas estavam lá, sentadas nos bancos, eu sentei um banco atrás de Mikhail, a família Surkov estava toda na frente. Como minha mãe disse, eu fui intimada a depor, provavelmente Mikhail e os Surkov já sabiam disso. Ilya passou os olhos no local e me viu, eu queria dizer algo, dei um sorriso, tentando chamar sua atenção, mas ele apenas continuou olhando as pessoas e depois voltou a posição de antes. Várias pessoas do dia do atentado deram seus depoimentos, explicaram o que viram, algumas fotos foram colocadas em uma tela e eu fiquei horrorizada, sem perceber, lágrimas foram brotando em meus olhos, só de ver as fotos eu fiquei chocada, imagina a família de Ilya, que carrega essa dor no coração todos esses anos. O advogado de defesa começou a expor uns fatos totalmente aleatórios, estava explícito o envolvimento deles, baseado em todas as gravações de áudio e vídeos que a acusação conseguiu. Teve uma pausa e as pe
Ilya Surkov Passei a tarde pensando. Ir ou não ir atrás de minha kotehok, porra. Ela assumiu em público que me ama, a situação ficou difícil de controlar, meu corpo ficou completamente insano ao ou ir suas palavras. —Você gosta da menina, Ilya? – mama perguntou, sentada no sofá da frente, tinha um olhar questionador, eu sei que ela não queria nada disso, mama não queria nem mesmo que a gente envolvesse outras pessoas em nosso plano de vingança. —Mama... é a minha Kotehok, me desculpe por isso, eu tentei não sucumbir, ela foi embora e eu achei que tudo estava acabado, mas... —Você a quer, mesmo sabendo o que a família dela causou a nossa. –ela constatou. Aaquilo me deixou triste porque eu não queria falhar com meus entes queridos, principalmente com Zoya. —Sim, mama. Eu a quero. —assumi, a sala estava em silêncio, meu pai e irmãos me olhavam de maneiras diferentes, principalmente Ivan, tenho certeza que ele também está na mesma situação que eu. —O que está esperando então? – eu
—Eu também senti a sua falta. —ela respondeu rindo. —Isso foi incrível, kotehok. –beijei seus lábios e desci pelo pescoço, chupando qualquer parte dele. Quero que todos saibam que ela já tem um dono.—Ilya... me desculpe por... –calei sua fala com mais um beijo, abri suas pernas com meu joelho e entrei com tudo dentro dela. Ruslana gritou e passou as pernas a minha volta. —Falaremos disso depois, gatinha. Você ainda vai ser punida. –voltei a estocar com força, juntando todos os sentimentos que eu sentia naquele momento, euforia, raiva, excitação, saudade...Dessa vez foi duro e sujo, eu marquei o corpo de Ruslana inteiro, com tapas e chupões, ela parecia prestes a desmaiar quando gozou novamente, pedindo para ir mais forte e mais rápido, minhas mãos sufocando seu pescoço. —Safada, é por isso que você precisa ser punida... demorou muito para entender que você é minha presa e eu sou seu —fui ainda mais rápido e fundo, Ruslana gritava tão alto que o andar inteiro estaria ouvindo nossa
Acordei desnorteada no quarto do hotel, a cama estava vazia do lado onde ele deveria estar, eu levantei rápido, ainda sem roupa e corri para o banheiro, estava vazio, eu falei alto:— Ilya... NInguém respondeu, estava um pouco escuro porque já era noite, talvez de madrugada, eu acendi a luz e quase gritei quando encontei ele sentado em uma cadeira ao lado da cama. — Ei, achei que você tinha ido embora. — falei. Eu caminhei até ele e sentei em suas pernas, ele passou a mão pela minha cintura e eu apoiei minha cabeça em seu ombro. Ele não falou nada por um tempo, então eu quebrei o silêncio primeiro:— Por que você não está na cama? —perguntei. — Nenhum motivo especial, apenas quis observar você. —ele respondeu. — Você quer ir embora? — Você quer que eu vá embora? —ele perguntou. Levantei a cabeça e olhei para ele, Ilya estava sério, eu sentei direto e me cobri com o lençol da cama que estava ao redor da minha cintura.—Você está bem? O que está acontecendo? —perguntei. —Devo me
Mikhail nos encarava com uma certa rispidez, eu e Ilya descemos do carro e eu segurei na mão dele. Mikhail entrou dentro de casa sem dizer nada, eu caminhei para dentro e ele virou na nossa direção. — Então... —ele questionou. — Mikhail, você é meu pai, sei que não vai aceitar o que eu venho dizer, mas eu gostaria que você ouvisse os motivos dele, olha... — Eu sei todas as motivações dele, Ruslana. Não precisa tentar me persuadir, eu não o julgo por isso. —ele respondeu. — Não? —indaguei. — Não, além do mais, eu e o Surkov já fomos conhecidos, alguns anos atrás. —ele respondeu. — Você já conhecia o Ilya? —perguntei confusa. — Eu não, Kotehok, ele conhece meu pai. —Ilya respondeu. — Podem sentar. —Mikhail falou. Eu e Ilya sentamos no sofá de frente para ele, entramos em um silêncio profundo, até que Mikhail começou a falar: — Sabe, eu perdi uma pessoa muito importante, resultado da maldade e ganância de outras pessoas, eu quis me vingar de todos eles, mas como eu sou uma pess
Dias depoisRuslana Morozov O segundo dia de julgamento foi muito triste e ao mesmo tempo emocionante, mostraram o menino Andrey, ele falou por alguns minutos, sempre falando bem da tia Ayla, ele parecia incrível. Eu fiquei enojada com Sergei Romanov, como um pai era capaz de ordenar algo assim contra um filho? Apenas porque Arseny tinha provas contra suas armações dentro do serviço de inteligência, foram descobertas tantos crimes contra os cidadãos, ele com certeza não teria chance nenhuma. Eu sentei ao lado de Ilya, muito desconfortável, Mikhail a todo momento olhava para mim, o rosto acusatório, mama vez ou outra olhava em minha direção, não sei como ela não vomitou, parecia estar com tanto nojo. Depois que finalizou o dia, toda a família de Ilya foi embora, eu entrei no carro com ele, tentando fugir dos repórteres, alguns faziam perguntas muito inconvenientes a Ilya, tentando fazer parecer que eu sabia de tudo e compactuei com uma barbaridade dessas. —Ilya, pra onde estamos i