Ilya Surkov Ivan conseguiu acesso a Andrey, mesmo que monitorado pela garota, ele aproveitou a oportunidade para colocar câmeras pela casa. Ouvimos tudo a noite, inclusive uma ligação de minha querida sogra, avisando Serguei de que estávamos atrás dos últimos nomes da lista. Ouvimos todas as conversas dele com seus subordinados, todas as ordens. As interações dele com Andrey eram poucas, mas ele não machucava meu sobrinho, apenas parecia não saber como agir com ele.Eu podia ver meu sobrinho brincando na sala, caramba, estava tão grande, Andrey ainda tinha a paixão por bonecos Transformers, ele brincava sozinho e quase não falava com ninguém da casa. As lembranças daquele dia ainda me corrompem, saber que Zoya podia ter sido salva, eu podia ter ficado na casa, por que não fiquei? Eu não pude proteger minha irmãzinha, não consegui ajudar Andrey. Não pude fazer nada.—Ilya, tudo pronto para o resgate de domingo, você ficará aqui até lá ou vai voltar em Tomsk? -Anton perguntou. Ele est
Desconhecido Tudo corria como planejamos, confesso que a ajuda dos irmãos foi de grande valia para conseguirmos tudo isso. Apesar do irmão do meio, Ilya, surtar em obsessão pela menina, eu não posso negar que ele ajudou bastante. Ele agora achou por bem sequestrar a garota, ainda não sei como vou contornar essa situação. Preciso encontrar uma forma de esconder essas informações para serem usadas no momento certo, ele ter levado a menina não foi de todo ruim. Ia servir para muita coisa lá na frenteFiz uma ligação para os irmãos Surkov - apenas Ivan e Anton estavam na chamada, porque Ilya estava resolvendo suas questões com a menina Sidorov -por chamada de vídeo mesmo, em uma linha criada pelo próprio Ivan, o desgraçado é bom mesmo com essas coisas. —Eu tenho um amigo, ele é jornalista, confiável, o jornal que ele trabalha é desses jornais que sempre apoia o governo, então se publicarmos algo falando mal, vai chamar muita atenção, a credibilidade vai lá no alto. —eu expliquei o que
Ruslana Morozova Quatro dias depois da fugaA psicóloga vem todos os dias me fazer perguntas, pedir para eu desabafar, tentar me fazer falar sobre Ilya, mas eu não consigo falar sobre ele. Nem sequer conseguia pensar nisso. Desde que consegui fugir, meus sonhos com ele eram frequentes, em qualquer horário do dia em que eu estivesse dormindo, lá estava ele, segurando em meu pescoço do jeito que ele faz, sugando minha pele com a língua e me fazendo gozar com os dedos. Eu sempre acordo suada e quente, com medo de estar ficando louca... com medo de estar sentindo falta dele. Meu Deus, era só o que faltava, eu sentir falta de Ilya. Eu luto contra isso com todas as minhas forças, luto contra esse sentimento de posse, como se eu realmente pertencesse a ele. —Vamos. A terapeuta chegou. —minha mãe veio me avisar no quarto.No primeiro dia ela fez milhares de perguntas, eu não disse a verdade em nenhuma delas. Minha raiva por Ilya cresceu ainda mais quando descobri que ele mostrou nossos ví
—Você gosta do homem que quer me matar? -Ela sussurrou, meu coração separou naquele momento, porque eu não queria estar em uma situação como essa. —Você está traindo a todos nós. -ela apontou. —Eu? Eu não matei ninguém. Eu nem sabia dessa história para começo de conversa, se alguém aqui é traidora, é você, por acobertar a morte de cidadãos que você jurou cuidar. -Eu apontei o dedo pra ela, minha raiva fervilhando de forma impossível de controlar, mama deu um passo a frente e acertou um tapa em cheio no meu rosto. Eu não fiquei surpresa, mas mesmo assim doeu, levei minha mão ao local e continuei olhando para ela. Agora sim, tenho certeza que Ilya tem razão sobre meus pais, a constatação fez meu coração quebrar. —Ele fez uma lavagem em você, ele está te usando para conseguir o que quer e você caiu. —ela disse. Eu não disse nada, apenas dei um passo para trás e virei as costas e voltei a olhar pela janela. —Sai do meu quarto e não volte mais. -Eu disse baixinho. Ouvi quando ela deu
Ilya SurkovSexta feira dia do resgateAnton e Ivan estavam no helicóptero, esperando nossa retirada, eu e os soldados fomos até a área onde Sergei e a família sairiam com o menino. Nosso plano era muito simples, Sergei Romanov estaria com 5 homens, Andrey e uma babá e a filha, Ayla Romanov. Ivan faria uma ligação pedindo a Ayla algo importante do curso e Andrey pediria para ir junto até a casa para buscar. Nesse momento eu apagaria Ayla e pegaria Andrey.Mas não foi o que aconteceu, caralho. Sergei apareceu no meu campo de visão, sozinho com a garota, Andrey não estava junto, dentro do helicóptero ele não estava porque eu vi quando ele pousou trinta minutos atrás. Peguei o telefone e liguei para Ivan.—Que merda aconteceu? Andrey não está embarcando. -observei todos eles entrarem no helicóptero e partirem dali. Meu ódio foi tão grande que assim que o helicóptero sumiu de vista, descarreguei a arma nas árvores. —Não sei, era pra ele estar aí, a menos que... -ele se calou, sim. A men
—Que convite? É para tomar sorvete? —ele perguntou curioso. —Slav, você gostaria de tentar viver comigo? Eu sei que não nos conhecemos e você talvez não confia em mim, mas eu gostaria de pedir a sua ajuda. —falei. Slav me olhou com atenção e eu pude perceber sua face se iluminando. Ele deu um aceno com a cabeça e eu voltei a falar: —Tem gente ruim com meu sobrinho e eu preciso de você para me ajudar a recuperá-lo. Você gostaria de trabalhar comigo nessa? Ele pulou no meu colo e eu o peguei nos braços, Slav era um garoto pequeno para seis anos. Mas aparentava ter um coração enorme. —Você gostaria de ser meu ajudante nessa? —Sim, eu quero ir embora daqui. —ele respondeu chorando. Slav colocou a cabeça em meu ombro e chorou. Porra, eu sou um maluco perseguidor, mas isso me deixou triste também. —Então, vamos atrás das suas coisas, eu adotei você. —anunciei. —Sério? Eu vou mesmo ir embora? Agora? Hoje? —ele perguntou animado. —Agora mesmo. Vamos lá pegar as suas coisas. —eu o c
Ruslana MorozovaEu acho que estou louca. Tantos dias passaram e não ouvi mais nada a respeito de Ilya, a sensação estava me matando. Minha relação com mama só piorou a cada dia. Mikhail tentava ser um mediador mas nem sempre dava certo. Como agora, estamos na mesa de jantar e ela está falando sobre como Ilya e seus irmãos são perigosos.—... Quero dizer, eles vendem armas, eles financiam as guerras, eles vendem para quem pagar mais, não tem a honra de apoiar um país e lutar por ele. -ela comentava com Mikhail.-Como você, cheia de honra? Tanta honra que teve que matar cidadãos russos, apenas para saber como é não ser honrada o tempo inteiro, não é? -eu sentia a necessidade de proteger Ilya de suas acusações, mesmo que eu soubesse que grande maioria era tudo verdade.—Não fale assim comigo, eu sou sua mãe. Está vendo, Mikhail, ela se deixou ser levada por ele e agora vive como como uma cadelinha abanando o rabo para o dono. -ela falou irritada. Mikhail a repreendeu com o olhar, mas eu
Tive dificuldade em passar pela segurança, eles eram muitos, mas consegui chegar até o portão, três guardas estavam lá e eu não sabia por onde passaria, fui caminhando atrás dos arbustos e consegui chegar até a lateral do portão, eu não sei como aconteceu, mas um a um os três foram abatidos. Na hora minha vontade de correr para dentro de casa aumentou tanto que eu ainda dei meia volta, pessoas inocentes estavam pagando por algo que outras pessoas fizeram, Ilya não tem compaixão com ninguém, ele apenas atropela tudo o que estiver em sua frente. —Pensando em voltar, gatinha? —ouvi sua voz vindo na minha direção. Endireitei meu corpo novamente e esperei ele aparecer. Ilya apareceu no meu campo de visão e me chamou com as mãos. Eu fui até ele que segurou meu braço com força e me arrastou até seu carro.—Você se sentiu tentada a voltar? —ele insistiu. —O que você acha? —rebati. —Estou gostando da sua coragem, minha Kotehok, você ainda não percebeu, mas só está assim porque eu estou t