Samantha pov'sFiquei ali, parada uns bons segundos ou até mesmo minutos, encarando aqueles dois e naquela situação nojenta. Só queria pular no pescoço daquele cretino e esganar ele, até não restar oxigênio em seus pulmões e em seguida pegar aquela puta e joga-la janela a baixo, mas não podia fazer nada daquilo, eu estou grávida e tenho que pensar no meu filho. Mas, isso não significa que tenho que ser idiota, não é mesmo?— Fora do meu quarto agora mesmo.— disse entre dentes.— Ah, qual é Samantha! Eu estou perto de gozar dentro dela e você vem atrapalhar?— ele reclama.— Não estou nem ai se você iria ou não meter porra nela, só não entendo por que está em meu quarto, na minha cama.— falei irritada.— Não gosto de levar qualquer uma pra minha, então...— ri com o que ele disse.— Você é um doente sabia? Maldita hora que te conheci.— falei e ele voltou a se movimentar na garota ruiva.— Maldita hora que te fodi.— ele falou ao dar um suspiro alto e a vadia gemer. Ah, e isso foi o cúmulo
Samantha pov'sAbri lentamente meus olhos, e com uma forte luz que "saia" do teto, fechei-os rapidamente até conseguir me habituar com a claridade. Respirei fundo e olhei ao redor, tentando identificar o local onde eu me encontrava, e pelo teto branco e alguns aparelhos ao lado acabei por deduzir, estar no hospital e então pequenos flashes surgiram em minha mente.FLASHBACK ONUma fisgada forte no pé da barriga me fez sentar na cama e fechar os olhos devido a dor que sentir na hora. Passei a mão na testa e notei o quanto estava molhada de suor, levantei devagar e a pontada voltou fazendo-me soltar um gemido, caminhei até próximo a porta e acendi a luz e ao olhar para baixo vi uma fina camada de sangue descer por minha perna direita, olhei para a cama e a mesma estava com uma mancha de sangue lá. Minha respiração começou a acelerar e abri a porta com tudo indo até meu quarto pegar meu celular. Procurei ele na cabeceira da cama, no criado-mudo e nada... Lágrimas desciam por meu rosto e
Samantha pov'sJordan dormia todo torto na poltrona, e eu continuava sem nenhum resquício de sono mesmo tendo sido sedada pela enfermeira, apenas dormi por umas duas horas e logo acordei. Desde então estou aqui, tentando pensar em tudo o que está acontecendo em minha vida, pensando desde o início de tudo. Desde a descoberta da gravidez e, mesmo tudo parecendo ter sido resolvido com essa droga de casamento, nada dá certo, o caminho só parece se estreitar mais e mais. Fecho os olhos por alguns minutos e imagino minha vida trilhada por três caminhos. Eu solteira e sem filho, solteira e com filho e casada com um filho. Imagino cada um dos três em mínimos detalhes mas, o que mais se fixou em minha mente foi eu sendo mãe, mulher e amada. Não queria pensar nessa possibilidade mas, depois do ocorrido, do que ele fez por mim e pelo bebê e de tudo o que disse, essa idiotice não sai da minha cabeça por nada. Não quero sentir certas coisas por ele, não quero me apaixonar, quero amar apenas um e e
Samantha pov'sEle ainda estava parado na porta me observando. Eu mordia o lábio inferior, tentando achar alguma reação, tentar fazer meu corpo reagir. O clima estava estranho, não o estranho quando brigamos, era de um outro tipo... — Jordan? O que foi?— resolvi quebrar o silêncio.— Você demorou, então pensei que tivesse acontecido alguma coisa.— disse ele vagamente.— Está tudo bem, só estava conversando com o bebê.— falei baixo sorrindo e ele riu.— Como assim? Eles não podem escutar... ou podem?— perguntou confuso.— Podem sim, eles sentem qualquer reação da mãe, o que acontece ao redor e, é sempre indicado descontrair e falar com eles.— falei olhando minha barriga e a alisando por cima da toalha.— Interessante... Então posso tocar?— perguntou e estranhei, mas não neguei.— Pode.— falei baixinho e ele aproximou-se.Jordan parou em minha frente e tocou por cima da toalha. Apenas mordi o lábio.— Pode tirar a toalha? Quero tocar de verdade mesmo.— fiquei sem reação diante de sua p
Samantha pov'sHoje eu completava três meses e uma semana. Podia sentir uma pequena diferença em meu corpo, mas nada demais que fosse chamar a atenção. Eu era magra, tinha praticamente nada de barriga e as vezes até duvidava que estava realmente gerando uma criança. Depois do susto que levei algumas semanas atrás, certas coisas começaram seguir por um caminho diferente e, confesso que estou me surpreendendo.Jordan está tentando mudar algumas coisas, para cumprir o que me prometeu. Tem sido presente em certos momentos e vez ou outra pergunta sobre o bebê. Seja lá quem for a pessoa que o aconselhou, ela fez um ótimo trabalho e, só posso agradecer por isto.Ontem recebi a visita do meu pai, Jordan não estava aqui. Pela primeira vez na vida, me senti totalmente desconfortável com ele, com alguém que tanto amava. Talvez tenha sido por causa das coisas que ele havia me dito, da forma em que me obrigou a se casar, eu não sei mas, é errado deixar de amar alguém que tenha seu sangue? Seu geni
— Sam?— escuto sua voz do outro lado da porta, mas ignoro.Ele não tem esse maldito direito de falar o que quiser, e depois vir aqui na cara de pau falar comigo.— Me escuta por favor, só te peço um minuto.— diz novamente, respiro fundo e caminho até a porta, mas não a abro.— O que você quer Jordan?— falo encostada na parede.— Será que você pode abrir essa maldita porta? Quero olhar pra você.— diz e dou uma risada sarcástica.— Para quê? Olhar para mim, enquanto joga suas merdas na minha cara, só pra ver o quanto fico mal?— jogo pra ele.— Droga Sam, não é isso! Será que dá pra me ouvir, depois você decide o que achar melhor.— mordo os lábios e respiro fundo, mas acabo fazendo o que ele pediu. Jordan estava sem camisa, com o cabelo molhado, sinal de que ele havia tomado banho e logo após, veio aqui falar comigo. Ele é um desgraçado, veio dessa forma só para tirar meu foco... Olho para seu rosto e vejo o quanto ele está cansado, vejo a frustração que sai dele.— Satisfeito? Agora di
A irmã de Jordan, era o oposto dele.Ela era meiga, divertida e amiga.Nas últimas semanas começamos a nos aproximar mais, ela tem sido uma segunda irmã para mim, assim como Becca é a primeira.Ter outras mulheres por perto, me faz bem e posso conversar abertamente com elas, sem me preocupar.Jordan anda um pouco distante mas, sempre que sobra um tempo do que seja lá o que ele faça, o mesmo conversa comigo, pergunta se preciso de algo e logo depois some. Segundo sua irmã, a faculdade está acabando com ele, principalmente por ser o último ano de seu curso.Não posso reclamar pela falta de atenção (porque ultimamente estou carente demais, que chega a ser insuportável), afinal não temos nada.— Vai querer o quê?— olho para a garota loira em minha frente.— Pode ser um milkshake de morango.— falo para ela.Minha então cunhada, me convidou para dar uma volta e, claro que não recusei. Fazia um tempo que eu não saia, só ficava dentro daquele apartamento, olhando para o nada. Estavamos em uma
Na manhã seguinte preparei um café bem reforçado, pois minha fome havia triplicado e, não era qualquer coisinha que me satisfazia.Fiz waffles de chocolate, bacon e ovos, o bom e velho cereal e não podia faltar minha vitamina de morango. Quando estava quase terminando, a porta se abriu e Jordan entrou através da mesma, ele não dormiu em casa na noite passada e já imagino por onde esteve ontem mesmo.— Bom dia Sam.— diz ele ao notar minha presença, se aproximando e depositando um beijo em minha testa.— Bom dia. Quer? Ainda tem waffles de chocolate.— falo e ele concorda ao se sentar ao meu lado.— Obrigado, realmente precisava. Mal comi ontem a noite.— diz e reparo as olheiras fundas em seu rosto. Me levanto e vou até a cozinha pegando uma xícara e colocando café para ele e, levando para o mesmo.— Tome aqui, vai ajudar um pouco.— falo ao entregar lhe a xícara.Ele me olha por alguns segundos e, não diz nada, sorri de lado e balança a cabeça. Me sento novamente e para puxar assunto, o