Samantha pov'sJordan dormia todo torto na poltrona, e eu continuava sem nenhum resquício de sono mesmo tendo sido sedada pela enfermeira, apenas dormi por umas duas horas e logo acordei. Desde então estou aqui, tentando pensar em tudo o que está acontecendo em minha vida, pensando desde o início de tudo. Desde a descoberta da gravidez e, mesmo tudo parecendo ter sido resolvido com essa droga de casamento, nada dá certo, o caminho só parece se estreitar mais e mais. Fecho os olhos por alguns minutos e imagino minha vida trilhada por três caminhos. Eu solteira e sem filho, solteira e com filho e casada com um filho. Imagino cada um dos três em mínimos detalhes mas, o que mais se fixou em minha mente foi eu sendo mãe, mulher e amada. Não queria pensar nessa possibilidade mas, depois do ocorrido, do que ele fez por mim e pelo bebê e de tudo o que disse, essa idiotice não sai da minha cabeça por nada. Não quero sentir certas coisas por ele, não quero me apaixonar, quero amar apenas um e e
Samantha pov'sEle ainda estava parado na porta me observando. Eu mordia o lábio inferior, tentando achar alguma reação, tentar fazer meu corpo reagir. O clima estava estranho, não o estranho quando brigamos, era de um outro tipo... — Jordan? O que foi?— resolvi quebrar o silêncio.— Você demorou, então pensei que tivesse acontecido alguma coisa.— disse ele vagamente.— Está tudo bem, só estava conversando com o bebê.— falei baixo sorrindo e ele riu.— Como assim? Eles não podem escutar... ou podem?— perguntou confuso.— Podem sim, eles sentem qualquer reação da mãe, o que acontece ao redor e, é sempre indicado descontrair e falar com eles.— falei olhando minha barriga e a alisando por cima da toalha.— Interessante... Então posso tocar?— perguntou e estranhei, mas não neguei.— Pode.— falei baixinho e ele aproximou-se.Jordan parou em minha frente e tocou por cima da toalha. Apenas mordi o lábio.— Pode tirar a toalha? Quero tocar de verdade mesmo.— fiquei sem reação diante de sua p
Samantha pov'sHoje eu completava três meses e uma semana. Podia sentir uma pequena diferença em meu corpo, mas nada demais que fosse chamar a atenção. Eu era magra, tinha praticamente nada de barriga e as vezes até duvidava que estava realmente gerando uma criança. Depois do susto que levei algumas semanas atrás, certas coisas começaram seguir por um caminho diferente e, confesso que estou me surpreendendo.Jordan está tentando mudar algumas coisas, para cumprir o que me prometeu. Tem sido presente em certos momentos e vez ou outra pergunta sobre o bebê. Seja lá quem for a pessoa que o aconselhou, ela fez um ótimo trabalho e, só posso agradecer por isto.Ontem recebi a visita do meu pai, Jordan não estava aqui. Pela primeira vez na vida, me senti totalmente desconfortável com ele, com alguém que tanto amava. Talvez tenha sido por causa das coisas que ele havia me dito, da forma em que me obrigou a se casar, eu não sei mas, é errado deixar de amar alguém que tenha seu sangue? Seu geni
— Sam?— escuto sua voz do outro lado da porta, mas ignoro.Ele não tem esse maldito direito de falar o que quiser, e depois vir aqui na cara de pau falar comigo.— Me escuta por favor, só te peço um minuto.— diz novamente, respiro fundo e caminho até a porta, mas não a abro.— O que você quer Jordan?— falo encostada na parede.— Será que você pode abrir essa maldita porta? Quero olhar pra você.— diz e dou uma risada sarcástica.— Para quê? Olhar para mim, enquanto joga suas merdas na minha cara, só pra ver o quanto fico mal?— jogo pra ele.— Droga Sam, não é isso! Será que dá pra me ouvir, depois você decide o que achar melhor.— mordo os lábios e respiro fundo, mas acabo fazendo o que ele pediu. Jordan estava sem camisa, com o cabelo molhado, sinal de que ele havia tomado banho e logo após, veio aqui falar comigo. Ele é um desgraçado, veio dessa forma só para tirar meu foco... Olho para seu rosto e vejo o quanto ele está cansado, vejo a frustração que sai dele.— Satisfeito? Agora di
A irmã de Jordan, era o oposto dele.Ela era meiga, divertida e amiga.Nas últimas semanas começamos a nos aproximar mais, ela tem sido uma segunda irmã para mim, assim como Becca é a primeira.Ter outras mulheres por perto, me faz bem e posso conversar abertamente com elas, sem me preocupar.Jordan anda um pouco distante mas, sempre que sobra um tempo do que seja lá o que ele faça, o mesmo conversa comigo, pergunta se preciso de algo e logo depois some. Segundo sua irmã, a faculdade está acabando com ele, principalmente por ser o último ano de seu curso.Não posso reclamar pela falta de atenção (porque ultimamente estou carente demais, que chega a ser insuportável), afinal não temos nada.— Vai querer o quê?— olho para a garota loira em minha frente.— Pode ser um milkshake de morango.— falo para ela.Minha então cunhada, me convidou para dar uma volta e, claro que não recusei. Fazia um tempo que eu não saia, só ficava dentro daquele apartamento, olhando para o nada. Estavamos em uma
Na manhã seguinte preparei um café bem reforçado, pois minha fome havia triplicado e, não era qualquer coisinha que me satisfazia.Fiz waffles de chocolate, bacon e ovos, o bom e velho cereal e não podia faltar minha vitamina de morango. Quando estava quase terminando, a porta se abriu e Jordan entrou através da mesma, ele não dormiu em casa na noite passada e já imagino por onde esteve ontem mesmo.— Bom dia Sam.— diz ele ao notar minha presença, se aproximando e depositando um beijo em minha testa.— Bom dia. Quer? Ainda tem waffles de chocolate.— falo e ele concorda ao se sentar ao meu lado.— Obrigado, realmente precisava. Mal comi ontem a noite.— diz e reparo as olheiras fundas em seu rosto. Me levanto e vou até a cozinha pegando uma xícara e colocando café para ele e, levando para o mesmo.— Tome aqui, vai ajudar um pouco.— falo ao entregar lhe a xícara.Ele me olha por alguns segundos e, não diz nada, sorri de lado e balança a cabeça. Me sento novamente e para puxar assunto, o
Enquanto eu olhava boquiaberta para a tela do monitor e, para Patrick, senti a mão de Jordan deslizar da minha. Meu coração estava a mil por hora, afinal, eu esperava apenas por um bebê, nos dois últimos ultrassom que havia feito, só aparecia um único feto, nada de um segundo.Olhei para o pai dessa... Dessas crianças que estou gerando, e ele estava literalmente branco, pálido, parecia que desmaiaria há qualquer momento naquela sala.— Como assim gêmeos? Dois? Mas Patrick, mas...— me sentei na maca e tentava chegar em uma linha de raciocínio.— Dois? Puta merda.— Jordan se aproximou e sentou se ao meu lado, toquei em sua mão e, ela estava super gelada.— Está tudo bem?— pergunto baixinho e ele respira fundo e me olha.— Só, apenas estou surpreso.— diz.— Patrick, —volto meu olhar para ele, e o mesmo me observa— Como isso é possível? Pode nos explicar?— ele assente.— Jordan preciso que você de levante por favor, e Sam precisa deitar-se novamente. Assim mostrarei melhor e explicarei.— d
Estávamos deitados no sofá e nus.Jordan mantinha sua cabeça em minhas pernas e, eu fazia um carinho em sua cabeça, deslizando meus dedos por seus fios loiros.O silêncio não era desconfortável, estava tudo tranquilo depois do que fizemos ali naquela sala. Não me arrependia, não me sentia culpada, na verdade eu havia gostado e muito do que rolou entre nós dois. Mas existia um detalhe o qual, tinha meu conhecimento: Brenner tinha alguém, ele estava com Jéssica, mesmo sem nunca ter me falado e, era algo que eu já suspeitava mesmo antes de a conhecer e não queria ficar entre os dois, não estragaria o relacionamento de ambos, por meros desejos meus.— Jordan?— o chamo.— Hm.— Não quero estragar o clima mas, eu sei que você tem outra pessoa e, não acho justo o que aconteceu aqui.— falo e escuto ele suspirar. Jordan então vira-se para mim.— Como pode ter certeza disso? Digo, sobre eu ter alguém?— pergunta.— Talvez seja porque vejo suas reações quando está ao telefone, ou quando dorme fora