Eu quase morria de desespero de ver aquela cena. Eu tinha um medo danado de que alguém nos visse fuçando na casa. De repente Marie pega um vaso todo desenhado e finge tacar ao chão me fazendo contorcer no sofa.
- Que medrosa! - Ela, agora, ria freneticamente deixando uma lagrima cair. Como pode ela chegar a chorar de tanto rir ao ver meu desespero.
Ouvimos passos na escada e Marie rapidamente deixa o vaso onde estava correndo para se sentar ao meu lado.
- Ela já esta acabando de se arrumar! - Ele volta com um sorriso amigável e se senta numa poltrona.
Nos entreolhamos. Marie parecia não se importar com nada neste momento. Ma de repente quando escuto barulhos de passos vindo do andar de cima meu coração acelera como nunca.
Eu começo a ter formigamento em minhas pernas, meu rosto com certeza estava pálido.
Vejo um anjo descendo as escadas. Melissa estava extremam
Sinto algo quente e gosmento passar pelo meu rosto, abro os olhos num susto me deparando com o pequeno cão de dias passado encima de meu corpo.- Você voltou seu traidor! - Eu digo rindo, ainda com a voz rouca, e passo a mão em seus pelos.Percebo que esta de manhã e meu despertador nem teve o trabalho de fazer aquele som irritante de “sempre”.Me levanto finalmente para poder me arrumar em paz.Sai do banheiro ainda lutando com meus cabelos molhados quando meu celular começa a berrar Nightmares - Cujo.- Alô? ! - Eu ainda estava por efeito do sono mesmo tendo tomado um banho praticamente frio.- Oi, Fátima querida, é a mamãe! - Ouço aquela voz unica e confortante que só a minha mãe tinha.- Mãe, como vai? - Eu digo dando pulos por impulso totalmente desconhecido.- Muito bem minha querida, eu só q
Depois da minha pergunta nada indiscreta, minha mãe me ignorou por completo.Me despedi de todos quase que me matando, pois eles nem mesmo quiseram um “tixau”. Melissa simplesmente deu um mini aceno com as mãos e correu pela rua a fora. Marie e os outro sorriram amarelo e também fugiram.Neste momento eu apenas sentei-me na cadeira de jantar e fiquei esperando todos se sentarem para comer também.Eles falavam e conversavam como um casal normal, o garoto comia e olhava para mim quase que toda hora. Eu cutucava a comida sem vontade. Minha garganta havia se tampado e eu nem mesmo conseguia soltar ruídos.- Como foi sem mim? - Minha mãe agora dizia me encarando, mas sem tirar o sorriso dos lábios.- . . . Quieto. . . - Eu olhava séria, “quieto”foi a unica coisa que consegui dizer.- Então não aconteceu nada de diferente?Eu pensei em
As aulas foram passando, eu nem mesmo sabia que aula estávamos, e meu ciume havia atacada ao perceber que Melissa estava mais entretida em conversar com Daniel.A aula acabou e todos desceram para o intervalo. Arrumei minhas coisas e estava saindo da sala quando Daniel e Melissa me impediram.- Está fugindo? - Melissa parecia se importar com o meu bem estar.- Não! - Fui seca e continuei andando.Descemos para o patio e eu tendo de ouvir o blá, blá, blá dos dois.Fui direto para o grupo de Marie, todos papeavam como sempre. Os garotos fumando como de costume. Sentei-me ao lado de Marie e fiquei olhando o espaço em branco de minha vida.Melissa e Daniel desapareceram de minha vista me deixando ainda mais com ciume.- Cade a Pati? - Marie sorriu para mim.- Está com a porcaria do Daniel. - Resmunguei acendendo um cigarro.- Daniel. . . Daniel,
Eu corria pela neblina a fora. Meus pés imploravam por um final feliz.Eu estava com a cabeça girando. Mamãe e Joe estavam em perseguindo, tentando me acalmar. Meu coração queria sair pela boca, e minha mente dizia que aquilo era só uma brincadeira.Consegui fazer meu corpo se chocar contra a beira da ponte e eu quase cair do outro lado.Sentei-me no chão e comecei a me afogar em lágrimas. Mamãe e Joe com certeza tinham me perdido de vista.Chorei até não ter lágrimas para sair. Minha cabeça dizia para mim me levantar e subir naquela ponte, e assim eu o fiz. Fiquei de pé com dificuldade e fitei as águas turbulentas daquele rio.Respirei fundo e estiquei uma de minhas pernas em direção a água. Respirei fundo novamente e deixei meu corpo despencar....Senti uma luz invadir a escuridão, aos
O garoto que levou meu punho em seu nariz mantinha-se ainda no chão. Seus olhos grudaram em mim mas ele não tirava a bunda do chão sujo.- Por que fez isso? - Ele me implorou sentindo a dor que havia demorado a chegar em sua face.- Cala a boca! - Fingi que iria dar um chute em seu corpo e ele se protegeu.Daniel caiu encima de James dando-lhe vários socos pelo corpo.Minha mão doía muito depois do soco que eu dei no garoto ao chão, olhei para ela e minhas juntas estavam inchadas e roxas.- Fátima saia daí, AGORA! ! ! - Melissa gritou para mim e eu ignorei.Marie parecia mesmo furiosa pelo tapa e i xingamento do garoto para Lua, ainda se encontrava encima do mesmo gritando palavras de ódio e distribuindo socos, tapas e chutes.- Parem, parem com isso! - O diretor gritou para nós, mas ninguém obedeceu. - Estão todos
Minhas primeiras consultas no ginecologista foram horríveis, minha insegurança havia atacado e eu só queria que aquilo acabasse.As sequelas que Cat e meu tio haviam deixado em meu coração sempre voltavam a atacar. A insegurança de um homem tocar em meu corpo sempre aparecia quando algum deles tentavam conversar. Eu só confiava em Daniel e Joe. Eles eram diferentes dos que eu conheci.A experiencia que eu tive do aborto foram horríveis. Centenas de complicações haviam me atacado, e eu já tinha me internado varias vezes.Já tinham se passado 1 mês e eu não conseguia me recuperar da dor que eu sentia no coração. Marie me visitava todos os dias, mas não conseguia me tirar da cama. Sempre levava as novas noticias de Melissa para mim. Ela estava ao meu lado quando eu precisasse.- Você tem que sair daí. - Marie falava desespe
Sai da boate ignorando Marie me chamando. Comecei a cainhar pela rua fria e deserta que não me assustava mais do que perder Melissa. Minha cabeça estava girando, e minhas alucinações vieram a tona, fazendo com que meu pensamento de que eu mereço isso por que sou louca fizessem mais sentido do que o normal. Eu não sabia mais aonde estava indo, minha visão falha fazia com que eu quase caísse e tropeçasse como um bêbado louco. Minhas mãos congelavam e a garoa rasgava minha pele. A neblina pareciam monstros tomando meu corpo e minhas pernas formigavam e doíam. O suicídio parecia a forma mais fácil de acabar com a dor que eu sentia no coração, até que alguma coisa me fez parar.- Fátima, você está congelando! - Reconheci aquele rosto por Carol. - Venha!Carol me puxou para dentro de sua casa, aquele lugar me fez tomar um cho q
Senti uma luz forte nos meus olhos. Sentei na cama ainda com os olhos fechados, fui brindo-os lentamente até ter uma visão embasada de um quarto estranho, totalmente desconhecido. . .Olhei para os lados para ter certeza de que aquilo não era um sonho. Percebi as marcas de outra pessoa nos lençóis.Me levantei da cama e fui procurar minhas roupas, eu estava mais do que assustada em perceber minha nudez.- Como eu vim para aqui? - Eu falava em voz alta enquanto vestia minhas roupas.- Comigo. . . - Rapidamente, ao ouvir sua voz, virei-me para Caroline e a encarei. Certamente minha cara de espanto causou risos em Carol. - Calma, não tem nada de mais.- Sim, tem sim! - Eu ainda me vestia rapidamente. - Eu não deveria ter feito isso. . . eu. . . eu tenho namorada!- Fátima, eu fiz tudo aquilo ontem porque você quis. - Carol tentou se aproximar de mi