DEREK SCOTT A noite foi muito movimentada e a Sophia dormiu até a hora do almoço, eu preferi não a incomodar deixei-a descansar. Depois de tomar o café da manhã no quarto eu segui para uma reunião de negócios, a empresa adquiriu uma marca de materiais esportivos e precisamos organizar o lançamento do produto no mercado e quero fazer isso o mais rápido possível. —Scott, nós podemos fazer as campanhas dos materiais esportivos com a equipe vencedora do concurso de dança, será muito interessante já que a empresa patrocinou o concurso. O que acha? —Um dos diretores tem a idéia e eu acho interessante.—É uma boa ideia, pode entrar em contato com o Rony e falar sobre isso. Eu quero um plano de desenvolvimento estável, primeiro nós temos que colocar a marca no mercado, depois trabalhar na divulgação, e só então esperar o crescimento. Eu não gosto de iniciar nada com muita expectativa, para não ter que trabalhar a frustração depois, por isso, vamos ser razoáveis, ok! —Falo e vejo que todos
—Então você vai falar o que você quer dessa vez? Qual o seu objetivo com essa cena toda? —Pergunto e ela me olha e balança a cabeça. —Eu não fiz nada dessa vez, eu nem sei porque você está aqui —respondeu dando de ombros. —Ah, você não sabe? —Digo entredentes —Eu estou aqui só porque sua mãe me pediu, ela nem queria ir embora preocupada com você. Você não acha que está totalmente ridícula essa atitude sua, ficar criando confusão e problemas só para chamar minha atenção.—Falo com raiva. —Eu não te chamei aqui e os problemas com a minha mãe eu mesma vou resolver. Eu só saí para passear com um amigo e acabamos ficando presos lá, porque eu tenho que ser a culpada de chamar sua atenção? —Você está mesmo achando que vou acreditar nisso? Esther, eu conheço você, você está sempre criando problemas e confusão, tudo isso pra chamar atenção... —ela me interrompe. —Se eu quisesse chamar a sua atenção, existem maneiras melhores para fazer isso. Scott, o Jason quase morreu, eu fiquei e ainda
—Não! Isso é impossível, doutor, tem alguma coisa errada aqui — falei quase num sussurro de tão nervosa e assustada que estou. —Nós podemos refazer os exames se a senhorita assim quiser, mas o resultado será o mesmo. O hormônio HCG do seu organismo está mostrando alterações e quando isso ocorre uma dos motivos é gravidez — Ele responde calmamente. —Mas doutor eu não posso está grávida, isso não é possível —continuo insistindo numa resposta negativa. Eu não quero acreditar nisso e não pode mesmo ser verdade, porque isso iria ser uma bomba que caiu bem na minha cabeça. —Bom, se a senhorita não manteve relação sexual, nós podemos fazer novos exames porque pode ser uma doença, em alguns casos doença como o câncer por exemplo faz o hormônio HCG aumentar. —Ele explica, e eu fico ainda mais nervosa. —Na verdade eu tive relação sexual, mas tem dez dias apenas, isso muito pouco tempo para mostrar que estou grávida. Não é possível. — Balanço minha cabeça de um lado para o outro. —Na verdad
DEREK SCOTT Quando voltei para o quarto, encontrei a Tess muito estranha, ela está mais pálida que antes e parece muito assustada. Eu pergunto se ela está bem e ela se descontrola completamente, chora muito e fica repetindo que não fez por mal. Acabo perdendo a paciência e falando rude com ela, mesmo ela estando péssima, eu realmente não consigo ser paciente diante dessas atitudes dela. Depois de estar mais calma ela se alimenta bem e fica um pouco melhor, mas continua calada e em alguns momentos parece distante, acho que ela tem sim algum problema, mas se ela não quer falar comigo, tanto faz, eu não me importo de qualquer maneira. O meu avô me liga e eu saio do quarto para atendê-lo.—Oi, vovô —respondi um pouco apreensivo. Nós discutimos outro dia porque a Sophia reclamou sobre eu estar sempre ajudando a Esther, meu avô não concordou com a minha atitude de me afastar, então ele acabou me dando um sermão, eu mesmo não falei quase nada ainda. O meu avô não aceita muito bem a Sophi
ESTHER CHRISTAL— Esther, o que você tem? — Jess pergunta, ao me ver vomitando pela quinta vez após o almoço.— Eu estou bem, foi só alguma coisa que comi e está me fazendo mal — invento uma desculpa. Faz dois meses que descobri minha gravidez e ainda não falei com ninguém, nem mesmo com a minha mãe. Olho minha imagem no espelho do banheiro e estou realmente péssima. — Bem? Esther, você está pálida de tanto vomitar, por favor, né! — Ela insiste e fica encarando-me — Esther, você não reclamou de cólica menstrual nos últimos dois meses, você já fez um exame? — não respondo — você está grávida do chefe, certo? Abaixo minha cabeça e solto um longo suspiro. Não adianta mais continuar mentindo. — É, eu estou sim — respondi com o desânimo estampado na minha cara. Ela abre a boca em um formato de "O".— Então você está realmente grávida? E não me falou nada! Que amiga você é Esther, Você já contou a novidade para o pai da criança? — É claro que não! Você acha que eu ainda estaria traba
Uma maquiagem leve, um vestido de festa azul e o cabelo preso num coque baixo. Estou pronta! "Eu não vou ter medo de lutar, não posso ter medo." Penso enquanto olho meu reflexo no espelho. — Você não vai fazer isso, Tess. Você está louca, eles vão matar você! O Scott vai te matar! — A Lunna fala desesperada, tentando me fazer desistir da idéia.— Eu tenho que tentar, Lunna, eu estou esperando um filho dele — ela me olha atônita. — O quê!? Como assim, você está esperando um filho dele, você está grávida desde quando? — Estou de quatro meses. Eu engravidei aquele dia depois do show de rock, que o Scott trouxe a gente pra casa. Eu dormi com ele naquela noite — Ela balança a cabeça ainda sem acreditar. — Como você não me disse nada. Por que você não me contou isso? — Eu não falei com ninguém na verdade. A Jess só descobriu porque eu passei mal na empresa. — Tess, você deveria ter conversado com o Scott antes, agora você vai arrumar uma grande confusão. Por favor, desista dessa loucu
DEREK SCOTT Eu volto para casa e ainda estou pensando na cena que presenciei na empresa. A Esther estava realmente mal. Desde que voltamos de Nova Iorque eu não a vi até ontem e para minha surpresa, ela não me procurou, nem criou situações para se aproximar de mim, nem na casa dos meus pais ela fez isso enquanto estava se recuperando lá. E hoje eu me assustei um pouco com sua aparência, ela está muito pálida, não parece a palidez de um único dia passando mal, ela está assim faz um tempo.— Você está preocupado com algo, meu amor? — A Sophia perguntou abraçando-me por trás. — Não, meu amor, eu não estou não — respondi abraçando-a de volta. Eu menti, mas é que eu preciso tirar de vez esses pensamentos idiotas da cabeça. Nada que venha daquela mulher me interessa de qualquer maneira. [...]Faltam exatamente um mês para o meu casamento com a Sophia, eu estou muito feliz, nossas famílias estão se reunindo todos os finais de semana e isso está sendo um momento muito especial para nós do
— Muito bem, agora vamos conversar como adultos, Esther — ela me entrega o copo e confirma com a cabeça. Em nenhum momento ela me olha, fica o tempo todo de cabeça baixa e encolhida no sofá. Eu me sento na poltrona de frente pra ela. — Então, quando isso aconteceu? — Ela abraça a barriga e esse movimento de proteção me tira um pouco o ar. — Foi aquela vez que eu dormi aqui com você, na volta do show — fala tão baixo que é quase um sussurro. — Quando você descobriu?— Depois do acidente com a lancha. Eu fiz os exames de sangue e o médico disse que eu estava grávida de uma semana. Eu me lembro que naquele dia quando voltei para o quarto, ela estava apavorada e chorando muito, ela repetia que não fez de propósito. Então era isso, era a gravidez.— Por que você não me disse aquele dia, se o filho é realmente meu? — Ela deu um suspiro profundo. — Eu estava com medo de você me culpar, eu fiquei com muito medo de você me odiar e... — dou uma risada de escárnio. — Quer dizer que você t