POV DYLAN
— Puta que pariu, Dylan, por que você não contou que comeu a Linda ontem? – Yago já entrou no quarto jogando o jornal com a foto de mim e Linda entrando no quarto dela, abraçados. – Caralho, te conto tudo!
Leon o acompanhava, com uma cara de incrédulo, engraçada.
— Não posso acreditar, cara! – Leon disse. – e todo aquele papo de “assessora de assuntos aleatórios” e “meu lance é outro”, onde ficaram?
— Meo, é sério! Não fizemos nada! – falei, já me sentando com pressa na cama, a fim de ver o estrago. Não sei como eles tinham conseguido a cópia da chave do meu quarto, mas teria que recuperá-la urgentemente.
Eu havia tido uma noite decente de sono desde que terminei com Miranda. Havia sonhado com ela, um sonho tão real, que qua
POV MIRANDANão deu tempo de tentar perguntar nada, assim que passamos os quatro pela entrada de uma caverna, onde, segundo Matahun, seria o início da barreira de Proteção de Luciferus, dois guardas, vestidos inteiramente de preto, com um brasão em formato de pentagrama na boina e um mastro iluminado por algo que não conseguia pensar em outra coisa senão magia se aproximaram.— Primeira Equipe de Proteção Real. – ambos falaram ao mesmo tempo, extremamente alinhados e endurecidos pela postura formal. – Identificações. – nesse momento, eu conseguia enxergar duas realidades paralelas extremamente bem definidas: atrás de mim, Capadócia majestosa como a cidade turística que todos conhecem e, a minha frente, uma espécie de posto policial de chegada e revista seguido por um grande corredor de pedras que levavam ao complet
POV DYLANChegamos em Yalong e cada um tinha suas coisas pra ajeitar. Todos ficamos na mansão de Abaddon, mas antes de eu ir pra lá, tinha que pegar meus dois carros que ainda estavam no estacionamento do Hotel. Pedi pros meninos me ajudarem, mas cada um tinha o seu respectivo carro para guiar. AXei melhor despachá-los diretamente para casa, em Scottsdale, e pedi que Linda me ajudasse nisso. Voltamos para o hotel em Yalong e pegamos a moto de Helena. Decidi usá-la para minha locomoção até a casa de Abaddon, enquanto ela não aparecesse para buscá-la. Assim que estava tudo finalizado, poderíamos nos concentrar nas músicas.— Não ganhamos um carro quando assinamos o contrato – Linda me disse, irônica.— Calma, logo vocês mesmas compram o de vocês. – falei, rindo, colocando o capacete e dando um para ela. – V
POV MIRANDAUm salão gigantesco, com uma mesa de iguais proporções no centro, servida por dezenas de cadeiras altas, douradas e brilhantes, com as mesmas pedras vermelhas incrustadas dominavam o cenário por trás da outra porta que existia na salinha do fogo, onde estava. O senhor gordinho, assim que percebeu o fogo vermelho, se ajoelhou e prestou reverência para mim.— Queira me acompanhar, por favor, Majestade! – ele disse, guardando a adaga e cedendo o braço.Ao entrarmos naquele salão, percebi que das vinte cadeiras disponíveis, apenas três estavam ocupadas, com jovens como eu.— Majestade, com sua licença – o senhor gordinho sacou a adaga novamente, eliminando o cordão do meu punho. Todas as sensações que tinha dominado me apareceram de uma vez só, e fiquei um pouco tonta, recebendo
Mais de um mês já havia se passado desde que Miranda fora apresentada, informalmente, ao pai. Durante esse tempo, pôde ver raramente Benjamin e Rachel, e ainda assim a distância. Matahun estava sendo mantido em uma prisão onde apenas Lúcifer poderia entrar ou autorizar a entrada. Elisha havia contado algumas coisas a respeito da rotina do lugar.Pelo que ela havia dito, todos os anos, próximo ao Natal, os líderes dos clãs principais se reuniam na casa de Lúcifer. Eles se encontravam para discutir as conquistas e realizações dos seres do Inferno enquanto aguardavam a chegada do Herdeiro. Sim, era um Herdeiro aguardado. Há mais de vinte anos, pelo menos, Elisha via Lúcifer se referir ao herdeiro no gênero masculino, mas há alguns meses, esse herdeiro havia chegado e, por algum motivo, Lúcifer lhe teria renegado a posição substituta. Desd
Cinco semanas antes.— Pausa de dez minutos – o diretor gritou.Vanessa correu, segurando as mãos de Linda até o banheiro mais próximo, e checou cada sanitário para confirmar que estavam sozinhas. Quando teve a certeza, encostou Linda contra a parede e começou a contar.— Um, Dois, Três: inspira. Um, dois, três: inspira. Consegue falar agora, Linda?— Ahan – ela diz, ainda um pouco afobada – eu apenas fiquei nervosa com aquilo.Ela se senta no puff que existia no local e olha a amiga.— Como assim nervosa? Você está muito estranha, Linda. O imbecil do seu ex conseguiu te controlar mesmo, não é?!— Claro que não, Vanessa. Não é isso…— Você não me engana, Linda… Está parecendo você quando conheceu es
— Quem está aí? – Ela pergunta novamente, não acreditando no que estava vendo. — Você…O susto a faz dar dois passos para trás, encostando na grade atrás dela. Ruídos desconexos vindos de todas as celas ecoam, fazendo soprar um vento mórbido, triste e sombrio.— Achou que eu tinha desintegrado como pó, Miranda, por conta da flecha que sua amiga anja disparou em mim? Como é boba… como sempre foi boba!— Sebastian…. O que você está fazendo aqui? – ela perguntou, balançando a cabeça, confusa com aquilo.Ele gargalhou com a pergunta, se aproximando das grades e segurando nelas com ambas as mãos. Seu rosto estava ferido, quase desfigurado. A antiga Miranda sentiria pena, tentaria quebrar aquelas grades para libertá-lo, porque apesar de tudo, era seu irmão. Mas e esta?
POV DYLANDia da apresentação. Istambul. 14 hs.Cinco semanas.Exatamente por cinco semanas tive que aguentar Celine se esfregando em mim, me fazendo de desentendido, de interessado e de submisso. Pelo menos, sei que valeu a pena, já que hoje, o dia da apresentação da banda das meninas, ela está totalmente à vontade. Hoje é a apresentação e o Concílio. O clima está tenso, em qualquer ponto da cidade.— Eu ainda vou te pegar, meu cachorrinho… E vou te prender na coleira. Você vai ver. — ela me disse, se enxugando do banho que tomou. Nesses momentos, apenas a grande concentração que desenvolvi ao longo desses meses me salvava.Me levantei, assim que ela já estava vestida, e me aproximei. Eu queria garantir que ela estaria com o boneco na hora do show, por motivos óbvios.&
No mesmo dia, às 16 hs, em Luciferus. (Narrador)— Vem, Benjamin… é por ali… – Rachel puxou a camisa do anjo, fazendo-o mudar o caminho. – Ali, onde você estava indo é a ala dos herdeiros dos Príncipes, não o quarto dela.— Mas ela não está no quarto! A essa hora, ela já deve ter sido apresentada – ele respondeu, mas mudou seu caminho, conforme ela havia mandado.— Ela deve estar indo comer… Ela tá grávida, come por dois mesmo… – A loira pensou alto, e esgueirando como se estivesse em um filme de espionagem.— Rachel, por que você está andando assim? Não estamos invadindo nada, somos convidados, se lembra? – ele falou alto, fazendo-a se ajeitar em uma postura ereta e formal. – O salão principal fica aqui embaixo. A rota provável &eac