Acendo um charuto cubano, enquanto meus homens de confiança me atualizam sobre Enzo.- Tudo certo Bennett, ele está encurralado, não tem mais aliados, pelo menos não aqui – solto um trago de fumaça e assinto.- Muito bem, continuem com o ótimo trabalho – agradeço.Jogamos conversa por mais algum tempo, e tempo depois todos se retiram, fico por mais algum comtemplando o silêncio e pensando em como minha vida deu uma reviravolta significativa, me tornei um homem de família e estou feliz com isso.Depois de algum tempo subo para o quarto, acho que minha branquinha deve estar dormindo, pelo menos era o que esperava, mas não, ao entrar no quarto perto de uma da manhã a encontro em pé em frente a grande janela abraçada ao próprio corpo, me aproximo e ela sente minha presença, porém não se vira.- O que foi amor? Por que não está dormindo? – pergunto beijando seu pescoço – a vejo suspirar – o que estar lhe incomodando branquinha? – pergunto mais uma vez.- Como Chegou naquele Homem? – é dire
Paraliso ao ver um rosto conhecido, o medo me atinge em cheio, Chris percebe que há algo de errado. Meu agora então marido ler meus pensamentos e me tira dali o mais rápido possível, nos despedimos apenas de Livia e Ed e saímos, um carro nos aguarda, não sei nosso destino, quero apenas ficar um tempo longe.Seguimos para uma espécie de aeroporto particular, não sei como chama, observo que há mais seguranças que o normal.- Amor está acontecendo alguma coisa? – pergunto aponto para um tanto de segurança ao nosso redor.- Não – é sucinto ao responder, paro no mesmo lugar e ergo uma sobrancelha, meu grandão suspira.- É apenas prevenção – ele sabe que não acredito, mas essa não é a hora para fazer birra.O jato que está mais para um boeing já está pronto, Chris me pega no colo e subimos, não tenho palavras para descrever minha felicidade.- Para onde vamos? – questiono quando me coloca no assento.- Primeiro Maldivas, tenho uma ilha lá, você vai adorar, é calma e sossegado tudo o que pre
Com a respiração acelerada, estoco uma última vez antes de me desmanchar dentro da mulher que escolhi passar o resto da minha vida.- Te amo – digo antes de apagar com minha mulher nos braçosO voo é longo, dormimos a maior parte da viagem, Julie acorda apenas para a aterrissagem.- Já iremos aterrissar – Valerie a aeromoça que fez com que Julie tivesse um ataque de ciúmes avisa – precisa de ajuda?- Não querida – é Julie quem responde brava – ele não precisa – Valerie levanta os olhos para Julie e sorrir de canto.Então Julie faz o que jamais imaginei, levanta-se de seu assento e fica de frente para a aeromoça.- Olha aqui garota não sei quem você pensa que é, mas pode ir tirando esses peitos siliconados da cara do meu marido, isso se você não quiser que eu os tire com esse garfo – ela pega o utensílio e praticamente esfrega na cara da mulher que arregala os olhos assustada.- Calma amor – peço pegando o garfo de sua mão.- Essa oferecida desde a hora que você entrou ela não se dá o
Minha lua de mel não poderia ter sido melhor, me transformei em uma ninfomaníaca, se algum dia tive apenas lembranças dolorosas, hoje posso afirmar com toda convicção elas não existem mais, Chris as fez desaparecer, todos os dias criamos novas e deliciosas lembranças.É pena já termos que voltar, uma coisa ainda não mudou, ainda tenho pavor de sair, para mim sempre terá alguém daquele homem por aí, e a qualquer momento ele pode me levar de voltar para aquele lugar, mesmo que Chris diga que nada vai acontecer, ainda assim tenho medo, muito medo.Como sempre Livia nos aguarda na porta com um lindo sorriso no rosto.- Ah que saudade filha, essa casa não é a mesma sem você – diz me abraçando.- Também estava com saudade mãe, muita.- Vamos alimentar minha neta – todos já entraram na onda de que é uma menina.- Estou faminta – digo e meus olhos caem em Chris que abre um sorrisinho conhecedor.O cheiro me atinge em cheio, pois minha pequena esfomeada protesta.- As malas senhora – o seguran
Olho para o céu respirando fundo, o ódio crescendo forte, o homem a minha frente treme e implora. Ele está cego devido a luz forte em seu rosto. - Não me mata, eu digo tudo o que quiser por favor só não me mata – mal sabe ele que já é um homem morto ou pelo menos até não me servir mais. Me aproximo e pela primeira vez ele me ver, seus olhos se arregalam, pois até o momento ele não sabia quem era o chacal, na verdade ninguém fora da organização sabe, tudo o que sabem que é eu sou o diabo, o anjo da morte como dizem por aí. - Você! – sua surpresa é até engraçada. - FALE – o vejo engolir em seco. - O plano é entrar pegar o pacote e matar quem aparecer no caminho. Desgraçado, esse maldito vai ter a ousadia. Encosto na cadeira e cruzo os braços. - Por favor Chacal isso é tudo – implora, verme covarde, não aguentou uma sessão. - Quando? - Enzo ainda está arquitetando o plano, provavelmente para depois que a criança nascer, ele quer só a garota – diz quase chorando. - Hoje é seu dia
- Puta que pariu, tira, pelo amor de Deus – grito alto sentindo uma dor dilacerante.- Calma, respira – dou apenas uma olhada e no mesmo instante Chris cala a boca.Estamos em um dos quartos que foi adaptada para o parto humanizado, pois não quis ir parir em um hospital, agora estou dentro de uma piscina de plástico pelada de cócoras, e lá vem mais uma contração.- Jesssusss – faço força.- Mais uma vez, vamos lá – a parteira diz e outra contração mais forte vem, então empurro e nada.- Não aguento mais amor, não tenho mais forças – digo chorando, realmente não tenho mais de onde tirar forças, estou cansada.- Já está quase amor – Chris beija me cabeça, então ele tira a roupa ficando apenas de box entra na piscina e se senta atrás de mim.- Quando a contração vir empurra com toda força amor, nossa pequena precisa de você agora – e essa era toda força que precisava.Quando a contração vem faço toda a força que consigo.- De novo – Chris pede.Fecho os olhos e empurro, ouço apenas o cho
Tive que montar uma força tarefa para levar minha filha em sua consulta fora da mansão, isso para deixar Julie mais tranquila e se sentir segura, ela foi diagnosticada com Agorafobia e síndrome do pânico, estamos tentando fazer de tudo para ajudá-la, ela também estar se esforçando ao máximo.- Vamos amor – a pega pela mão, Julie fecha os olhos e respira fundo.- Eu consigo – murmura mais para si mesma.A sinto tremer quando passa pela porta, ao ver a segurança vejo um certo alívio em seu olhar. Sophie está bem acordada e sorridente.- Está feliz linda do papai – enquanto a prendo na cadeirinha deixo beijinhos em seus pezinhos elétricos.Julie já está acomodada no banco da frente, iremos o meu carro com seguranças na frente e atras. A viagem até o consultório é curta, não demora menos de 30 minutos e o doutor já nos aguarda.- Bom dia papais – cumprimenta quando entramos.- Bom dia – respondemos juntos.- Vamos examinar essa princesa – ele diz e olho para Julie apenas para vê-la franzi
Observo encostada no batente da porta Chris trocando a fralda de Sophie com tanto cuidado que chega ser engraçado e a danadinha se diverte com o pai. As vezes me pego pensando o que teria sido de mim se Edie não tivesse me “comprado” naquele leilão, no mínimo estaria morta a essa altura.Aquele homem, não... aqueles homens me marcaram profundamente, ainda tenho pesadelos, só que agora não tão frequentes, o medo que sentia se transformou em raiva, ódio de todos aqueles que me machucaram, e é por aquelas duas pessoas ali que vou dar o melhor de mim, quem ousar entrar no meu caminho não vai mais encontrar aquela Julie fraca, medrosa, essa Julie não existe mais.- Branquinha – meu gostoso marido me chama.- Oi meu amor, estava apreciando a vista – dou-lhe uma bitoca.- E estava gostando?- Amando, e essa pequena bagunceira?- Fez uma bagunça na fralda, né amor? – diz colocando um par de meias nos pequenos pés elétricos de Sophie.- Imagino – enquanto Chris termina sua árdua missão, corro