Capítulo 07

༺Oliver Mourett ༻

Não conseguia acreditar na audácia de Luane em ter vindo até a minha casa para me confrontar dessa maneira, simplesmente porque eu havia arrumado uma nova mulher para ser minha esposa. Essa mulher estava se comportando de maneira muito abusada para o meu gosto, pensando que tinha todo o direito de reclamar ou dizer com quem eu ficaria.

Não sei quando ela julgou que tinha toda essa liberdade, mas eu a colocaria em seu devido lugar. Sendo o homem que sou, não admitiria que ela falasse comigo nesse tom, como se fosse minha dona.

Ela interrogou Mia seriamente, apertando seu braço, enquanto a garota observava tudo sem entender nada! E mais uma vez, ela comentou, empurrando Mia para trás, fazendo-a cair no chão.

— Me fala, você é a nova cadela que ele comprou, não é? Ele acabará fazendo a mesma coisa com você como fez comigo. Não se iluda, esse homem não vale um centavo!

— Já chega! Luane, eu não vou mais admitir que você fale dessa forma com a Mia, e principalmente comigo! Mia, por favor, levante daí, pegue suas coisas e vá para o seu quarto. Eu terei uma conversa com essa mulher... — no entanto, Luane estava indignada e respondeu novamente, empurrando Mia, que acabou caindo com suas coisas novamente.

— Essa puta! Ficará exatamente aqui... Me fala, você é a nova cadela que ele comprou?

Dessa vez, Mia levantou-se olhando seriamente para Luane. Acredito que ela tenha perdido a paciência pela maneira como Luane falava com ela.

— Olha, aqui você me respeita! Puta deve ser a sua mãe, sua vaca... Se você continuar me ofendendo desse jeito, arrancarei essa sua cabeleira ruiva que você possui. Não me teste, pois não admito que ninguém me humilhe.

— Vejam só? Ela é afiada na língua, então foi por isso que você resolveu fazer dela sua nova biscate, não é, Oliver? — antes que eu pudesse responder qualquer coisa, Mia simplesmente lhe acerta um tapa com tanta força na cara, a jogando ao chão, e comenta apontando o dedo na sua direção.

— Avisei para você me respeitar! Biscate é a sua mãe, sua égua velha. Se você quer saber se sou a nova namorada dele, ou mulher, sei lá, o que você pensar, sim, mas isso não te dá o direito de vir me ofender. Se tem problemas com ele, resolva com o mesmo. Não admitirei que uma piranha ruiva venha se achar no direito de me falar merda e julgar que eu ouvirei calada.

— Só estou dizendo a verdade, não passa de uma cadela que foi comprada! Esse tapa que você me deu não vai ficar de graça, sua vadia… — Luane a encara furiosa.

Tenho vontade de rir dessa situação toda. Eu sabia que Mia também se comportava de maneira selvagem. Ela me deu trabalho até mesmo para chegar até aqui. Então, Luane se levanta enfurecida do chão para tentar atingi-la, mas recebe outro tapa. Em seguida, Mia puxa seu cabelo e coloca o antebraço para sufocá-la, respondendo.

— Cala a boca! Já perdi a paciência com você. Se continuar a me afrontar, vou quebrar seu pescoço e te mandar para o inferno, sua idiota. Quer sentir a mesma sensação que as galinhas sentem quando têm seus pescoços quebrados?

Realmente, Mia havia perdido a paciência com Luane. Parece que esqueceu que está na minha presença. Eu sabia que ela acabaria batendo nela. Duas vezes a empurrando ao chão não tem como não reagir a uma provocação como essa.

— Me larga, sua louca! Oliver, me ajuda. Você está vendo ela me bater e não faz nada?

— Chega... Mia, para com isso! Larga essa louca. E dessa vez, Luane, aprenda de uma vez por todas o seu lugar. Eu te tirei do inferno, mas posso voltar a te colocar lá novamente. — quando mencionei essas palavras, ela simplesmente estremeceu e me perguntou para ter certeza de que realmente teria coragem de fazer isso.

— Você realmente faria isso comigo, Oliver? Depois de tudo que vivemos juntos?

— Você me conhece. Pode ter certeza de que eu faria sim. Meu irmão ia adorar ter sua biscate de volta, ainda mais com novos predicados. O que vivemos foi apenas prazer. Aceite isso. Só te tirei daquele lugar porque sentia muita pena e acabei me tornando inimigo do meu irmão. — ela se levanta furiosa, tentando acertar meu rosto, mas seguro seu pulso, encarando-a seriamente, enquanto ela responde.

— Seu desgraçado... eu te dei o meu coração! Me tornei a melhor mulher que poderia ser, e você faz isso comigo? Eu te odeio.

— Como eu disse anteriormente, nunca te pedi nada! Pare de fazer tanto drama e aproveite todo o dinheiro que investi em você e procure seu rumo. Você está livre para viver sua vida, mas eu jamais ficaria com uma mulher como você. Não serve para ser mãe dos meus filhos. — ela deu uma risada amargamente e respondeu, olhando para Mia de cima a baixo.

— E por acaso essa cadelinha serve? Olhe para ela, tão maltratada. Eu sou linda, Oliver, bem cuidada, com a pele de seda, enquanto ela não passa de um espantalho.

— Se você me ofender novamente, vou meter a mão na sua cara. Estou te avisando, sua cabeça de tomate tingido! — Mia não se importava de revelar aquilo na minha frente. Realmente, ela estava furiosa com Luane.

— Aí está a diferença entre você e ela! Veja bem, Mia, por favor, vem cá.

Mia me observa sem entender. Assim que ela chega mais perto de mim, a puxo pelo cabelo de maneira dominante, sentindo o cheiro do seu pescoço. Luane me olha furiosa e digo com um sorriso malicioso.

— Mia, tem algo que eu adoro! Uma inocência pura que adorarei tirar, e principalmente, uma virtude que você, como mulher impura, não possui.

— Ah, então é disso que se trata? Porque a garota é virgem! Você prefere ficar com uma mulher não experiente do que uma mulher que pode te proporcionar todos os prazeres que você imagina, Oliver? — lanço-lhe um sorriso malicioso e respondo.

— Exatamente! Eu não quero ao meu lado uma mulher que já passou pela cama de vários homens! Me desculpe, mas você não serve para mim, Luane.

— Você realmente é ridículo! Mas sei exatamente por que você quer uma mulher assim, é para moldá-la, não é? Adestrá-la como se ela fosse uma cadelinha para te obedecer. — percebo que Mia me olha um pouco constrangida e seu corpo estremece.

Então, respondo de maneira provocativa a Luane.

— E qual a diferença entre você e ela? Por que você quer fazer a mesma coisa, ser minha cadelinha? Saia da minha casa antes que eu resolva te devolver para o meu irmão.

Já estava de saco cheio dela dando seu show no meio da sala da minha casa. Luane levantou-se, pegou sua bolsa e me olhou furiosa antes de se retirar, comentando:

— Você e essa cadela vão me pagar! Se depender de mim, você não se casará com ela, pode ter certeza disso. Farei da sua vida um inferno. Me ameace o quanto quiser de me entregar ao seu irmão, sei que você não tem coragem de fazer isso.

Ela saiu rapidamente pela porta, enquanto eu apertava minhas mãos controlando o ódio. Mia se soltou e me observou seriamente, talvez não quisesse participar de uma situação constrangedora como essa. Eu até entendia o lado dela.

— Sinceramente, que mulher mais nojenta! Olha, se eu tiver que encontrá-la toda vez que estiver com você, acredito que ela vai levar uma surra o tempo todo.

— Não se preocupe com isso, Mia! Ela não voltará para nos infernizar, Luane só falou isso porque está furiosa. Ela seria muito louca se resolvesse me enfrentar, ela sabe muito bem do que sou capaz.

— Imagino que sim! Bom, eu vou subir com meu material de estudo. Tenho muita coisa para estudar, com licença. — ela então pegou seus livros no chão e antes de subir, comentei sorrindo.

— Deixei um presente para você lá em cima! Espero que goste. Acredito que vai lhe ajudar nesse processo da faculdade. Aproveitei e pedi para os técnicos da casa configurarem ele. — Mia apenas me ouviu e respondeu, coçando a cabeça de maneira confusa.

— Bom, em todo caso, eu não faço ideia do que seja, mas obrigada! Tenho certeza de que será muito útil. Com licença, senhor Mourett.

— Tudo bem, Mia. Não se esqueça de que Lupita vai passar no seu quarto para deixar um vestido. E claro, mandarei um cabeleireiro e um maquiador para arrumar esse seu cabelo e fazer uma bela maquiagem. Você vai comigo para o cassino mais tarde.

Ela apenas concordou com as minhas palavras e decidiu voltar para o seu quarto, enquanto eu pegava o meu celular e discava o número de Derick para que ele fizesse um serviço extra. Se Luane pensa que vou deixar essa afronta dela passar sem revidar, está enganada. No segundo toque, ele atendeu e comentou.

— Olá, senhor. Algum problema? Precisa de algo?

— Sim, Derick. Preciso dos seus serviços! Quero que você dê uma lição em uma certa vadia para que ela aprenda seu lugar. — ele perguntou então o que exatamente deveria fazer.

— E o senhor quer que eu faça o quê com ela?

— Apenas dê uma bela surra nela para que ela aprenda a respeitar a cara de um homem, como eu! Diga para ela sumir, porque da próxima vez mando deixá-la na frente do prostíbulo do meu irmão... — Derick concordou com minhas palavras e respondeu.

— Está certo, não se preocupe com isso! Resolverei isso ainda hoje, senhor.

— Eu sei que você vai. Você é um dos meus melhores homens, e conto com você para isso. Até mais tarde.

Desliguei meu celular rapidamente e decidi ir até o meu escritório. Precisava arrumar algumas documentações da minha empresa. Eram por volta das 18:30 quando liguei para o meu assistente para providenciar um cabeleireiro e um maquiador para Mia. Subi as escadas e, ao passar pelo corredor, por coincidência, a porta do quarto dela estava entreaberta. Decidi ir até lá para ver o que ela estava fazendo.

Quando coloquei minha cabeça para dentro do quarto, percebi que ela estava só de calcinha, analisando o seu corpo no espelho. Pelos céus, essa mulher conseguia ser ainda mais gostosa sem roupa. Não consegui deixar de observá-la. Parecia que ela estava admirando a calcinha em seu corpo. Quando se virou de repente e se deparou comigo, ela colocou a toalha na sua frente, comentando envergonhada.

— Nossa, que susto! Você deveria ter batido na porta antes de entrar! Que situação constrangedora, meu Deus, que vergonha.

Apenas dei um sorriso malicioso e caminhei até ela, observando-a como um predador. Mia apenas engolia em seco, me encarando. E assim que estava mais perto, não deixei de acariciar seu ombro. Sua pele é tão macia e lisa, e ela cobre seus seios com a toalha, mas deixa o resto todo de fora.

— Bem, não tinha como fazer isso! Você deixou a porta aberta, e acredito que você tem que começar a se acostumar logo comigo. Você será minha mulher.

— Eu sei, mas penso que um pouco de privacidade às vezes é bom! — continuei analisando seu belo corpo de cima a baixo e respondi com um sorriso malicioso.

— Você tem um corpo muito bonito! E claro, uma bela bunda. Não vejo a hora da nossa noite de núpcias. Adorarei me perder nesse seu corpo tentador.

Percebi que ela fica vermelha de vergonha e não deixei de sorrir enquanto ela me respondia.

— Por favor, senhor Mourett! Pare. Está me deixando muito constrangida com esses comentários!

— Vou me retirar e deixá-la se arrumar! Acredito que já te fiz constrangimentos demais hoje, mas tome mais cuidado com essa porta aberta.

Ela apenas concordou com as minhas palavras, e decidi ir para o meu quarto tomar um banho para a noite que me espera. Quando entrei no quarto e retirei meu casaco, percebo que minha ereção está levantada. Céus, acabei ficando excitado só de olhá-la. Imagina quando a possuir em meus braços.

Parando para pensar melhor, talvez não fosse mesmo um mau negócio ter negociado a filha de Afonso. Foi até uma oferta boa, porque se ele não me pagasse o que deve, eu iria matá-lo e depois tomaria tudo o que era seu da mesma maneira. Se tem algo que eu sei separar bem são as coisas, e ninguém me passa a perna achando que vai me levar para trás sem eu cobrar o que me é de direito.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo