Eu sentei em um sofá grande e Amanda sentou em um menor, ela tirou da bolsa um bloco de notas e uma caneta e começou...
— Então Maria Júlia, Lyon me disse que você passou por uma situação traumática e por conta disso anda tendo crises de pânico, pode me falar mais sobre isso?Fico pensando se devo ou não me abrir com ela, sei que tem alguma coisa errada, Lyon conhece ela não é de agora e isso não saí da minha cabeça, resolvo contar já que não vou falar da minha vida pessoal com ele.— Eu fui sequestrada por um inimigo do Lyon e quase fui violentada, depois disso não tenho conseguido sair de casa.Começo a contar tudo para ela que fica o tempo todo em silêncio me ouvindo, eu sei como funciona essas seções já que fiz por muito tempo quando perdi meus pais. No final da seção ela diz que volta na próxima semana, pergunto quanto fica a consulta e a mesma diz que Lyon acertará com ela, nos despedimos e ela se vai.Foi bom colocar pra foraSair daquela casa foi mais difícil do que eu imaginei, parei mais uma vez na porta e não consegui movimentar minhas pernas, mais eu precisava ou então seria obrigada a aturar aquilo tudo. Em uma luta interior enfim consigo entrar no carro dele, assim que o médico aparece Lyon já vai explicando minha situação pra ele que pede para eu entrar em sua sala e me sentar. Lyon fica do lado de fora então eu sou logo direta com o dr. — Eu estou bem dr, só preciso de 2 horinhas aqui descansando. O médico fica me encarando mas aceita tranquilamente, ele sabe quem é Lyon e sabe que tem alguma coisa de errado mas ele não me pergunta, provavelmente não quer se meter. — Não sei o que está acontecendo e não quero saber, vou te receitar duas bolsas de soro e depois disso estará liberada. Estava na sala de medicações deitada em uma maca tomando o tal soro quando Lyon entra. — Como você está? O sonso me pergunta e eu estou com
Lyon...Depois da crise que Majú teve eu decidi que o melhor era não viajar, passei três dias com ela, lhe dando total atenção. Três dias se passaram e foram os melhores três dias das nossas vida, sem ligações, sem distrações, sem problemas externos pra resolver, só eu e minha pequena. Nesses três dias eu e ela nos divertimos entendem?Batizamos cada canto dessa casa e porra, fazer amor com ela é viciante, quanto mais eu estava dentro dela, mais eu queria. Mas como tudo que é bom dura pouco, o dia que voltaríamos a vida normal chegou. Já acordamos com o meu rádio tocando e ela não perde a oportunidade de bufar. — Sabe que tenho que voltar neh? Digo me posicionando encima dela. — Eu sei... Mais é que estava tão bom... Ela resmunga. — Eu sei e se eu pudesse escolher com certeza escolheria ficar assim pra sempre, mais infelizmente a vida não é só sexo! Rimos. Dou um beijo nela e me levanto indo em direção ao rádio, me
Estou em minha sala de bobeira conversando com os meninos que estão trabalhando quando um dos meu seguranças avisa que Amanda tá aqui, permito a entrada dela. — Como foi? Pergunto sobre a sessão de terapia. — Ela está bem assustada ainda, mais ela vai superar. Vocês procuraram ajuda no momento certo. — O que ela disse? Queria saber se ela tinha falado sobre nosso relacionamento. — Sigilo entre médico e paciente , já ouviu falar? Ela já me corta. — Ok... Tah certa. Ela já vem se aproximando de mim, envolve os braços ao redor do meu pescoço e diz baixinho no meu ouvido: — Vim em busca do meu pagamento! Nessa hora Fael entra em minha sala e logo franze a testa ao vê Amanda me abraçando. — Posso conversar com você Lyon? Seu tom de voz é seria. — Bom dia pra você também Fael! Amanda o cumprimenta. — E aí Amanda, tudo bem com você? Tenho certeza que ele perguntou só por perguntar
A semana passou voando, quase não conseguia vê Majú, tudo bem que muitas das vezes eu forçava isso acontecer, não conseguia encarar ela. Lógico que ela estava achando tudo muito estranho, eu podia vê no jeito que ela me olhava, sempre me analisando mas não falava nada e depois que eu menti pra ela sobre a festa do afilhado de Kadu meu corpo treme só de imaginar que ela saiba de tudo e esteja jogando comigo. Os meninos da boca são uns filhos da puta fofoqueiros, contaram pro Fael que eu comi a Amanda no meu escritório, ele só disse que cedo ou tarde Majú descobriria e que eu estaria ferrado. Já tem um tempo que eu e Majú não temos nada, ela tem me evitado tanto quanto eu tenho a evitado, tô me sentindo sujo e dividido ao mesmo tempo, eu sou louco por Majú e não consigo imaginar minha vida sem ela mais Amanda é algo do meu passado, meu coração ainda bate acelerado quando chego perto dela, não sei o que fazer! Estou na cozinha tomando meu café da
Quando eu ia responder, Fael entra na sala correndo. — Lyon... Ele para de falar o que ia dizer e encara Amanda. — Tah explicado!! — Tah explicado o que Fael! Não tô com paciência hoje. — Eu disse pra você que essa porra não ia prestar. Ele aponta com a cabeça para Amanda. — Se prepara por que você tah fodido. Continuo sem entender o que Fael está dizendo então com um pouco mais de ignorância começo a falar. — Fael diz logo o que quer porra! Preciso terminar um assunto com Amanda e foda-se o que você pensa, diz ou vaza! — Majú acabou de ser vista saindo do morro! Agora dá licença e pode continuar sua conversa! Quando ele vira as costas eu grito. — Volta aqui porra! Como assim ela saiu do morro, eu pessoalmente deixei ela no postinho! — Se você que é namorado dela não sabe, como eu vou saber? Só tô sabendo disso por que uma enfermeira de lá, amiga minha me ligou falando que Majú tinha saído do postinho se
Kadu estava visivelmente irritado, me afasto de Amanda e antes de responder ele volto minha atenção para ela e digo: — Pode ir! Tah liberada. — Eu não sou suas putas pra você me liberar Lyon, vou por que eu quero! Não me liga mais, não me procura, apaga meu contato da sua agenda e eu espero do fundo do meu coração que ela nunca mais volte para você!!! Ela fala e é possível sentir o ódio em suas palavras. — VAZA!!!! Grito. Ela sai da minha sala batendo a porta e logo depois Fael se retira também. — Vou meter o pé Lyon, vou ligar pra Marina e vê se ela sabe de algo. Ele me cumprimenta, cumprimenta Kadu e saí. Olho para Kadu que está parado próximo a porta e volto a falar com ele. — Voltando a sua pergunta... Ela foi embora, fugiu de mim! — Sinto muito lhe informar meu irmão, mas você perdeu uma garota espetacular, uma garota direita, de princípios, que pensa no futuro. Infelizmente você vai terminar a sua vida muito
Majú... — O que ele fez desta vez? Pergunta Gabriel assim que se aproxima de mim. Sentando ao meu lado e me dando um abraço acolhedor, eu estava em um canto qualquer daquela praça de alimentação encolhida, com o rosto inchado de tanto chorar e com um medo gigantesco, mas eu respirava e inspirava tentando me acalmar. — Ele estava me traindo... Choro. — Me traindo com a mulher que ele colocou para ser minha psicóloga. — Canalha filho da p... Vem, vamos lá pra casa. Ele me ajuda a levantar e calmamente me direciona até o estacionamento. O caminho do shopping até o condomínio dele foi de um absoluto silêncio, ele muito pensativo e eu também. Assim que ele para em frente a uma casa enorme foi automático eu soltar um “Nossa!” — É enorme neh? Ele diz esboçando um pequeno sorriso. — Enorme era o apartamento que morei, isso é praticamente um bairro inteiro. Ele rir. — Meu pai mandou construir ela pensava em ter t
Eu vestia um pijama preto de calça e manga comprida tipo Victoria secret, coloco minha antiga roupa e saio do banheiro, Gabriel ainda está sentado na cama e fica observando meus passos. — Me desculpe! Ele diz me encarando e eu não digo nada, só sento no sofá e calço minha sandália. — Tah fazendo o quê, vai aonde? — Obrigado por ter me ajudado, obrigado por ter cuidado de mim e ter me alimentando, mais eu vou embora! Digo me levantando e indo até o espelho ajeitar meus cabelos. — Me perdoa Majú... Ele se levanta e caminha em minha direção. — Eu fui um estupido. — Tah tudo bem Gabriel, você é um cara legal. Dou um beijo em sua bochecha e caminho em direção a porta, resolvo ligar meu celular para pedir um Uber e o mesmo trava de tantas mensagens. Enquanto o telefone não para de apitar com as mensagens chegando Gabriel se aproxima de mim mais uma vez. — Não vai por favor! Já te pedi desculpas... — E eu já te desculpei