Sexta feira e estou no bar do seu José tomando uma gelada com Fael, memeu, claitin e alguns vapor, estamos agendando uma partida de futebol quando meu rádio toca. — Patrão! Era grilo um dos meninos que fica no portão da minha casa. — Diz aí grilo. — Pow patrão a sua patroa acabou de sair de casa com as amigas, toda arrumada... Ele economiza nas palavras constrangido. — Ela disse pra onde ia? Pergunto. — Disse não chefe, mas quando as meninas chegaram ouvir um pedaço da conversa delas e falavam algo sobre pagode. — Vlw grilo, pode deixar que já sei. Desligo. Aquela filha da puta que me tontear, só pode! — Aí galera, vou precisar meter o pé. — Qual foi Lyon, a mulher já te mandou voltar pra casa? Zoa Fael. — Não, a mandada foi pra um tal de pagode. — Tô ligado onde é, deve ser o pagode “boca livre” lá na rua da Lafayette. A patroa tah te dando uns perdidos. Brinca Fael rindo. — A minha e a sua seu otária, por que a doida tah lá também! Falo e a cara dele logo muda, todo mund
Essa semana foi foda, mais uma ameaça de invasão, Majú está na reta final do segundo semestre então está em semana de avaliação e de TPM, imaginem só? Tá o cão chupando manga. Não posso nem chegar perto que parece que a doida vai me morder. — Lyon... A mandada me chama. — Que foi? Respondo enquanto tomo um copo de água na cozinha. — Hoje vai ter uma confraternização em comemoração ao fim desse primeiro ano da faculdade, vai ser num barzinho aqui perto da comunidade, vamos? — Não tenho como sair do morro agora não Majú, estamos recebendo ameaças de invasão de todos os lados. — Ok! Então avisa os meninos que eu vou sair do morro hoje! — Quem disse? — Não começa não Lyon! Ou você libera minha saída ou teremos alguns problemas! — Ah Majú, não vamos começar uma discussão logo cedo, por favor! — Pois é! Só libera! Ela saí batendo o pé igual criança e mesmo eu estando puto com ela fico com vontade de rir da sua atitude, vontade de ir atrás dela e pegá-la de jeito mais a mandada nã
Majú...Essa semana foi pauleira, provas finas do segundo semestre da faculdade e pra piorar eu estava de TPM, coitado de Lyon que tinha que aturar meu mau humor.Ele também não estava bem, andava meio distante, preocupado, coisa da comunidade, não perguntei o que era. Marina e o pessoal da faculdade resolveram organizar uma confraternização de fim de semestre, já sabendo como Lyon é ela marcou em um barzinho próximo da comunidade e geral concordou, só faltava eu convencer o dono dessa merda toda.Achei que seria difícil convencê-lo mais até que foi fácil, ele não irá mais pelo menos me autorizou a sair do morro, lógico que com segurança mais eu não ligo até acho melhor ir e voltar com cleitin do que com Uber.Já no bar a conversa rola solta, nosso assunto lógico que é sobre quando começarmos a estagiar, algo que está nos deixando ansiosos, estou na minha terceira taça de vinho quando sinto um arrepio pelo corpo, uma sensação r
Levo um tapa no rosto tão forte que acho que desmaio na hora, por que quando me dou conta já estou dentro de um carro com um capuz preto na cabeça. Ouço quando um deles diz: — Quando o chefe souber que você bateu nela ele vai te matar! — Ela me provocou, você é testemunha! O outro fala. — Sou testemunha nada, segura seu b.o sozinho, ele deixou bem claro que queria ela inteira! — E ela está indo inteira ué! O outro questiona. — Então não precisa ter medo! Os dois ficam em silêncio e eu finjo está desmaiada ainda, esse filho da puta me bateu e se o chefe dele me queria bem vou fingir está mal só pra ele se foder! Sinto o carro parar e não demora muito a porta do carro é aberta, sinto os dois saírem e logo a porta de trás é aberta também. — O que aconteceu com ela? Ouço outro homem perguntar. — Ela dificultou as coisas então... Ela desmaiou. O babaca não conta a história toda, frouxo.
Acredito que aquele tiroteio dura cerca de meia hora, ouvimos um grito desesperador de alguém, o grito era tão alto e desesperado que até o tal mata rindo se levantou da cama. — Que porra tah acontecendo lá fora? Ouço ele perguntar a alguém e só agora percebo que não estávamos sozinhos, tem outras pessoas no quarto. — Ele é louco chefe, olha pelas câmera o que ele fez com Simon... Ele arrancou o coração do cara com as próprias mãos! Eles pareciam assustados. — Filho da puta!! Mata rindo soca a parede e eu me estremeço toda. A porta do local é arrombada e ouço as armas serem engatilhadas, mata rindo sobe na cama e me abraça forte, sinto um metal gelado encostar na minha costela e ele dizer no meu ouvido. — Chegou a nossa hora gracinha... Não tenta nada se não vou matar seu namorado na sua frente! Eu paralizo na hora! — Larga ela Mata rindo! Vamos resolver nossos problemas só eu e você! — Tarde demais Lyon... Antes
Lyon... Assim que chego no QG, o pessoal já está me esperando, são cerca de 60 homens, alguns da minha comunidade e outro de comunidades aliadas. Me preparo para falar com eles mais meu telefone toca... Ligação on... Lyon: Oi Kadu! Kadu: Traga ela viva! Lyon: Eu vou trazer! Kadu: Eu sei que vai! Se cuida, amo você! Lyon: Também te amo. Ligação off... Respiro fundo e olho pra Fael que balança a cabeça afirmativamente como se tivesse me dando autorização para falar. — Pessoal... Agradeço a presença de todos aqui, como vocês sabem levaram minha mulher e assim que esse telefone tocar saberemos quem é esse filho da puta e partiremos pra cima deles com tudo! Nossa missão é... Trazer Majú pra casa sã e salva! Ela é o foco principal da missão. Passavam das 2 da manhã quando meu telefone toca mais uma vez, eu sabia quem era então já atendi querendo que Ramon fosse direto. <
Chego em casa com Majú, ela chorou tanto que acabou dormindo em meus braços dentro do carro. Memeu estaciona o carro em minha garagem e me ajuda abrindo a porta do carro, desço com Majú em meus braços. Subo as escadas e a coloco em minha cama. Fico cerca de 5 minutos olhando ela ali dormindo, vez ou outra seu corpo tremia, com certeza era o sistema nervoso dela que estava abalado. Fico com um nó na garganta olhando ela ali tão vulnerável na minha cama, tão magrinha, tão sensível e já passou por isso. Vou até o banheiro encher a banheira e me sento no chão deixando enfim as lágrimas caírem, porra se algo acontecesse com ela eu tiraria a minha vida, não seria capaz de viver com isso! Choro igual chorei no dia do enterro da minha mãe. Ouço Majú me gritar desesperada. — Lyon... Me levanto correndo limpando as lágrimas e vou até ela. — Oi meu amor, calma! Estou aqui. Ela me abraça tremendo. — Pensei... Pensei... Ela tenta falar
Assim que desligo o telefone já vou direto nas mensagens de Fael. Fael: Graças a Deus ela está bem! Fael: O que eu faço com a menina? Fael: Porra Lyon... Os meninos estão apavorados com o coração de Saimon, colocaram em um pote de vidro com álcool mais ninguém quer levar o troço pra casa! Resolve logo! Assim que resolvo ligar para ele a campainha toca. Desço as escadas e sigo até o portão para vê quem é. — Pow cara, te mandei um monte de mensagens... Diz Fael já entrando. — Sei que você tinha que dar atenção para Majú mais temos uns b.o pra resolver. — Vi suas mensagens só agora, já ia te ligar. — O que eu faço com aquele coração, doido! Ele diz rindo. — Deixa na minha sala, que quando eu tiver um tempo vou dá de presente para “sadan”. — E a menina? — Mata!! E depois envia os pedaços para o irmão! —Ok, tú que manda. Quando Fael ia virando as costa para sair ouvimos