Pego minha latinha de coca e volto para onde eles estavam, Pérola quis uma lata de fanta uva. Eu passo na frente de Leon e Vanessa que me encara de cara feia, agora você vê, ela vai na minha casa e ainda me olha feio... Logo atrás de mim vem Pérola, que fez questão de transferir seu refrigerante para um copo grande. Estou chegando perto de Rick quando escuto o grito de Vanessa. — Porra garota, tá cega!! Olho para sua direção e ela está completamente lavada de fanta uva, Pérola tem um olhar debochado e se desculpa: — Ai meu Deus... Me desculpe, alguém esbarrou em mim. Travo meu riso, por que sei que ninguém esbarrou nela. Eu até sou uma pessoa vingativa, mas Pérola consegue ser pior que eu. — Ninguém esbarrou em você sua idiota! Você fez de propósito! Vanessa está soltando fogo pelas ventas. — Euuuu... Pérola faz cara de ofendida. — Por que eu faria isso com você Vanessa? Você nunca me fez mal neh? Mais é muito debochada essa minha amiga. — Para com isso Vanessa, foi sem q
Estou no shopping frente a frente com nada mais, nada menos que Bernardo, o meu crush de infância. Meu celular apita no mesmo momento que o dele apita também. — Droga! Resmungo olhando meu celular. Ele me encara curioso e me pergunta: — O que foi? — Carol foi embora e me deixou na mão, vou ter que pedir um Uber. — Deixa que eu te levo. Ele se oferece. — E Leon? — Ele tá de carro, eu peço um Uber e te deixo a salva em casa, sem problema! Lógico que eu aceitei! Já dentro do Uber ele tenta puxar assunto. — Que loucura aqueles dois, neh? Ele tem um pequeno sorriso nos lábios. — Leon cutucou a onça com vara curta. Digo rindo. — Falta de aviso não foi, mas Leon gosta de desafios. — E Carol vai ser um desafio e tanto! Gargalho. Ficamos conversando até chegar no complexo e claro que o Uber não subiu o morro. Eu odiava subir a rua a pé, mas naquele momento eu estava amando, já que eu podia bater um papo legal com ele, coisa que nunca aconteceu entre a gente, mesmo nosso
Tem dois dias que não vejo e não falo com Bernardo, ele até me enviou algumas mensagens, mas eu resolvi ignora-lo, melhor assim. Eu sempre gostei do Bernardo, desde criança e estou disposta a ter algo mais sério com ele, mas se essa não for a vontade dele tudo bem pra mim, só não vou perder meu tempo. Tem um monte de garoto que mataria para ficar comigo, eu sei que não sou de se jogar fora, então tudo bem nosso lance não ir pra frente. — Que carinha é essa? Minha mãe entra no meu quarto. — Só tô cansada, vai ter prova. — Não, acho que essa carinha não é de cansada e sim de aborrecida. Minha mãe me conhece bem. — Lembra do Bêh? Então, me enviaram uma foto dele com outra garota, a foto não é recente, mas quando fui questionar quem era a garota ele não quis dizer... Se enviaram a foto é por que ainda gosta dele. — E se gostarem dele ainda? Ele tem culpa? — Não! Mas o por que de não me contar quem é? — Eu não sei filha, mas se você realmente gosta dele, conversem. — Não sei
— Paizinho lindo do meu coração!! Entro na boca onde meu pai se encontra nesse exato momento. Meu pai odeia que eu venha aqui, mas como sou ansiosa, vim assim mesmo. — Minha resposta é não! Ele já diz de primeira e eu nem havia dito nada ainda. — Pai!!! Falo em tom de repreensão. — Já disse que não, Pérola! — O senhor nem sabe o que é! Digo brava. — Tú que pensa! Tá achando que passa batida, é?! — Não o que, então? — Não, você não vai viajar! E não, não aceito seu namoro com Bernardo e mesmo que aceitasse, ele não foi homem nem de vir falar comigo! As vezes fico me perguntando, como meu pai sabe de tudo? — Como o senhor sabe? Pergunto perplexa. — Isso não vem ao caso. — Paiiii, vai geral ... Por favor! Até a Carol vai. Minto. — K.ô seu, ela não vai!! Cigano não vai deixar! — Se você deixar eu ir, tenho certeza que ele deixa ela ir também! — Como não vou deixar você ir, ela também não vai! Hoje está sendo impossível conversar com meu pai! — Me dê um motivo d
Assistir de camarote aquele fura olho do caralho cheirando o pescoço da Carol no pagode fodeu com meu psicológico, mas eu não tinha o que fazer, foi uma decisão nossa nos mantermos amigos, era o certo a se fazer. Pérola é louca, derrubou refrigerante em Vanessa que estava fumaçando. — Eu vou acabar com aquela vadiazinha! Vanessa xingava enquanto tentava se limpar. Eu tive que ir em uma farmácia para comprar um lenço umedecido para ela, eu não ia levá-la de volta para a casa de cigano, Júlia não ia gostar de nos vê sozinhos lá, ela já deixou claro que nada de meninas na casa dela. Ela só foi hoje por causa de Rick. — Para de drama Vanessa, foi sem querer! Falo tentando acalma-la, mas a verdade é que Pérola fez de propósito, mas vou deixar em off. — Drama? Drama, Leon? Eu estou toda suja por culpa daquela... Ela mais uma vez tenta xingar Pérola mais eu não deixo. — Chega!! Vai pra casa, toma um banho e vai dormir, tenta se acalmar. — Deixa eu tomar um banho n
No segundo toque ele atende. — Não! É a primeira coisa que ele diz. — Também te amo, pai! — Você sabe que eu te amo muito meu filho, mas eu sei o motivo da sua ligação! — Cigano, neh? — Eu sei de tudo Leon, até do que você acha que eu não sei! — E o que eu acho que o senhor não sabe? Qual é, que papo torto é esse? — Você e a filha do cigano! Não mexe com ela! Você pode ter a mulher que quiser, só não toca nela! É, realmente ele sabe de tudo. — Vocês cismaram com isso! Tenho Carol como minha irmã, nada a ver essas conversas de vocês, digo sem graça. — Sério Leon, ela é novinha... É filha do cara mais pica e fiel que já conheci, não mexe com ela... Presta atenção meu filho, se você seguir o caminho que tenho certeza que você vai seguir, eu não conseguirei evitar o seu sofrimento infelizmente, é um caminho sem volta!Esse papo torto dele estava me cansando, então volto ao assunto anterior, o que me fez ligar pra ele. — Quero ajudar aqui na comunidade! — Você já está aju
Essa semana foi estranha... Ir para a escola cheia de segurança e ainda vê-los no pátio da mesma disfarçado, era bizarro. Não ter Théo ali comigo também era esquisito, agora o pior mesmo era morar na mesma casa que Leon e não vê-lo. Acho que ele estava meio que fugindo de mim, mais como era de se esperar, cedo ou tarde a gente ia se esbarrar. Estou em meu quarto me preparando para dormir quando JP bate na porta. — Pode entrar. Digo. — Da licença... Vim te dá boa noite. Ele beija minha testa. — Boa noite maninho. — Como você e o outro estão? Ele se refere a Leon. — Não sei, tem alguns dias que não vejo ele, acho que está fugindo de mim. Digo triste. — O que rolou. Ele quer saber. — Eu gosto dele, JP... E acho que ele também sente algo por mim, mas eu sou nova demais, então o clima pesa de vez em quando. — Tô ligado... Vocês precisam entender que por enquanto não vai rolar nada, pelo menos até você completar dezoito anos, antes disso nosso pai não vai aceitar. — Acho qu
Geral está animado, Pérola já me ligou um milhão de vezes, ela vai nos encontrar no aeroporto, JP está com a namorada e também vai nos encontrar lá, que não faço ideia de quem seja, mas se ele não nos apresentar ela nesse final de semana, eu mesma vou fazer questão de me apresentar. Leon está no telefone resolvendo questões do embarque da moto dele e minha mãe está me dando várias recomendações . — Juízo Carol, por favor! — Eu tenho de sobra isso mãe! — Depois que você fugiu já não tenho tanta certeza assim. Ela tinha que lembrar. — Mãe!!! A repreendo. — É sério filha, não saia do lado dos meninos, Noah está a solta... — Pode deixar mãe! Ela vem me abraçar e já é a septuagésima vez que ela faz isso. Leon desliga o telefone e vem até a gente. — Vamos? Já está todo mundo no aeroporto. — Vamos! Digo. Minha mãe abraça Leon e diz: — Cuida dela... Eu confio em você! — Pode deixar! Ele diz também abraçando-a. Estamos entrando no carro que ficará no estacionamento do aero