E a minha... (II)

- São jovens... Deixe-os aproveitarem, Celine. – Allan criticou.

- Como se sente, Allan? Ficamos preocupados. – Toquei a mão dele carinhosamente, percebendo os olhos de Heitor acompanhando meus movimentos ao mesmo tempo que dava por encerrada a leve discussão entre Heitor e Celine.

- Estou bem... Tudo drama. Já passei por momentos piores e nem por isso internei. Até domingo quero estar em casa. E vou estar. Detesto hospitais.

- Então pelo visto não foi nada grave. – Heitor puxou minha mão de volta.

Encarei os olhos claros de Allan Casanova e não pude deixar de pensar que ele poderia ter sido o meu pai. Minha mãe havia saído do conforto de seu lar por aquele homem. E talvez eu sentisse pelo filho dele exatamente o que ela sentiu quando largou tudo por amor.

Destino, coincidência... Enfim, parecia que tudo estava interligado. E como eu queria saber o que de fato aconteceu, da boca de Allan. O que ele realmente sentiu pela minha mãe? O que tiveram, afinal?

Enquanto pensava, não percebi o
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