Me perdoe o atraso para publicar os capítulos. Passei por alguns problemas pessoais, mas voltei para concluir essa obra. Tentarei, ao máximo, regularizar os capítulos para conclusão do livro. Agradeço pela compreensão e peço perdão novamente pela ausência. ^^
Após algumas horas de descanso, Violet acorda lentamente. Em silêncio, ela se desvencilha do braço de aço que Tyler põe sobre seus ombros, e se senta na cama. Apoiando as mãos sobre o colchão macio, ela o encara e percebe seu sono imperturbável.O que eu vou fazer... Tyler? E se a minha mãe nunca mais me perdoar porque eu fiz uma escolha que não era a dela? Você ainda... Vai segurar a minha mão, mesmo depois que eu cair?Seus pensamentos a cercam de uma maneira redondante, e ela agita a cabeça em negação, se desprendendo da voz que reverbera em sua mente. E num impulso, a jovem Jacobs joga as pernas para fora da cama se levantando, atravessando o quarto na sequência. Após um banho quente e tranquilo, ela sai do banheiro enrolada num roupão felpudo, indo em direção ás suas roupas. Se veste novamente e arruma os cabelos molhados, deixando o quarto com apenas o seu celular na mão. Apesar de Glory ser nova, a governanta já percebeu como as coisas funcionam na mansão Benson, e ela sabe m
Após falar com sua mãe, a jovem Jacobs retira o celular de perto da orelha e leva as mãos aos olhos, escondendo as lágrimas que transbordam. Tyler, vendo isso às escondidas, cerra os punhos com força, fazendo com quê os nós em seus dedos fiquem brancos e explosivos. As veias em seus braços saltam de uma maneira arrepiante e a raiva lhe consome.Ele sabe que ela está com problemas. Ele sabe que terá que resolvê-los outra vez....Depois de chorar as pitangas, a jovem Jacobs retorna para dentro da mansão e segue em direção à sala, encontrando Tyler descendo as escadas. Ele está vestindo um suéter cinza e uma calça jeans de cor clara. Desliza os dedos pelo topete loiro, que insiste em retornar para sua testa, como se estivesse despreocupado enquanto se aproxima dela. Sua mão livre está no bolso da calça e ele a retira para abraçar sua amada quando a ver.O jovem Monron apoia as mãos nos ombros de Violet e franze o cenho, analisando os olhos avermelhados e molhados dela. Sabendo o que ho
No dia seguinte, Violet e Tyler despertam. A ideia de amanhecer sob o mesmo teto que seu namorado ainda é estranha para a jovem Jacobs, mas ela tenta ter isso com normalidade e se espreguiça, disfarçando sua estranheza diante da situação.O jovem Monron se mexe, ainda sonolento, e fala com a voz rouca:—Bom dia... amor. Dormiu bem? —Ele pergunta, puxando-a pela cintura e abraçando-a com pernas e braços como se fosse escondê-la da vida fora do quarto.Violet sorrir, se encolhendo nos braços dele, enquanto suas pernas ficam presas sob as coxas grossas de Tyler.—Dormi sim, e você? Tyler beija a nuca da garota e enterra seu queixo no ombro dela, mantendo os olhos fechados para preservar esse momento e fazê-lo durar mais do que está durando: —Foi o melhor sono da minha vida. Porque você está aqui.A estupidez nebulosa dos sentimentos de Violet não permite que a mesma enxergue o óbvio: a manipulação, os sinais... Nada. Ela só ver aquilo o que ela quer ver, e por isso, ela se convence de q
[Consultório psiquiátrico do Dr. Kim]Dr. Kim arruma os papeis entre as mãos, em um fecho, e o olha por cima dos óculos redondos. —Você não pensa em como viveria se estivesse na companhia de alguém, Tyler?O silêncio faz um zumbido ensurdecedor no ouvido de Kim, que luta para se manter profissional.Um suspiro.A promessa de uma resposta.—Eu não preciso de alguém ao meu lado, mas gostaria de fazer isso outra vez.O profissional espreme os lábios, contendo os pensamentos. Mesmo estando em horário de trabalho, ele encontra dificuldades para manter aquela consulta por mais cinco minutos restantes.—E se você perdesse um filho, e esse filho fosse o seu único?Tyler sustenta um sorriso de canto de boca, e ergue os olhos para Kim, concentrando-se ali por longos segundos fixos.—Eu faço outro. Os dois se encaram fixamente. Kim pode sentir a gota de suor deslizar pela espinha, sumindo ao longo do tecido da camisa branca. O despertador toca, indicando que aquela consulta havia chegado ao f
[Residência dos Benson]Acordando na cama de Cassandra, Violet rebusca pelas memórias do celular.Eu podia jurar que ele estava na bolsa... Pensa.Não conseguindo encontrar o aparelho, ela tropeça pelas peças de roupa espalhadas no chão do quarto.O barulho de tropeços constantes faz Cassandra despertar abruptamente.—Qual é o seu problema, Violet? Amiga, você não dorme mais? Quando eu te conheci, você dormia-—Eu estou procurando o meu celular! A minha mãe vai me matar!A preocupação da garota era racional: Vivian não interpretaria corretamente a perda do aparelho.Mal sabia Violet, que mais tarde, ela teria o seu celular novamente, e aquilo mudaria tudo....Enquanto a dona surtava, seu aparelho viajava por Manhattan, no banco de carona de um Audi prata recém polido.Parado em frente à residência dos Jacobs, Tyler segura o celular com firmeza. Calmo, tranquilo, ele planeja exatamente como será o seu comportamento, garantindo que consiga ser convidado à entrar, obtendo confiança.Um
Com um olhar profundo sobre Violet, Tyler só consegue pensar em uma coisa: Uma profunda vontade de mostrá-la como ele era de verdade. —Bom, fica decidido! Tyler, querido, você toma café da manhã com a gente. —Vivien o convida novamente, reafirmando sua preferência. —Bom, eu vou terminar de preparar as coisas. Violet, minha filha, faça companhia para o seu amigo. Eu não demoro.Com a saída de sua mãe, Violet sente a pressão de ficar sozinha com Tyler. Ela solta seu braço, percebendo que ficou tempo demais agarrando aquele local.—M-Me desculpe...—Tudo bem. —Ele sorrir, se ajeitando. —Eu não sei se acertei na manteiga, viu...—Ah, para! Nem era pra ter trazido. Ela troca alguns passos curtos pelo sofá e escorrega a mochila de seu ombro sobre o assento. Sentado ao lado dela, Tyler passa uma perna por cima da outra e estica um braço por cima do encosto. O seu corpo falava, embora seus lábios não dissessem o que ele queria. Violet junta as mãos sobre as pernas e desvia o olhar, fugind
Após aquela visita, Tyler voltou para casa, encarando a solidão. Apesar da presença de seu pai, estar sozinho era uma sensação frequente da qual ele desfrutava. Ele remaneja seus pensamentos na direção de Violet, tentando se ludibriar. Planeja sua morte, mas nada lhe funciona tão bem ao ponto de lhe puxar para cima.Agarrado ao ferro frio, o rapaz bonito e solitário encara os degraus, descendo as escadas. O espaço em seu coração fica um pouco mais vazio, formando um abismo entre sua humanidade e a criatura letal sendo contida dentro de si aos poucos.Na sala, seu pai conversa com alguém ao telefone. Parece inconformado. Teme por algo.Não se importa.Não o percebe.Tyler troca passos leves na direção da cozinha, adentrando ao local. O cheiro de suas panquecas preferidas lhe invade o estômago, mas não há fome para consumí-las.—Senhor Tyler! Bom dia. Eu lhe fiz suas panquecas favoritas, não quer comer?A empregada percebe o suspiro. Os ombros caídos sustentando os cotovelos que despen
Tyler está focado. Focado demais para perceber que deixou seu pai sozinho por mais tempo do que deveria.Isso resulta em uma busca, do mesmo, pelo rapaz.A porta se abre, revelando Tonny. Ele arqueia as sobrancelhas analisando a cena. Seu filho está sentado olhando fixamente para um jovem garoto de pé, diante dele. Tyler mordendo a borda do copo de plástico enquanto mantém um olhar obsessor para o jovem desconhecido.O que seria isso?Tonny se pergunta, mas evita fazer de seus pensamentos uma frase.—Filho, eu estou indo embora. —Anuncia, trocando dois passos para dentro da sala do padre. Tyler se levanta sobre dois pés firmes, ainda mantendo os olhos fixos no garoto menor. Tira o copo da boca após secá-lo, e caminha lentamente na direção do lixeiro esquecido ao lado da janela.—Obrigado pela água. —Agradece sereno, mantendo o vazio dentro de si. —Obrigado por orar por eles. —Acena minimamente, e caminha de volta na direção de seu pai.O garoto fica sozinho com suas reflexões. Tyler