- Dia 90

Na verdade, uma pessoa chegou a perceber da primeira vez que eu o fiz. Foi uma amiga que percebeu no colégio e ela ficou extremamente chateada comigo por ter feito aquilo.

O que eu quero dizer hoje é sobre a gravidade e a seriedade da automutilação. Sempre me partiu o coração, desde antes de ser parte disso, ouvir pessoas dizendo que isso é frescura e é algo ridículo e sem noção. Eu sinto falta de pessoas que estejam mais dispostas a ajudar do que a julgar. Sim, é um grito silencioso. Existe muita coisa pior, que é o que leva à automutilação.

Eu não vou dizer a sensação que tive, eu não estou aqui pra incentivar ninguém a passar por isso. Eu nunca fiquei com marcas definitivas, e eu fico feliz por isso. As pessoas são muito cruéis com a dor alheia, e eu não gostaria de ter que dar satisfação pra quem quer que presenciasse as marcas da minha dor. A automutilação, assim como muitos outros agravantes dos transtornos mentais, é algo muito difícil de ser superado. Nos piores

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