Que confusão, hein. Os paparazzi tinham tirado fotos dela jantando com Abelardo na noite anterior e também brigando com Miguel. Os rumores estavam por toda parte: diziam que Abelardo tinha brigado feio com Miguel por causa dela. Nina já estava com dor de cabeça só de pensar nisso. Ela limpou a garganta e explicou, sem muita paciência, para Sabrina: — Não é nada disso. São só especulações dos internautas. O Abelardo é o protagonista da série que estou gravando agora. Você sabe quem ele é, né? A gente já gravou uma novela juntos antes, e, na época, até teve aquele burburinho todo. Sabrina, era claro, lembrava de tudo. Quando se tratava da sua irmãzinha, ela sabia cada detalhe: — Claro que eu lembro, irmã. Mas o que eu ainda não entendo é... Por que esse tal de Miguel não te deixa em paz? Você não explicou tudo para ele da última vez? Ao ouvir isso, Nina soltou um suspiro cansado: — Eu expliquei, mas ele continua me perseguindo, e eu não sei o que fazer. Pelo menos agora
A máscara facial de Nina tinha acabado de completar o tempo indicado, e ela a retirou antes de ir ao banheiro. Rafaella estava sentada no sofá, pensando em como ligar para o empresário de Abelardo, quando, de repente, o telefone dela tocou primeiro. Para sua surpresa, era o próprio empresário de Abelardo entrando em contato! O coração de Rafaella deu um salto de preocupação. O empresário de Abelardo era extremamente competente e temido. Além de ser um agente de ouro, ele também era especialista em relações públicas. Durante todos esses anos, Abelardo tinha conseguido manter uma carreira praticamente sem escândalos, graças à habilidade dele. O primeiro escândalo envolvendo Abelardo era com Nina. Se Rafaella fosse o empresário de Abelardo, provavelmente também teria vontade de estrangular Nina. Respirando fundo, Rafaella atendeu o telefone: — Celi... O empresário de Abelardo se chamava Celestino, mas na indústria todos o chamavam de Celi. Rafaella também sempre o chamav
Rafaella abriu a boca com dificuldade: — Tenho algo para discutir com você. Celestino acabou de ligar. Ele sugeriu que, para esclarecer o rumor recente, você e o Abelardo fingissem um relacionamento. Depois que a atenção sobre isso diminuir, se vocês não quiserem continuar, podem anunciar a separação. Nina enxaguou rapidamente a espuma do rosto com água, olhando para Rafaella com uma expressão séria: — Você tá maluca? Eu nunca fiz esse tipo de coisa! Isso não é apenas inventar um rumor, é me obrigar a ser uma namorada de mentira do Abelardo. Rafaella sorriu de forma constrangida: — Bom... Era basicamente isso. Nina respirou fundo: — Eu não vou concordar. Não vou fazer isso. — Nina, eu sei que você não quer, mas essa situação só traz vantagens para nós. Pense bem: é o Abelardo! Se você aproveitar a popularidade dele, ganhar o prêmio de Melhor Atriz vai ser muito mais fácil. Apesar de você já ter vencido, seu objetivo não é o tricampeonato? Nina abaixou o olhar para a á
Diferente da atmosfera descontraída entre Abelardo e os outros, o clima do lado de Nina estava muito mais tenso. Ela passou por todos os cenários possíveis em sua cabeça antes de finalmente decidir ligar para Álvaro. Naturalmente, Álvaro se opôs veementemente à ideia: — Nina, se você precisa de recursos, eu posso pedir para a Empresa de Mídia Solar te apoiar, mas não quero que você se rebaixe por causa disso. Nina tentou convencê-lo com todas as forças: — Mano, você está pensando demais! Eu e ele fingirmos um namoro, criarmos um boato, não é para conseguir recursos. É só para eu me livrar do Miguel. Além disso... Abelardo é uma pessoa muito boa. Assim que terminou de falar, não só Álvaro ficou em silêncio, mas Rafaella também. "Então... Fingir um romance pode mesmo ser viável?" Álvaro, impotente, apertou o nariz com os dedos e disse: — Nina, você já pensou que, se vocês fingirem por muito tempo, isso pode acabar virando real? Nina respondeu sem hesitar: — Então, ne
[Faltam apenas dois dias para eu e o Fabiano irmos ao cartório.]Sabrina digitou essa frase com cuidado no bloco de notas do celular, depois colocou o aparelho virado para baixo na mesa e continuou a limpar o quarto, sorrindo. A casa era um presente dos pais de Fabiano para eles como lar de casados, onde Fabiano morava sozinho. Como ele estava ocupado e não tinha tempo para limpar, Sabrina passou esses dias ajudando por lá.As famílias de ambos eram muito próximas, e, após dois anos sendo unidos pelos pais, finalmente estavam prestes a se casar. Todos pensavam que ela estava sendo forçada a ficar com Fabiano, mas só alguns sabiam que ela secretamente o amava há anos. Quando ele concordou em namorá-la diante de ambos os pais, ela ficou tão feliz que não conseguiu dormir aquela noite.Sabrina estava no escritório, com um doce sorriso nos lábios enquanto limpava a mesa, imaginando a vida feliz que teriam ali. Porém, ao se virar, acidentalmente esbarrou em um vaso de gardênia na mesa.O
O tempo em junho mudava rapidamente. Quando Sabrina chegou, o céu estava limpo, mas agora estava coberto de nuvens escuras e chovia torrencialmente.Sabrina saiu correndo da casa de Fabiano, chorando, tão apressada que esqueceu as chaves do carro. Ela correu para a chuva e pegou um táxi na porta para voltar para casa.Quando o táxi parou no destino, Sabrina pagou a corrida com um QR code e correu para o prédio sob a chuva.No elevador, após apertar o botão do décimo terceiro andar, ficou num canto, enxugando as lágrimas incessantemente.O elevador parou, e ela, de cabeça baixa, caminhou até o apartamento e começou a digitar a senha.Estranhamente, a porta, que normalmente se abria de imediato, continuava mostrando erro na senha.Será que ela estava tão perturbada que se esqueceu da senha?Sabrina enxugou as lágrimas e decidiu tentar novamente.Ela tinha acabado de pressionar o primeiro número quando a porta se abriu subitamente de dentro.Eles se encararam, e Sabrina ficou paralisada.
Sabrina havia acabado de abrir a porta quando a voz de sua mãe, Bianca Pires, chegou carregada de soluços:— Sabrina! Por que você não atende o telefone? Término é término, mas por que não atende? Quer me matar de preocupação?"O quê?" "Como isso é diferente do que eu imaginei?"Sabrina piscou, confusa.— Ah... Meu celular estava no silencioso, eu não ouvi.O rosto de seu pai, Rodrigo Amorim, estava tenso como água parada. Ele e Bianca entraram, trocaram os sapatos e se sentaram no sofá.Sabrina trouxe água morna da cozinha e os serviu.— Mamãe, papai, bebam um pouco de água.— Sabrina, o que aconteceu com sua testa e seu braço? — Indagou Rodrigo ao notar o braço dela envolto em várias camadas de ataduras e um grande hematoma roxo na testa, onde até a pele parecia ter sido rompida.Sabrina baixou a cabeça, em silêncio.Bianca examinou mais de perto e percebeu que ela estava gravemente ferida, no braço enfaixado parecia que ficaria uma cicatriz permanente, a testa brutalmente agredida.
Sabrina apontou para o lugar ao seu lado e disse:— Se sente.O homem sorriu levemente e se sentou, segurando um molho de chaves. O chaveiro ostentava um personagem de desenho animado que lhe era vagamente familiar. Sabrina teve a impressão de já ter visto aquilo em algum lugar. Além disso, o personagem de desenho era adorável, o que não combinava com a aparência firme e atraente do homem.— Peço desculpas por esta tarde, eu realmente acabei indo para o andar errado sem querer, espero não ter te causado nenhum transtorno.Sabrina considerou que qualquer pessoa normal acharia absurda a situação de alguém tentar digitar a senha na porta de sua casa.— Não tem problema, eu entendo. – Respondeu ele, com uma voz calma.Sabrina encolheu as pernas, apoiou os pés na cadeira, abraçou os joelhos e repousou a cabeça nos braços.— Meu nome é Sabrina, e o seu?O homem, que tinha lábios finos e um sorriso atraente, respondeu com uma voz suave:— Emerson.Ele fixou o olhar nos olhos brilhantes de Sa