— Quando chegar a hora, deixe a mãe escolher o que ela prefere usar.Embora na casa de Sabrina esses itens não faltassem, ela ainda se sentia emocionada pela dedicação de Emerson. Involuntariamente, ela não conseguia evitar compará-lo com Fabiano. Os dois estavam de pé em frente ao balcão, aguardando que o vendedor embalasse e processasse o pagamento, quando Fabiano, furioso, invadiu a joalheria. Ao avistar as pessoas à sua frente, avançou e agarrou a gola de Emerson, o surpreendendo com um soco no rosto. Emerson ficou atordoado, e o canto de seu lábio rapidamente se partiu, vertendo sangue. Sabrina empalideceu de susto e correu para ajudar Emerson:— Você está bem? Há algo errado?Ela olhou furiosa para Fabiano:— Você enlouqueceu? Por que o agrediu? Fabiano, já te disse várias vezes que terminamos, por que continua me perseguindo assim?Fabiano sorriu maldosamente:— Sabrina, de onde você tira o direito de terminar? Sempre fui eu quem não te queria. Você acha que tem o direito de
Um soco. Dois socos. Três socos. Fabiano foi espancado sem ter a chance de reagir. Os seguranças do shopping, ao perceberem a briga, correram para intervir. Contudo, ao se aproximarem e tentarem separar Emerson, Sabrina prontamente intercedeu:— Parem! Tentem tocá-lo e verão o que acontecerá!O shopping pertencia à família de Sabrina, então os seguranças a reconheceram. Ao ouvirem sua ordem, recuaram imediatamente, sem ousar agir. Observando Sabrina claramente proteger Emerson, Fabiano, humilhado como nunca antes, bloqueou o próximo soco com o braço e, com um movimento ágil, se virou e prendeu Emerson sob si. Justo quando estava prestes a acertar Emerson novamente, Sabrina, não se sabe de onde, encontrou forças, correu para frente e se lançou sobre ele, protegendo o rosto de Emerson com seu peito. O punho de Fabiano acertou suas costas.— Ah... — Gritou Sabrina de dor, seu rosto empalideceu instantaneamente. Seus lábios tremiam levemente e suor frio brotava de sua testa. Ela
Sabrina se sentia cega por todos esses anos ter se envolvido com alguém assim, lamentando os dois belos anos desperdiçados. A polícia chegou prontamente e, após compreender o ocorrido, consultou as câmeras de segurança do shopping. Se confirmou que Fabiano foi o primeiro a agredir e que Emerson agia em legítima defesa, por isso, levaram Fabiano imediatamente. Inicialmente, Emerson e Sabrina deveriam ir à delegacia para colaborar com a investigação. No entanto, como Sabrina estava ferida, a polícia permitiu que Emerson a levasse primeiro ao hospital. Preocupado, Emerson não quis que Sabrina fosse no banco do passageiro, então carregou ela até a calçada e chamou um táxi. Por sorte, havia um hospital nas proximidades, e Emerson acompanhou Sabrina até a sala de emergência. Após a avaliação, o médico confirmou que Sabrina não tinha lesões internas, somente ferimentos superficiais, mas alertou que suas costas ficariam inchadas por alguns dias. O médico prescreveu um medicamento p
O policial ao lado, ao ouvir a conversa, olhou para Fabiano com desdém imediato. — Srta. Sabrina, o que o Sr. Emerson acabou de relatar é verdade? Sabrina acenou afirmativamente:— É verdade. O Sr. Fabiano exagerou, ele bebeu demais ontem à noite e veio à minha casa tentando me estrangular, exigindo que eu pagasse com minha vida por suas flores. Meu marido também está ciente disso. Se vocês duvidarem, podem verificar as câmeras de segurança do nosso andar ou perguntar aos seguranças do nosso condomínio, ele me assediou ontem à noite, e foi meu marido quem chamou a segurança para expulsá-lo. O policial sentiu uma aversão crescente por Fabiano. — Este Sr. Fabiano alegou que você o traiu e ficou com o Sr. Emerson, isso procede? O policial fechou a tampa da caneta, observando Sabrina. Subitamente agitada, Sabrina respondeu:— Ele está falando bobagem! É ele quem ainda está obcecado por sua ex-namorada, mas está tentando me difamar! Ele ainda guarda as flores que a ex lhe deu e
Sabrina, com os olhos arregalados de surpresa, não conseguia acreditar que tais palavras pudessem ter vindo da boca de sua sempre respeitada tia Kayra.— Tia Kayra, o que a senhora está dizendo? Este é meu marido, Emerson. Nos casamos esta manhã, e eu e Fabiano já terminamos há muito tempo. O casamento foi cancelado, a senhora não sabia?Kayra certamente estava ciente disso. Ela havia feito aquela declaração apenas para tentar colocar a culpa em Sabrina, para que a polícia não responsabilizasse Fabiano. Também buscava deixar claro para Sabrina que ela deveria considerar a reputação dos mais velhos de ambas as famílias e não levar as coisas ao extremo. Sabrina não deu nenhuma consideração, abriu a boca e revelou tudo.O rosto de Kayra imediatamente adquiriu uma expressão extremamente feia.Bianca deu um passo à frente e se posicionou em frente a Sabrina, protegendo ela:— Kayra, já esclarecemos a situação entre eles dois naquele dia e concordamos em não trazer isso à tona novamente,
— Irmão! Você voltou! — Exclamou Sabrina, levantando Emerson da cadeira com entusiasmo. Ela soltou a mão dele e correu diretamente para os braços de Álvaro. Álvaro a abraçou e bagunçou o topo de sua cabeça com carinho, olhando ela ternamente.— Tão grande e ainda manhosa.— Você também ficou fora por tempo demais desta vez. — Reclamou Sabrina, insatisfeita.Álvaro tinha estado fora a trabalho por mais de dois meses e, por estar tão ocupado, mal tinha conseguido conversar com Sabrina pelo celular.— Mas agora estou de volta, não estou? — Respondeu Álvaro, soltando ela e caminhando até Bianca com passos largos. Sua expressão amigável desapareceu num instante, substituída por um olhar frio como gelo.Fabiano sentia um certo receio de Álvaro. O irmão mais velho de Sabrina sempre levou muito a sério a proteção à sua irmã. Desde criança, se alguém incomodasse Sabrina, Álvaro estava pronto para defendê-la.Quando estavam no ensino médio, um valentão de outra escola roubou o dinheiro de Sa
— Sempre que minha família inaugura um novo condomínio, minha irmã reserva para mim o apartamento com a melhor localização. Portanto, hoje escolhi aquele que considero o melhor e contratei uma empresa de mudanças para transportar nossas coisas. O que você acha?Após concluir a tarefa, Emerson ponderou se havia agido corretamente.Deveria ter ao menos consultado Sabrina, afinal, agora eles eram casados e qualquer decisão deveria ser tomada em conjunto.— Acho ótimo! — Sabrina expressou sua felicidade sinceramente.Na verdade, mesmo que Emerson fizesse, ela teria sugerido se mudar para outro lugar.Ela realmente precisava morar com Emerson após o casamento e, além disso, a segurança do bairro antigo não era boa, o que aconteceria se Fabiano, aquele desequilibrado, tentasse machucá-la novamente?Que insegurança.Portanto, Sabrina estava muito satisfeita com os arranjos de Emerson.— Eu também já queria me mudar há tempos, não imaginava que você seria tão eficiente. Ha ha, obrigado!Emerso
Para Emerson, era indiferente se ela realizava ou não as tarefas domésticas. Porém, quando ela mencionou "encanto conjugal" com a mais inocente das expressões, o olhar de Emerson mudou instantaneamente. Ele colocou a caixa de joias sobre a mesa de vidro e caminhou até ela com passos firmes, se curvou e encurralou Sabrina entre seu corpo e a parede.— O que foi? Por que essa expressão?Sabrina olhou para cima, piscando.Ela realmente era muito adorável. Especialmente seu rosto, macio e pálido, lembrava um doce. Seus lábios eram rosados e brilhavam com uma camada de orvalho.Emerson estava confuso, pensando por que, sendo ambos humanos, os lábios dela pareciam tão... Apetitosos.A maçã do pescoço dele se movia para cima e para baixo, e sua voz era rouca e profunda:— Sabrina, posso te beijar?Sabrina ficou em silêncio. Ela estava atordoada."Como ele poderia perguntar isso tão diretamente?""Não deveria ele mostrar suas intenções através de ações?"Emerson pareceu perceber que sua perg