Emerson fez uma pausa e continuou: — Espero que você preste mais atenção ao seu comportamento no futuro. Além disso, eu tenho provas das atividades ilegais realizadas pelo Grupo Moura.A expressão de Lavínia ficou ainda mais tensa do que antes. Ela, nervosa, engoliu em seco subconscientemente, tentando aliviar a ansiedade, mas suas mãos tremiam levemente, traíndo seus verdadeiros sentimentos. Ela desejava que Emerson estivesse mentindo, brincando, e não falando sério. Ela havia instruído todos a apagar as provas na época, mas Emerson ainda as tinha. Ela respirou fundo, tentando suprimir o desconforto e caminhou desordenadamente para fora da joalheria. A vendedora acabou de embalar os itens, e ela se aproximou para entregá-los a Emerson: — Senhor, seus itens estão embalados. Emerson passou o cartão para ela: — Pode passar. Após o pagamento, ele guardou o cartão e saiu da loja com Sabrina, carregando as compras. — Sempre encontramos algo "interessante" toda vez que vim
Sabrina não suportava mais. Ela pegou o celular e começou a digitar freneticamente na tela, enviando a seguinte mensagem: [Então morra! Você morre e eu te dou uma segunda chance de me conquistar, certo? Você pode parar de me incomodar? Já acabamos!] Em seguida, Sabrina bloqueou o número com habilidade. Ela nunca imaginou que Fabiano pudesse ser tão insistente. Quando estavam juntos, ele não demonstrava esse tipo de comportamento. Por outro lado, no mesmo dia, Fabiano comprou muita cerveja e voltou para o apartamento onde ele e Sabrina terminaram. Ao encontrar alguns objetos que Sabrina havia deixado no quarto de hóspedes, sua tristeza ressurgiu. Ele sentou na cama e tocou suavemente os lençóis, como se tocasse a pele de Sabrina, com a mente inundada pelas maneiras e sorrisos dela, se perguntando como tudo chegou àquele ponto. Se não fosse por aquele dia, aquele apartamento ainda seria o lar que ele e Sabrina compartilhavam. Tudo tinha acontecido por causa da planta que Lívi
Sabrina disse:— Será que foram as mensagens que enviei que o levaram a isso? Mas juro que não tive má intenção. Ele me incomoda todos os dias...Emerson acariciou o topo de sua cabeça:— Sabi, isso não é culpa sua. Fabiano que não soube lidar com a situação. Ninguém é culpado, entende? Você não deve se culpar, e ainda não sabemos exatamente o que aconteceu. Vamos esperar chegar ao hospital para ver.Sabrina assentiu, seu rosto expressando uma mistura complexa de emoções.O Carro do Vento prateado acelerou e parou em frente ao hospital vinte minutos depois.Sabrina e Emerson rapidamente entraram no elevador.Ao sair do elevador, Sabrina viu que a frente da sala de emergência estava lotada de pessoas.Kayra chorava baixinho nos braços de Vasco, ao lado estavam Michel e outros membros da família Lopes, seguidos por Bianca e Rodrigo.Segurando o braço de Emerson, Sabrina caminhou até eles e, antes de conseguir se estabilizar, Kayra correu em sua direção:— Sabrina! Mesmo que Fabiano tenha
Emerson disse:— Sabrina é minha esposa, você agora está difamando minha esposa, isso não tem nada a ver comigo? — Emerson sorriu ironicamente. — Sra. Kayra, conseguir que minha esposa venha ao hospital hoje já é o meu limite. Te aconselho a ter cuidado com o que diz, para não fazer coisas que machuquem os outros.Não só Kayra, mas o rosto de Vasco também estava muito abalado.Embora ele tenha defendido Sabrina no passado, a pessoa que estava na sala de emergência era seu filho. Naquele momento, seu coração também gerou um ressentimento irracional contra Sabrina.Kayra baixou a cabeça e continuou a enxugar as lágrimas:— Mas Fabiano cortou os pulsos... Ele tentou se matar cortando os pulsos... — Ela fez uma pausa e continuou dizendo. — Sabi, eu te imploro, se divorcie e se case com ele, por favor, eu garanto que ele nunca mais vai te bater, e também posso garantir que ele só vai te amar daqui para frente, de verdade... Eu te imploro... Ele é meu único filho, eu não posso vê-lo sofrer a
Emerson olhou para Vasco ao lado da cama do hospital, caminhou com uma expressão indiferente até ele e, se posicionando ao seu lado, disse: — Sr. Vasco, poderia me acompanhar aqui fora, por favor? Vasco virou a cabeça, o observando atentamente, e respondeu: — Sr. Emerson, há algo que não está bem?Vasco ao encontrar alguém da família Carmo, devia demonstrar o máximo respeito, sem alternativas, pois o pai de Emerson era um empresário e o tio um político, com poderes imensamente vastos. Mesmo que Emerson não fosse o predileto, ao longo desses anos, nunca se discutiu a possibilidade de excluí-lo da família Carmo. Ademais, as pessoas no ambiente empresarial eram muito bem informadas. O fato de Emerson e Sabrina terem jantado na Mansão dos Carmo já era de conhecimento geral. Dalila estava prestes a se casar, e apesar da relutância de Osvaldo, a imensa fortuna da família Carmo eventualmente seria herdada por Emerson. Assim, Vasco também evitava provocá-los. — Aqui está um relatór
Já passava da meia-noite quando Sabrina e Emerson chegaram em casa. A noite estava particularmente silenciosa, e ambos se apressaram para tomar um banho antes de se deitarem. Recostada no peito de Emerson, Sabrina não conseguiu conter as lágrimas. — Não chore mais. — Disse Emerson, enquanto delicadamente enxugava as lágrimas dela com a ponta dos dedos. — Por que eu, que não fiz nada de errado, tenho que carregar toda essa culpa? — Perguntou Sabrina, soluçando ainda nos braços dele. Emerson suspirou, impotente: — Sabi, eles estão errados, não você. Não se puna assim. Sabrina fungou: — A mãe de Fabiano foi tão dura comigo, ela até se ajoelhou para me pressionar. Emerson baixou o olhar e depositou um beijo no topo da cabeça dela: — Não se preocupe, ela não fará isso novamente. Exausta de tanto chorar, Sabrina adormeceu nos braços dele. Observando seus olhos inchados, Emerson se levantou da cama para buscar uma máscara de olhos a vapor para ela e, após roçar seus lábi
Vasco ficou em silêncio.Sabrina e Emerson se levantaram para tomar café da manhã, pensando no que ocorreu na noite anterior. Decidiram visitar Fabiano no hospital mais uma vez, como um último gesto de afeto.Ao passarem por um hortifruti, Sabrina desceu do carro para comprar algumas frutas.Ela colocou as frutas no banco traseiro e retornou ao assento do passageiro.O carro prateado, Carro do Vento, deslizava suavemente pela estrada. Quando se aproximavam do hospital, Bianca telefonou para Sabrina:— Sabi, você e Emerson já foram ao hospital?Sabrina, com os olhos baixos, respondeu desanimada:— Já estamos a caminho. Estamos quase lá.— Está bem. — Bianca suspirou resignada. — Isso não tem nada a ver com você, não se coloque sob pressão. Seja o que for que aconteça, seu irmão e Emerson podem lidar com isso. Você deve se manter feliz, entendeu? Se a Sra. Kayra disser algo desagradável novamente, mande ela falar comigo. Não vou tolerar o mau humor dela.Sabrina sorriu:— Tudo bem, mãe,
"Essa mulher é realmente a Lívia!"A primeira reação de Sabrina foi que Lívia tinha realmente voltado ao país. Lívia, por sua vez, encarava Sabrina fixamente, com um olhar que não denotava amizade. Ela apresentava uma maquiagem delicada e ainda mantinha aquele ar de pureza imaculada, inalterado desde os tempos de ensino médio, quando sua aparência lhe facilitava conquistar o coração de muitos colegas. Naquele ano, ao ser eleita a garota mais bonita da escola, foi seu rosto que garantiu a vitória. — Você é a Sabrina? — Perguntou Lívia, com os lábios rosados se entreabrindo levemente, numa voz suave que trazia uma certa surpresa. Sabrina a observou calmamente, um leve sorriso adornando seus lábios: — Sim. Srta. Lívia, quanto tempo. Ao ser chamada por Sabrina, Lívia se mostrou ligeiramente surpresa. Ela ainda lembrava como Sabrina costumava seguir Fabiano, era evidente para todos que ela nutria sentimentos por ele. Eles cresceram juntos e todos esperavam que formassem um c