Emerson envolveu Sabrina com os braços, brincando com uma mecha de seu cabelo com a ponta dos dedos. Sabrina se recostou em seu ombro, com as bochechas levemente inchadas, como um pequeno hamster. Emerson tocou suavemente sua bochecha com a ponta do dedo, sorrindo de canto:— Não fique brava com esse tipo de pessoa, não vale a pena, pode ser ruim para sua saúdeSabrina instintivamente cobriu o peito, com uma expressão de súbita compreensão:— Você tem razão. Realmente não se deve ficar brava com esse tipo de pessoa.Emerson sorriu e arqueou uma sobrancelha:— Exato.Seu olhar pousou casualmente sobre Sabrina, se lembrando da frase que ela disse durante a refeição: "Ataque surpresa!" Ele soltou o cabelo dela e suavemente tocou sua bochecha:— Sabrina, você esqueceu de algo?— O quê?Sabrina se encostou nele, olhando para cima com grandes olhos límpidos, imóvel. Sua aparência inocente e inofensiva realmente fazia com que Emerson perdesse o controle.— Você me atacou de surpresa. Eu e
Emerson prendeu a respiração repentinamente, e seu coração acelerou alguns batimentos. Sabrina sentiu a mudança em seu coração, e suas bochechas gradualmente ficaram coradas. A voz de Emerson era baixa e rouca, seu olhar, profundo:— O que você acha?Sabrina abaixou a cabeça e, com uma atitude devota, beijou o local do seu coração:— Deve ter, certo?Emerson sentiu o local onde ela beijou começar a aquecer. Ele queria dizer a ela que sim, que lá só havia ela. Mas, naquele momento, sua garganta estava obstruída, e ele não conseguia emitir som algum. Até mesmo sentiu, por um momento, que finalmente havia chegado o dia que esperava. Ele não sabia o que Sabrina estava pensando sobre ele, mas estava disposto a esperar, esperar até que ela se apaixonasse por ele.— Por que você não fala?Sabrina, insatisfeita, fez um bico, e seu pequeno corpo se inclinou para frente, beijando levemente o queixo recém-barbeado de Emerson.— Sim. — Emerson, com a voz embargada, falou com dificuldade. — T
Em um lugar oculto aos olhos dele, eles compartilhavam uma intimidade profunda.Tomado por uma raiva descontrolada, Fabiano pegou o celular e tentou ligar para Sabrina, mas seu número já estava bloqueado.Com um cigarro entre os dentes, Fabiano sorriu amargamente. Seus lábios tremiam enquanto a cinza caía em sua mão, o queimando dolorosamente.A dor física, no entanto, era insignificante comparada à angústia em seu coração.Ela nem sequer lhe deu a oportunidade de se explicar, o ignorando completamente.Ele não conseguia entender por que perdeu o controle apenas por um vaso de flores quebrado, talvez porque sentisse que seu casamento com Sabrina estava iminente e que as expectativas que ele tinha anteriormente não deveriam mais existir.Apesar disso, jamais pensou em terminar tudo com Sabrina.Ele realmente queria passar a vida inteira ao lado dela.Por algo tão insignificante, ela virou as costas e se casou com outro.Com o cigarro ainda entre os dentes, Fabiano fitou o andar superior
Sabrina olhou para ele, confusa:— É impossível, eu definitivamente não posso aceitar um pedido tão absurdo como esse.Emerson a envolveu com os braços sob o chuveiro, olhando ela profundamente:— Você disse naquele dia para eu experimentar o seu sabonete líquido. Indiretamente, isso não é um convite para tomarmos banho juntos? Sabrina, como você pode negar uma coisa dessas?Sabrina ficou sem palavras."Meu Deus, é assim que se insinuação?"Ela olhava para ele, atônita e chocada, sem acreditar que essas palavras tinham saído da boca dele.— Presidente Emerson, quem te ensinou a falar assim? Como você aprendeu a usar as palavras dessa maneira? — Sabrina levantou a cabeça, irritada.Emerson prendeu o riso, segurando sua cintura firmemente e puxando ela para perto:— Quando eu era pequeno, minha família não tinha muitas condições, aprendi isso sozinho, sem professor.Sabrina se sentia resignada.Ela olhou para ele, entre risos e seriedade, e realmente queria perguntar: "Você acredita niss
Há alguns dias, a empregada que foi limpar a casa dele mencionou que as gardênias do quarto estavam todas murchas e perguntou se precisavam ser regadas. Fabiano foi categórico na resposta: "Não é necessário." Ver aquelas gardênias fazia com que ele se lembrasse involuntariamente do motivo pelo qual ele e Sabrina terminaram o relacionamento. Ele até começou a nutrir um ódio subconsciente por Lívia. Se não fosse por ela, Sabrina ainda estaria ao seu lado, bem e feliz. "Ela foi embora, por que precisava me dar uma planta? Isso realmente irrita uma pessoa." Fabiano estava na varanda, repassou mentalmente todas as pessoas que conhecia, odiou todas elas por um momento, mas não conseguiu perceber o próprio problema. Ele não tinha noção de arrependimento. Até naquele momento, continuava a culpar os outros sem perceber que, se não fosse por sua hesitação e incapacidade de esquecer Lívia, ele e Sabrina não teriam chegado àquele ponto. O resultado de ter ficado exposto ao vento frio a noi
Fabiano falou com dificuldade:— Não quero.Kayra estava tão irritada que sentia dor de cabeça. Ela se levantou e andou pelo quarto do hospital duas vezes, olhando para seu filho na cama e perguntou, tentativamente:— Devo buscar Sabrina?Fabiano virou a cabeça rapidamente para olhá-la:— Você pode fazer isso?Michel, que estava ao lado, quase riu de raiva."Então, ele estava esperando por isso. Se machucou só para ver a Sabrina? Que absurdo."Michel se encostou à parede sem falar, ironicamente curvando o canto dos lábios, pensando em uma desculpa para fugir, quando Kayra de repente olhou para ele. Michel se endireitou imediatamente, um pressentimento ruim surgindo em seu coração.Como esperado, no segundo seguinte, ele ouviu Kayra dizer:— Michel, vá ao Bar Céu Estrelado buscar a Sabrina. Diga a ela sobre a situação do Fabiano, diga que fui eu quem pediu para ela vir. Ela não pode recusar o pedido de um parente mais velho, certo?Michel respondeu:— Kayra, isso não me parece certo.
O ambiente no quarto do hospital estava quieto, quase sinistramente silencioso. Michel se apoiava à parede, ouvindo Sabrina e Kayra trocarem farpas, segurando um sorriso com esforço para não rir em voz alta. Ele achava a situação hilária. Pensava que, dado o temperamento dócil de Sabrina, ela simplesmente acataria o que Kayra dizia, mas, contrariamente, recusou de maneira direta e completa. E ainda por cima, recusou com uma voz calma. Michel arqueou uma sobrancelha, observando com interesse as expressões cambiantes de Kayra e Fabiano, curioso para ver como lidariam com o constrangimento."Eles realmente acham que Sabrina é uma pessoa fraca e fácil de ser intimidada?" Como um observador externo, Michel via a situação mais claramente do que eles. Nenhum membro da família Amorim era fácil de intimidar. Mas naquele dia, Kayra estava determinada a fazer Sabrina ir até lá. Ela respirou fundo, suprimindo a raiva interior: — Sabrina, sei que não deveria ter ligado, também sei que voc
Emerson sorriu, e as covinhas em suas bochechas se tornaram claramente visíveis:— Feliz? Claro que estou feliz.Ele ficou um pouco aborrecido porque Sabrina concordou em ir ao hospital e não esperava que ela o levasse junto.As nuvens de preocupação no coração de Emerson se dissiparam completamente, um sorriso surgiu em seus lábios, e ele passou o braço por cima do ombro de Sabrina, depositando um beijo em sua bochecha.Kayra estava quase entediada de esperar no hospital e se surpreendeu por ainda não ter visto Sabrina.Já fazia quase três horas desde que ela havia ligado para Sabrina.O hospital ficava a apenas quarenta minutos de carro do Bar Céu Estrelado, e ela não compreendia por que Sabrina demorava tanto.Enquanto Fabiano mostrava sinais de febre alta e delírio, Sabrina ainda não havia chegado.Justo quando Kayra estava prestes a ligar para apressá-la, a porta do quarto se abriu.Kayra ficou visivelmente alegre ao ver Sabrina, mas assim que percebeu Emerson logo atrás dela, o s