Como não percebi que Caio colocou junto com o dinheiro um bilhete, onde ele me convidava para sair no sábado? Eu devo ter o dobro da idade dele, nunca imaginei que isso poderia acontecer! Na verdade, nunca estive com outro homem que não fosse o Samuel. Entretanto, as coisas tinham mudado e eu estava sozinha e não faço ideia do que fazer. Mas sair com um rapaz não era exatamente o que eu queria. Acho que no momento não quero sair com ninguém.
— Acho que alguém se interessou por você, Diana! Pois ninguém aqui recebe uma gorjeta de cinquenta reais — falou Enzo, em tom de zombaria e olhando para mim.
— Divide com eles, já que sou dona do Café não preciso de gorjeta.
— É justo — Falou olhando para mim, enquanto eu guardava o avental e Enzo continuou — Sandrinha e Vitor, deem um chego aqui – falou fazendo sinal para eles, que juntos terminavam de colocar as cadeiras em cima das mesas.
— Pois não Chefe — falou o rapaz.
— Quero apresentar a vocês a nova dona do Coffee Lovers. Diana, essa morena bonita é nossa Sandrinha e esse é o Vitor, são nossos ajudantes.
— Prazer Sandrinha, prazer Vitor – falei, cumprimentado cada um com um aperto de mão — Não precisa me chamar de chefe, pelo amor de Deus, apenas de Diana, Ok.
— Ok — responderam os dois. — Vou estar sempre por aqui, pretendo fazer o que todos vocês fazem e se precisarem de qualquer coisa, é só me dizer ok?
— Ok — responderam os dois novamente.
— Bom Sandrinha e Vitor suas gorjetas e agora vocês estão dispensados, cheguem no mesmo horário amanhã. Tenham um boa noite –—falou Enzo, entregando a gorjeta que receberam para eles.
— Obrigada e boa noite — responderam os dois ao mesmo tempo, guardando seus aventais antes de irem embora.
— Bom Diana, vamos desocupar sua casa — sugeriu Enzo, guardando o dinheiro num cofre que tinha embaixo da caixa registradora.
— Mas antes, preciso de um café e comer alguma coisa, já que eu saí de casa sem jantar.
— É para já, cafezinho saindo, com creme ou chantilly? — perguntou.
— Quero puro.
— Saindo um cafezinho puro e um pedaço de torta folhada de frango — falou colocando o café e o prato com a torta em cima do balcão. E eu me deliciei com aquele café.
— Enzo quem é que fez essa torta? Que delícia – falei comendo o último pedaço.
— Temos nosso cozinheiro, Seu Vicente, ele trabalha há muitos anos aqui. Mas hoje ele teve que sair cedo, foi com a esposa ao médico. Quando isso acontece, eu costumo cozinhar. Essa torta fui eu que fiz.
— Nossa que delícia, você está de parabéns. Bom, amanhã quando eu conseguir me organizar na casa, eu gostaria de ver o cardápio, tô querendo acrescentar algo e até mesmo dar uma pintura por fora, pois a tinta tá bem apagada.
— Que bom que gostou da torta. Quanto ao cardápio e a pintura de fora, já faz um tempinho que quero fazer isso, porém o Samuel nunca me deu permissão. Vamos deixar essas coisas aí, amanhã venho cedo para cá e termino de ajeitar. Precisamos tirar aquelas coisas da casa — ele falou apagando a luz do Café e juntos subimos.
— Enzo, tem muita coisa, onde vamos colocar isso?
— Tá vendo aquela porta do lado da escada? — ele falou saindo da sala e me mostrando onde ficava a porta.
Eu não tinha percebido ao subir a escada, que do lado direito tinha uma porta, bem perto da entrada da casa.
— Estou vendo e nem tinha notado uma porta neste lugar.
— Essa porta é do deposito do Café, tem espaço para guardar essas coisas. Depois quando você puder, vê direitinho o que dá para aproveitar e o que não der joga fora. Não entendo porque Samuel guardava essas coisas! É tudo coisa velha e do antigo dono.
— Não quero guardar nada disso, quanta porcaria tem aqui! Letreiro antigo, caixas de papelão vazias, enfeites de Natal sujos e velhos, cadeiras quebradas. Nossa quanto lixo, joga tudo fora. Eu tenho enfeites lindos de Natal e vou pegar amanhã.
— Então vamos colocar tudo no quintal e amanhã peço para Sandrinha e Vitor nos ajudar a pôr na caçamba que tem quase em frente ao Café. É do vizinho, mas ele não vai se importar.
Foi exatamente o que fizemos. Tiramos todo o lixo da casa e Enzo ainda me ajudou a limpar. Enquanto um passava o pano no chão o outro tirava pó dos moveis e do sofá. Depois fui lavar o banheiro, enquanto Enzo limpava a cozinha.
Graças a Deus que a casa não era muito grande. Tinha uma cozinha americana pequena, que só servia mesmo para cozinhar, com um balcão preto com quatro lugares separando a cozinha da sala. A sala não era muito grande, mas bastante confortável, com dois sofás, um de três e um de dois lugares, na cor palha. Tinha um quarto enorme na casa, que se levantasse uma parede dava dois quartos, só que um seria suíte. Entretanto não preciso de dois quartos, já que vou morar sozinha. O banheiro social e pequeno, mas muito moderno e bonito. A casa toda por dentro é de um amarelo bem clarinho, com detalhes bem sutis em preto.
— Diana, terminamos — comunicou sentando no sofá.
— To morta e com muito sono — falei, me sentando do lado dele.
— MEU DEUS Diana, são três horas da manhã, nem vi a hora passar — ele falou dando um pulo do sofá e eu no mesmo instante me levantei.
Ficamos um de frente para o outro, quando percebi um certo clima estranho no ar. Corri até minha mala deixando ele ali feito estátua.
— Enzo, dorme no sofá, eu só tenho um travesseiro, no entanto o sofá é confortável e novo, já que fui eu que comprei, sei que é confortável. Pega essa coberta, é fina, mas hoje não está tão frio — falei entregando para ele, quebrando aquele clima estranho que tinha se formado.
— Eu aceito, só preciso passar uma água no corpo, para relaxar — ele comunicou, pegando a coberta.
— Tenho sabonete, shampoo e uma toalha de banho sobrando — falei procurando na mala.
Assim que achei, entreguei para ele que agradeceu e me deu boa noite, pois eu disse a ele que já iria me deitar.
Enquanto Enzo foi tomar seu banho, eu fui para o meu quarto, coloquei roupa limpa na cama, me troquei e fui me deitar.
O sono custou a chegar, já que sempre dormi com a TV ligada e o único barulho que eu estava escutando, era do Enzo saindo do banheiro. Apesar do barulho de carro que passava na rua, visto que o Café ficava quase no centro, a casa era silenciosa e por esse motivo demorei um pouco para pegar no sono.
Acordei com barulho na cozinha, me levantei sonolenta de uma noite mal dormida, coloquei meu roupão por cima da camisola e sentindo um cheiro de café delicioso, fui para o banheiro fazer minha higiene, logo depois fui verificar de onde vinha o cheiro.
— O que está fazendo? — perguntei abrindo a boca de sono.
— Estou fazendo seu café — falou Enzo me olhando. — Pela cara de sono, você não dormiu bem!
— Não dormi mesmo, até eu me acostumar com esse lugar, vai ser difícil eu dormir bem. Mas me diz uma coisa, como conseguiu minha torradeira, sanduicheira e minha cafeteira expresso? — perguntei me sentando no banquinho do balcão da cozinha.
— Fui eu que trouxe amiga. Lembra, te liguei antes de ir à aula e você me disse que estava indo para ficar na casa do Café? Então imaginei que iria precisar das coisas que mais ama, por isso estão aqui — disse minha amiga Isis, entrando na cozinha com pão quentinho e um pedaço grande de torta, que pelo cheiro que vinha de baixo, o cozinheiro já estava preparando o cardápio do dia.
— Isis que alegria te encontrar aqui — falei abraçando minha amiga.
— Acordei o Enzo cedo. Bom eu não imaginava encontrá-lo aqui — falou Isis colocando as coisas no balcão.
— Ele só ficou, porque me ajudou a desocupar a casa essa noite — expliquei a ela ao me sentar novamente.
— Enzo, já me contou tudo, até limparam a casa, por isso está tudo tão cheiroso e arrumado.
— Sim, ele foi um anjo, sou muito grata por sua ajuda Enzo.
— Que isso, não precisa agradecer, você precisava da casa, nada mais justo. Agora vamos tomar café, que ainda vou ter que ir para meu apartamento trocar de roupa, antes de começar a trabalhar.
E ficamos ali nos deliciando com tudo, em ótimas companhias e num papo bem descontraído. Estava tudo tão diferente para mim. A única coisa que não mudava, era a tristeza que estava em meu coração.
Depois do delicioso café, Enzo foi para seu apartamento dizendo que não era para eu me preocupar com o Café. No entanto disse a ele, que só estaria no Café depois de trazer tudo que estava encaixotado na casa do meu ex. Enzo apenas disse que depois do expediente me ajudaria no que eu precisasse.
Isis ficou um pouco mais, lavou a louça do café, enquanto eu me trocava no quarto. Depois sentamos no sofá, e conversamos bastante sobre esse lugar, que para mim era encantador e mágico. Contei a ela sobre o rapaz e Isis só faltou implorar para que eu fosse a esse encontro, mostrei a ela até o livro que ele me emprestou. Depois de muito conversar, ela achou melhor ir embora, já que ela queria chegar em casa antes que o marido e os filhos acordassem.
Isis tinha dois meninos lindos, gêmeos de sete anos de idade, eles estudam na parte tarde, por isso dormem quase toda a manhã. Seu marido é dono de um buffet e trabalha mais aos fins de semanas, então está sempre em casa.
Enfim sozinha novamente, eu peguei um saco de lixo que tinha no armário da lavanderia e fui até o quintal. Tudo que era pequeno e coube no saco, eu joguei fora. Dei um nó na boca do saco, peguei a chave do carro que estava no quarto e desci.
— Bom dia Sandrinha, bom dia Vitor — falei ao descer.
— Bom dia!! — responderam os dois, enquanto desciam as cadeiras das mesas.
— Onde vai com esse lixo? — perguntou Enzo, enquanto limpava o balcão.
— Vou colocar na caçamba. Peguei a miudeza do lixo do quintal e coloquei tudo para jogar fora. É o que vou fazer.
— Entendi, depois jogamos o resto na caçamba.
— Obrigada Enzo — agradeci indo em direção à saída.
— Diana...
— Oi Vitor — respondi me virando para ele, que pegava algo no balcão.
— Quando eu estava chegando para trabalhar, um entregador me parou na porta do Café perguntando por você. Quando eu confirmei que você era a dona e morava em cima, ele me entregou isso, e me fez assinar um papel de recebimento — explicou me entregando uma caixinha bem pequena, do tamanho de uma caixa de lenço.
Estava embrulhada em um papel dourado com uma fita vermelha, que além de deixar o embrulho lindo, amarrava um cartão.
— Obrigada Vitor por receber por mim — agradeci e com o presente na mão fui direto para o carro.
No carro fiquei ali olhando para a caixinha e antes de partir resolvi abrir. Desamarrei o laço e coloquei o cartão em meu colo, desembrulhando a caixa. Fiquei surpresa com o que vi: era uma barra de chocolate personalizado com meu rosto. Era perfeito e muito lindo. Fechei a caixa e resolvi ler o que dizia no cartão. “Que seu dia seja tão doce, quanto esse chocolate, e a sua noite seja tão bela quanto seu lindo rosto. Com amor D.”
— MEU DEUS, quem é D? — pensei em voz alta, olhando para o cartão sem entender nada. O que significa isso? Nunca recebi nada tão lindo assim.
Guardei a caixa de chocolate e o cartão na minha bolsa, liguei o carro e fui direto para a casa da Isis. Eu tinha que conversar com alguém e tinha que ser minha amiga.Estacionei o carro e em seguida desci com minha bolsa. Sem tocar a campainha, entrei chamando por ela em tom baixo, já que ainda eram nove horas da manhã. Eu não queria acordar ninguém.— Isis... − Isis... Cadê você? — entrei procurando por ela.— Aconteceu alguma coisa? — perguntou Isis com o mesmo tom de voz que eu, aparecendo na cozinha. Acho que ela deveria estar no quintal.— Sim aconteceu uma coisa estranha –—falei abrindo minha bolsa — Olha isso — entreguei a caixinha para ela. — Nossa que lindo, chocolate personalizado com seu rosto. Esse tipo de chocolate é muito caro. Quem te deu isso? — perguntou se sentado à mesa e eu fiz o mesm
— Diana, estou entrando.— Isis, parece até que leu meus pensamentos, visto que eu estava aqui pensando em te mostrar isso que acabei de receber — falei me levantado do sofá, para abraçá-la e já mostrei o que recebi.— O que faz aqui no sofá só de roupão? – perguntou ao me abraçar — Essa caixa de coração foi o mesmo rapaz que mandou? — perguntou olhando a caixa e aproveitando, roubou um bombom — Que delicia de bombom!!— Olha, foi sim o mesmo rapaz, só que nesse cartão assinou com a letra “V’’ — falei entregando o cartão para ela, que leu atentamente e me olhando falou:— Com certeza é o mesmo. No entanto estou achando que ele está brincando com você. Tentando te confundir com essas iniciais. Mas ele tem muito bom gosto nas escolhas dos bombons. Não me respondeu porque está só de roupão? — perguntou novamente, se sentando no sofá.— Eu estava no banho quando Enzo me trouxe esse presente, já que deixaram com ele e para não deixá-lo esperando, apena
Acordei com o celular tocando e sem abrir os olhos, me sentei na cama me espreguiçando, porém, ao abrir os olhos levei um susto tão grande, que gritei ao notar Enzo parado na porta do meu quarto me olhando e assustado com meu grito novamente, saiu pedindo desculpa. Fiquei tão nervosa com o susto que levei, que dei um pulo da cama xingando e do jeito que eu estava, só de camisola, fui atrás dele.— Enzo pelo amor de Deus, você parece assombração. Porque fica sempre me assustando? Qualquer hora vou ter um treco — falei gritando, procurando por ele que se encontrava na cozinha.— Desculpe Diana, não era minha intenção. Assim que entrei no quarto você me pegou olhando, foi tudo muito rápido. Eu só vim, porque percebi que deixou literalmente a porta da sala aberta e estranhei. Então vim ver como você estava, já que esqueceu até de trancar a porta, não deveria estar bem. No entanto, acho que deveria se trocar, pois olha como você está — disse Enzo sem graça, me olhando de cima
— Senhor, só pode ser o Caio, já que é com ele que vou sair essa noite — falei em voz alta, ainda andando de um lado para o outro.— Diana, está tudo bem com você aí? — gritou meu tio da porta. Então guardei tudo, me troquei correndo e saí do quarto.— Oi tio, me desculpe! Demorei porque tinha umas coisas para eu guardar e nem vi a hora passar.— Que isso querida, não precisa se desculpar, só fiquei preocupado, pensei que não estivesse bem. Só por isso perguntei — falou, se sentando no sofá.Estava assistido um filme e pelo visto já tinha tomado banho, pois estava perfumado, dava para sentir de longe e seus cabelos ainda estavam molhados.— Estou bem sim, não precisa se preocupar. Tio eu tenho um compromisso marcado para essa noite e já estava combinado faz alguns dias, estou sem graça de desmarcar, pois é tipo um encontro com um amigo. O senhor se importa se eu for? — perguntei, me sentando do lado dele.— Claro que não Diana. Você é jovem e prec
Fiquei ali no meio da pista parada, enquanto todos dançavam ao meu redor. Não foi um sonho, pois ainda sinto seu gosto em meus lábios e acho que o responsável por me deixar nas nuvens, gosta de bala de canela já que é esse o gosto que sinto em minha boca. Como pode um beijo mexer tanto comigo? Meu corpo todo reagiu a esse beijo. “Mas quem é esse homem?” pergunto para mim mesma, olhando para todos os lados na pista, porém há tanta gente aqui que nunca vou descobrir quem é. A não ser, que ele se manifeste.— ME DESCULPE, DEMOREI PORQUE O BANHEIRO TINHA ATÉ FILA — Caio grita ao chegar, me assustando, já que eu estava bem concentrada observando as pessoas à minha volta.— EU IMAGINEI MESMO QUE DEVERIA ESTAR LOTADO.— ENCONTREI SEU AMIGO SAINDO DO BANHEIRO, ELE ESTAVA SEM MÁSCARA, POR ISSO O RECONHECI.— O ENZO? — pergunto gritando, já que foi o único que veio na minha cabeça e se for ele mesmo, minhas desconfianças estão certas. Enzo pode ter me beijado.
— Meu Deus, quem é esse homem? — falei em voz alta, admirando as fotos que tinha dentro da caixinha.Em uma das fotos eu estava com um copo na mão conversando com Caio, porém o Caio estava de costas, mal dava para ver ele. Em outra foto, eu estava de olhos fechados com os braços para cima, foi antes de eu girar na pista sozinha e na última foto, eu estava beijando alguém, de quem só dava para ver as costas. Não dava para ver a cor de seus cabelos, que estavam encobertos por um capuz. Mal dava para ver quem era.Procurei por um cartão, mas não encontrei. Deduzi então que ele poderia ter escrito atrás de uma das fotos e comecei a olhar em todas. Foi na do beijo que ele me deixou um recado que dizia: ‘’Você era a mulher mais linda do clube e tem os lábios mais macio que um algodão... Que beijo foi aquele... Só confirmou o que eu sentia por você e tudo o que mais quero é ter você em meus braços. Princesa acredite, ainda vamos ficar juntos. Com amor S.’’Essas
— Diana...— Sai daqui seu filho da mãe!!! Some, vai embora.!!! — gritei, fechando a porta do banheiro na cara do Samuel.— A gente precisa conversar!!! — gritou ele da porta.— Não precisamos conversar, já nos separamos esqueceu? Só acho que você deveria sumir daqui e nunca mais voltar. Vai embora!!! — gritei, dando um murro na porta do banheiro e toda molhada, eu desci escorregando pela parede e me sentei no chão, em sinal de desânimo total.— Samuel, melhor você embora. Diana não estava preparada para te ver aqui. Vai por favor e não volte mais — ouvi do banheiro, Enzo falando com Samuel.— Enzo, eu preciso falar com ela. Desde o dia que ela me pegou naquela festa na cama com outra, nunca mais conversamos — ouço Samuel se explicando para o Enzo.— O tempo cura as feridas, então dê um tempo para ela. Agora por favor, vai embora. — Enzo continuava insistindo que ele fosse embora.— Você tem razão, eu darei o tempo que ela precisar. Vou indo
Três dias se passaram, faltava pouco para o Natal e depois daquele episódio estranho no Café com aquela garota, algo mudou aqui, já que o movimento do Café aumentou e várias vezes Enzo teve que me chamar em casa, para que eu fizesse aquele café que minha mãe sempre preparava e o mais estranho é que muitas garotas e garotos com problemas de relacionamento, vinham pedir esse café e todos eles saíam daqui como se seus problemas estivessem resolvidos. Porém para mim, o café não resolveu em nada. No entanto estava vendendo muito desse café, eu quase não saía da cozinha onde eu o preparava.— Diana, Caio está aqui e pediu esse café especial. Qual o segredo desse café? Porque todo mundo agora só quer tomar ele? — perguntou Enzo, confuso.— Enzo, essa é uma pergunta que não posso responder, já que a única coisa diferente que vai no café são as gotas de chocolate, canela e raspa de limão. Não tem segredo nenhum.— Já que não tem segredo, prepara um para mim, quero ver o que