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*Ponto de vista do André*Eu me lembrava bem de todas as informações que tinhamos recebido na agência quando Clara foi para aquele cativeir0 com a Cristina, não foi difícil achar a casinha que ela havia descrito, observei por alguns dias a movimentação e então invadi, acabando com os três homens e libertando as garotas, eu fiz tudo sem envolver a agência, mas quando libertei as garotas, enviei uma mensagem à agência para buscá-las.Eu sabia que Clara não estava mais ali, mas quando entrei para vasculhar a casa em busca de pistas, ainda assim senti um aperto no coração por imaginar ela ali, e também por pensar naquelas meninas tão jovens que estavam naquela situação precária.Deixei um recado na porta preso por uma faca de cozinha, essa seria minha marca, eu iria atrás deles, ia vingar a minha filha e todas as garotas que eles haviam maltratado e eu já havia começado dias antes, quando sequestrei a Cristina.- Olá, hospede- Falei entrando naquele porão onde havia escondido a Cristina.
*Ponto de vista de Clara*O olhar de Arben sobre mim me dava calafrios, ele parecia um homem frio e cruel, bem diferente do outro dia que até demonstrou alguma gentileza e cordialidade. A forma que ele segurou meu braço me assustou, era firme e até mesmo possessivo, ele praticamente me arrastou até seu quarto e eu engoli seco pensado que de uma forma ou de outra, aquele seria meu fim, eu não tinha forças para me livrar dele, e se conseguisse fugir, não poderia ir além dos portões e ele me encontraria mais cedo ou mais tarde.Arben me jogou para dentro do quarto e olhou ao redor para se certificar de que não havia mais ninguém por perto, então fechou a porta atras de si a trancando, me olhando de um jeito que eu não conseguia identificar qual seria seu próximo passo, mas então ele desabotoou o terno tirando e jogando na poltrona, seu olhar era tão intenso que eu não conseguia me mexer, eu estava em pânico.Ele afrouxou a gravata e abriu dois botões da camisa, eu engoli seco e tentei em
*Ponto de vista do Arben*Aqueles olhos azuis intensos me tiraram da escuridão e ela nem faz ideia disso, pensei enquanto tomava banho aquela noite e então me lembrei de toda a minha jornada, de quando conheci a minha esposa, de como fomos felizes apesar da máfia, eu tinha conseguido me casar com a mulher que eu amava, uma brasileira linda que conheci em uma das muitas idas ao Brasil para tratar de negócios, ela trabalhava num hotel e sempre me atendia muito bem, um dia a encontrei chorando quando cheguei e pela primeiria vez na vida me importei com outro ser humano, o meu pai diz que ela me tornou um homem mais fraco, eu digo que ela me tornou humano.Não foi fácil esconder dela quem eu realmente era, mas por algum tempo conseguimos seguir com uma ótima amizade, depois um namoro a distância até que decidi me revelar, ela ficou chocada a princípio, mas ela me amou acima do
*Ponto de vista de Clara*- Dr0ga, Dr0ga, dr0ga.- Eu dizia sem parar enquanto pegava uma mochila e colocava algumas coisas minhas dentro. Não acredito que fiz isso... pior de tudo, eu teria deixado ele me beijar de verdade, eu até abri os meus lábios quando senti o toque dos lábios dele nos meus... o que eu atava pensando? Ah sim, eu não estava pensando... to carente demais, nervosa demais, to maluca, só pode.Parei de remoer aquele semi-beijo e foquei no que precisava levar para Anila, peguei tudo o que precisava no quartinho dela e depois desci na cozinha para pegar alguma coisa de comida, qualquer coisa que pudesse levar, encontrei na cozinha aquela mesma mulher, e ela me entregou uma bolsa pronta, provavelmente a que havia preparado quando pensou em levar Anila.- Coloquei o suficiente para dois dias, espero que encontrem um lugar seguro até lá.- Ela disse com o
*Ponto de vista do André*Estava sendo fácil até demais acabar com cada cativeir0 da máfia albanesa, até que não foi mais... é como aquele efeito dominó, um derruba o outro até que acabam os dominós ou então há um espaço muito grande entre duas peças. E chegou esse momento. Na quarta casa que fui "visitar", já estavam me esperando, apenas fingiram que estavam distraídos, mas quando me aproximei, dois homens vieram na minha direção.- Até que enfim alguém me recebe em uma dessas casas, ja estava cansado de não ter ninguém para conversar, sabe?- Falei sorrindo e pegando algumas facas... e essas não eram de cozinha, eram facas próprias para atirar, também conhecidas como facas de arremesso, projetadas especificamente para serem lançadas com precisão, por isso
*Ponto de Vista de Clara*Aquele túnel era completamente assustador, havia insetos de vários tipos, o que incluía baratas que faziam um som crocante enquanto eu andava, decidi correr o mais rápido que pude para chegar ao fim daquele túnel que me fazia sentir dentro de um pesadelo. Quando finalmente alcancei uma porta vermelha no fim do túnel, abri e estava em frente a uma escada, subi e estava em uma casa bem bonita, não parecia abandonada, pelo contrário, era muito bem cuidada e limpa, havia inclusive comida nos armários e tudo o que uma pessoa pode precisar para viver, infelizmente eu e Anila não poderíamos ficar ali.Fui até a garagem e encontrei não um carro comum, mas uma caminhonete e atrás dela, na carroceria estava uma moto coberta. Fazia muitos anos que eu não pilotava uma moto, mas achei ótimo ter ela ali, iria de caminho
*Ponto de vista do André*Quando me senti melhor, nem Arben e nem seu homem de confiança estavam mais naquela casinha, então decidi partir, a mulher praticamente me obrigou a comer uma boa refeição antes de pegar a estrada e depois eu saí dali, meio sem rumo, decidi que ia até a Grécia e de lá para o Brasil. A Grécia fica ao Sul da Albânia, então peguei o carro e dirigi em direção à cidade de Kakavia.Observei na estrada uma mulher em uma moto com uma criança, aquilo provocou arrepios em mim, a criança era tão pequena, aquilo era um risco, mas enfim, o que eu podia dizer, as coisas eram mesmo bem diferentes na Albania, e sabe-se lá qual era a história da mulher e da criança, ela pelo menos prendeu a criança em si com aquele pano do qual não me lembro o nome, mas era mesmo bem útil, eu mesmo
*Ponto de vista de Clara*O vento ainda carrega o cheiro do mar enquanto desembarco do ferry. Meus olhos percorrem o porto de Ancona, a cidade parecia tranquila apesar de logicamente ser um lugar de passagem de muitas pessoas, misturando agitação e serenidade. Haviam colinas ao fundo com casinhas e igrejas espalhadas, mas o grande destaque era a Catedral de San Ciriaco. Ancona não é apenas um ponto de passagem, para mim será um ponto e recomeço, é aqui que pretendo descobrir os meus próximos passos. Decidi ir até aquela catedral que tanto me chamou atenção.Quando vi a catedral diante de mim, senti como se estivesse entrando em um outro tempo, um outro mundo, ela tinha uma linda fachada de mármore com uma escada que subi devagar olhando aquela bela arquitetura, até Anila estava curiosa olhando com seus olhinhos verdes atentos, ela amou principalmente os mosaicos coloridos. Fiquei ali por um tempo, procurando alguma conexão com Deus, só agradeci por estarmos a salvo. Depois perguntei a