*Ponto de vista de Clara*
- Dr0ga, Dr0ga, dr0ga.- Eu dizia sem parar enquanto pegava uma mochila e colocava algumas coisas minhas dentro. Não acredito que fiz isso... pior de tudo, eu teria deixado ele me beijar de verdade, eu até abri os meus lábios quando senti o toque dos lábios dele nos meus... o que eu atava pensando? Ah sim, eu não estava pensando... to carente demais, nervosa demais, to maluca, só pode.
Parei de remoer aquele semi-beijo e foquei no que precisava levar para Anila, peguei tudo o que precisava no quartinho dela e depois desci na cozinha para pegar alguma coisa de comida, qualquer coisa que pudesse levar, encontrei na cozinha aquela mesma mulher, e ela me entregou uma bolsa pronta, provavelmente a que havia preparado quando pensou em levar Anila.
- Coloquei o suficiente para dois dias, espero que encontrem um lugar seguro até lá.- Ela disse com o
*Ponto de vista do André*Estava sendo fácil até demais acabar com cada cativeir0 da máfia albanesa, até que não foi mais... é como aquele efeito dominó, um derruba o outro até que acabam os dominós ou então há um espaço muito grande entre duas peças. E chegou esse momento. Na quarta casa que fui "visitar", já estavam me esperando, apenas fingiram que estavam distraídos, mas quando me aproximei, dois homens vieram na minha direção.- Até que enfim alguém me recebe em uma dessas casas, ja estava cansado de não ter ninguém para conversar, sabe?- Falei sorrindo e pegando algumas facas... e essas não eram de cozinha, eram facas próprias para atirar, também conhecidas como facas de arremesso, projetadas especificamente para serem lançadas com precisão, por isso
*Ponto de Vista de Clara*Aquele túnel era completamente assustador, havia insetos de vários tipos, o que incluía baratas que faziam um som crocante enquanto eu andava, decidi correr o mais rápido que pude para chegar ao fim daquele túnel que me fazia sentir dentro de um pesadelo. Quando finalmente alcancei uma porta vermelha no fim do túnel, abri e estava em frente a uma escada, subi e estava em uma casa bem bonita, não parecia abandonada, pelo contrário, era muito bem cuidada e limpa, havia inclusive comida nos armários e tudo o que uma pessoa pode precisar para viver, infelizmente eu e Anila não poderíamos ficar ali.Fui até a garagem e encontrei não um carro comum, mas uma caminhonete e atrás dela, na carroceria estava uma moto coberta. Fazia muitos anos que eu não pilotava uma moto, mas achei ótimo ter ela ali, iria de caminho
*Ponto de vista do André*Quando me senti melhor, nem Arben e nem seu homem de confiança estavam mais naquela casinha, então decidi partir, a mulher praticamente me obrigou a comer uma boa refeição antes de pegar a estrada e depois eu saí dali, meio sem rumo, decidi que ia até a Grécia e de lá para o Brasil. A Grécia fica ao Sul da Albânia, então peguei o carro e dirigi em direção à cidade de Kakavia.Observei na estrada uma mulher em uma moto com uma criança, aquilo provocou arrepios em mim, a criança era tão pequena, aquilo era um risco, mas enfim, o que eu podia dizer, as coisas eram mesmo bem diferentes na Albania, e sabe-se lá qual era a história da mulher e da criança, ela pelo menos prendeu a criança em si com aquele pano do qual não me lembro o nome, mas era mesmo bem útil, eu mesmo
*Ponto de vista de Clara*O vento ainda carrega o cheiro do mar enquanto desembarco do ferry. Meus olhos percorrem o porto de Ancona, a cidade parecia tranquila apesar de logicamente ser um lugar de passagem de muitas pessoas, misturando agitação e serenidade. Haviam colinas ao fundo com casinhas e igrejas espalhadas, mas o grande destaque era a Catedral de San Ciriaco. Ancona não é apenas um ponto de passagem, para mim será um ponto e recomeço, é aqui que pretendo descobrir os meus próximos passos. Decidi ir até aquela catedral que tanto me chamou atenção.Quando vi a catedral diante de mim, senti como se estivesse entrando em um outro tempo, um outro mundo, ela tinha uma linda fachada de mármore com uma escada que subi devagar olhando aquela bela arquitetura, até Anila estava curiosa olhando com seus olhinhos verdes atentos, ela amou principalmente os mosaicos coloridos. Fiquei ali por um tempo, procurando alguma conexão com Deus, só agradeci por estarmos a salvo. Depois perguntei a
*Ponto de vista de Clara*- Meu Deus, Meu Deus.- Falei colocando as mãos na boca.- Você falou, querida?Abracei a pequena a pegando no colo e abraçando apertado, ela não entendeu a minha emoção e colocou a mãozinha no meu rosto secando uma lágrima que descia enquanto eu a observava me olhando com aqueles olhos verdes brilhantes que agora eu tinha uma grande suspeita de onde tinham vindo. Comecei a conectar todas as informações...Anila se acalmava ao me ouvir cantar e falar em português, ela havia sido sequestrada pelo Don, André tinha uma filha que supostamente tinha sido morta pelo Don, os olhos... aqueles olhos... Meu Deus... era ela, Anila era a filha perdida do André e ela estava ali nos meus braços.A pequena começou a ficar incomodada com o tanto de vezes que a abracei apertado então sinalizou para o parquinho, eu a coloquei no chão a deixando ir e foi então que recebi a tão esperada mensagem de Hanna com um endereço para onde eu deveria ir, no entanto, ela me ligou em seguida.
*Ponto de vista do André*Eu gostaria de ter vindo para a Grécia em ou outro momento, em outras condições, poder aproveitar todos os passeios que os turistas fazem, então me sentei na recepção do hotel, peguei um folheto e li inteiro, para fazer de conta que tinha visto alguma coisa, ou, se visse pelo caminho antes de ir embora, poderia reconhecer os pontos turísticos.A Grécia é um país repleto de história, cultura e paisagens deslumbrantes. Aqui estão algumas das principais atrações turísticas que você pode explorar:Acrópole de Atenas: Um dos sítios arqueológicos mais famosos do mundo, com o icônico Parthenon.Meteora: Mosteiros construídos no topo de formações rochosas impressionantes, um Patrimônio Mundial da UNESCO.Ilhas Gregas: Como Santorini, Mykonos e Creta, famosas por suas praias, vilas pitorescas e cultura vibrante.Delfos: Um antigo local sagrado dedicado ao deus Apolo, conhecido pelo Oráculo de Delfos.Antiga Olímpia: O berço dos Jogos Olímpicos, com ruínas fascinantes
*Ponto de vista de Clara*A viagem de avião foi muito tranquila, minha pequena era muito comportada, foi uma pequena dama durante o voo e eu estava cada vez mais encantada por ela que agora havia começado a falar um pouco mais comigo, já avisava com palavras quando estava com fome, quando queria usar o toilette ou quando sentia algum desconforto e também perguntava insistentemente "cadê o papai?".Aquilo partia o meu coração, afinal era uma pergunta que eu mesma fazia o tempo todo, onde estava o André agora? Nem posso imaginar a dor que ele está sentindo ao pensar que perdeu a filha, a maldade daqueles albaneses não tinha limites.Na hora do almoço perguntei pra pequena com carinho.-Meu amor, você sabe o seu nome de verdade?E ela olhou para mim enquanto comia o seu macarrão com cara de quem estava a pensar no assunto, depois que engoliu a comida ela respondeu.-Sabo- nem corrigi, primeiro porque achei uma graça e segundo porque estava feliz demais.-E qual é o seu nome de verdade, q
*Ponto de vista do André*Acordei com as forças renovadas e o dispositivo estava quase pegando fogo de tão quente, no entanto, mostrava imagens de Rafik em diversas localizações, peguei um papel, tracei uma linha e fui marcando os dias e locais como numa linha do tempo, assim pude entender o trajeto que ele fez, onde esteve em cada dia, calculando o modo de operar dele enquanto olhava se naquela determinada cidade alguma coisa diferente havia acontecido durante a passagem dele, e olha que interessante.Descobri diversos roubos em lojas na calada da noite, sempre no mesmo dia que ele estava na cidade. Primeiro foi uma loja de departamentos onde pelo jeito ele renovou o guarda roupas, na outra cidade foram equipamentos eletrônicos, em outra, equipamentos de aventura e camping e por último roupas e equipamentos de surf e mergulho.Ele estava planejando alguma coisa e estava indo cada vez mais para perto do mar de acordo com a minha linha do tempo, e quando tracei a mesma linha em cima de