**CLARA**Quando chegamos na base secreta, logo fomos para uma reunião, lá encontramos outra jovem como eu, a Lívia, Kevin havia resgatado ela ainda na adolescência e a recrutado, também havia um homem mais velho que nos pediu que o chamasse somente de chefe, ele seria o responsável pela missão. Ele olhava com desconfiança para André que parecia intimidado pelo homem.- Vou direto ao ponto, Clara vai se infiltrar voltando ao esquema.- O homem falou sem rodeios me causando uma vertígem.- Isso é um absurdo.- André não se conteve.- Como, agente? Lembre-se que isso é insubordinação antes de levantar a voz para mim novamente.- O homem disse com o dedo na cara de André.- Me desculpe, senhor.- Ele abaixou o tom- Eu quis dizer que não compreendo a ideia, poderia explicar melhor como vai funcionar?- Melhor assim.- O chefe disse.- Clara procuraria a pessoa que lhe deu o cartão e diria que esta na cidade, ele deverá coloca-la em contato com a recrutadora que provavelmente a levará para o nov
Antes que eu saísse no dia seguinte, o chefe me procurou avisando de uma mudança de planos, ao invés de eu procurar pelos raptores, deixaria eles me encontrarem, deixar que me ameaçassem para voltar ao esquema, assim tudo ficaria mais realista. Então ele me meu o endereço de uma pequena pousada onde eu deveria me hospedar, e depois eu deveria fazer compras, tomar café no lado de fora de uma cafeteria...enfim, ficar bem à vista.O primeiro dia foi muito tranquilo, cheguei na pousada que tinha um estilo bem simples e delicado, parecendo uma casa de bonecas, ali tomei um relaxante banho de banheira e depois saí...comprei roupas, fiz massagem, fiz as unhas e uma escova progressiva no meu cabelo.No segundo dia eu estava tomando café em uma clássica mesinha francesa na calçada quando Cristina sentou-se na minha frente.-Olha quem está de volta! - ela disse animada como se estivesse falando de uma ótima vida para a qual eu ia voltar.-Cristina.- a cumprimentei com um aceno de cabeça.- vim f
- Casa bonitinha.- Eu disse quando paramos e Cristina desceu do carro, desci em seguida e continuei falando, para dar dicas da localização para André e minha equipe- Esse tom vermelho faz todo sentido... sabe que no Brasil há pessoas que chamam os lugares de prostituição de "casa da luz vermelha"?- Fique calada Clara.- Cristina me repreendeu com olhar fulminante. Calaro que ela sabia da casa da luz vermelha, ela tinha um bordel no Brasil quando foi recrutada para esse trabalho que faz atualmente.- Mas é bonitinha assim mesmo, varandinha de madeira, dois andares... as garotas atendem aqui mesmo agora?- perguntei com cinismo na voz e ela continuou me olhando como se quisesse me esfolar viva.- Mas é claro que não- Cristina riu- Somos um serviço de luxo, pequena. Aqui é só a casa das meninas, acho que você vai gostar, vai se sentir feliz em cuidar delas, são todas muito jovens.- Muito jovens quanto? - Perguntei horrorizada, era pior do que eu pensava que seria, eu preciso me concentra
Cristina e o Dom Arian foram embora mas antes ela me entregou uma sacola com roupas novas e maquiagem dizendo.-Esteja pronta em meia hora, vou voltar para te buscar, almoçaremos juntas e depois você irá para o hotel, seu cliente ficará feliz em revê-la.- Ela falou segurando meu queixo e me olhando com soberba.Me afastei dela com raiva, se tem alguém que eu odeio nesse esquema é a Cristina, ela é pior do que os homens no comando porque sendo mulher, aceita tudo o que estão fazendo com outras mulheres e não está nem aí, como pode alguém ser tão fria, certamente ela é uma psicopata sem coração.Eu estava pronta aguardando quando ela voltou.- Muito bem princesinha- Ela estava com raiva.- Parece que você caiu nas graças do chefe então será protegida e não posso mexer com você, mas tudo bem, vamos esquecer o passado e tentar trabalhar juntas dessa vez.- Ela parecia estar frustrada com a atenção do chefe sobre mim.- Tudo bem- me limitei a responder e passei o restante do almoço calada.
***ANDRÉ***Na noite anterior à ida da Clara para essa missão, logo que Clara saiu do meu quarto, fiquei remoendo tudo, eu precisava consertar as coisas…salvar minha filha, salvar Clara, acabar com essa coisa de agente duplo, afinal, o que Clara ia pensar a meu respeito quando soubesse que eu era um dos infiltrados.Saí da base pensando que não tinha sido visto, mas logo que cheguei a uma praça, Rafik me alcançou.- Quando a gente foge para beber, normalmente convida um amigo, sabia?- Ele disse com a mão no meu ombro. Definitivamente ele era uma pessoa que amava toque.- Eu não vim beber, precisava respirar… e usar o celular, sei que não posso usar lá na base.- Expliquei.- E também está em pânico porque a garota que você gosta vai entrar no ninho das cobras.- Ele deduziu perfeitamente.- O que quer dizer?- Tentei em vão disfarçar.- Estou nesse negócio desde os treze anos de idade, ou seja, há doze anos. Dá para aprender um bocado sobre as pessoas.- Ele explicou com paciencia.- e você
***ANDRÉ***Na noite anterior à ida da Clara para essa missão, logo que Clara saiu do meu quarto, fiquei remoendo tudo, eu precisava consertar as coisas…salvar minha filha, salvar Clara, acabar com essa coisa de agente duplo, afinal, o que Clara ia pensar a meu respeito quando soubesse que eu era um dos infiltrados.Saí da base pensando que não tinha sido visto, mas logo que cheguei a uma praça, Rafik me alcançou.- Quando a gente foge para beber, normalmente convida um amigo, sabia?- Ele disse com a mão no meu ombro. Definitivamente ele era uma pessoa que amava toque.- Eu não vim beber, precisava respirar… e usar o celular, sei que não posso usar lá na base.- Expliquei.&
*Clara Narrando*Cristina bonificava as garotas com compras e boas comidas quando elas faziam um "bom trabalho", como eu havia me saído bem no suposto encontro, fomos almoçar em um ótimo restaurante, logicamente em uma sala reservada, como tudo o que eles faziam, era sempre muito escondido.No inicio comí em silêncio a comida de Cristina escolheu para mim, mas depois de repassar tudo em minha mente, decidi tentar tirar alguma informação dela, apelando para a única coisa que tínhamos em comum: a nacionalidade.- Você pretende um dia voltar para o Brasil?- Perguntei casualmente- Tem saudade?- Ah Clara, você é sempre tão inocente... chega até mesmo a ser fofa, porq
*Ponto de vista do André*Após conversar com a Clara e vê-la tão linda, mais uma vez meu coração se apertou, eu estava tomando um café na cozinha da base com o pensamento longe quando Rafik chegou e ele estava bem estranho.- O que houve?- Perguntei preocupado ao vê-lo abrindo os armários e enchendo sua mochila com barras de cereais, isotonico, água e outras coisas que mais pareciam comida de camping, ele pegava tudo rápido e jogava la dentro como se estivesse fugindo, e, claro, levou um susto quando me viu.- Ah cara, me enviaram para uma missão na montanha, resgate... vou ter que ir mata a dentro e é urgente.- Ele falou mas estava muito nervoso, nem parecia o cara de sangue frio com quem convers