Cinzas do Amor
Cinzas do Amor
Por: Otávio Coelho
Capitulo 1

O dia estava propício para um passeio. Parecia que a escola de NortWester sabia disso ao marcar uma visita à reserva florestal da cidade, levando os alunos do 9º ano para uma atividade de biologia. A proposta era catalogar plantas estudadas ao longo do ano e registrar instantes da natureza, desde pássaros e insetos até paisagens encantadoras.

De pé, no ônibus, a professora Clarissa, uma mulher de quarenta e poucos anos, passava as instruções: — Alunos, prestem bastante atenção. Não nos afastem do grupo, pois a reserva é extensa e temos horário para retornar. Vocês podem formar equipes de até cinco pessoas para tornarmos a atividade mais eficiente.

Entre o grupo animado, destacava-se Sophie Lancaster, uma menina de 14 anos cuja energia contagiante e olhar curioso captavam cada detalhe do mundo ao seu redor. Seus cabelos castanhos, levemente ondulados, caíam de maneira despretensiosa sobre os ombros, como se tivessem sido esculpidos pela própria natureza, combinando perfeitamente com sua personalidade autêntica e alegre. Vestida com uma camiseta branca simples e shorts azuis, Sophie mal podia conter sua empolgação pela excursão.

Enquanto os alunos se preparavam para desembarcar, Sophie permaneceu um pouco para trás, observando pela janela.

"Sophie, venha cá!", chamou a professora com um sorriso afetuoso e uma voz calorosa que fez a menina se sentir imediatamente acolhida.

Ajustando a mochila com cuidado e um toque de distração, ela respondeu: "Estou quase pronta, professora!", e seguiu em direção ao grupo, com os olhos repletos de sonhos e curiosidade.

A conversa entre as crianças era animada e cheia de histórias inventadas. Lucas, um dos amigos de Sophie, comentava sobre os animais que imaginava encontrar, enquanto Mariana, com seu jeito doce, ouvia encantada.

"Eu ouvi dizer que tem uma cachoeira bem escondida aqui dentro, onde ninguém jamais esteve!", exclamou Lucas, os olhos brilhando de empolgação.

"Sério, Lucas?", perguntou Mariana, sorrindo timidamente. "Será que a gente pode ir ver?"

Sophie, que acompanhava a conversa enquanto caminhava, interveio com leveza:

"Acho que seria legal! Mas vamos aproveitar tudo o que o parque tem a nos oferecer, sem pressa, tá?"

Após uma longa caminhada por trilhas que se alternavam entre sombra e sol, o grupo alcançou um ponto de descanso próximo à reserva, onde a natureza se mostrava em sua plenitude. Foi então que, de repente, um grito angustiante rompeu o silêncio:

"Olhem! O ônibus está pegando fogo, alguém ajude, tem gente la dentro!", exclamou um menino, a voz trêmula de pânico.

Num instante, a atmosfera descontraída se transformou em um cenário de alerta e preocupação. Enquanto os professores corriam para avaliar a situação, os alunos se aglomeravam, divididos entre o medo e a curiosidade.

Dentro do ônibus em chamas, uma criança permanecia presa, seus gritos se misturando ao crepitar das labaredas. Sem pensar duas vezes, Sophie, lembrando-se das aulas de primeiros socorros e da disciplina que sua mãe sempre incentivava, correu em direção ao veículo, ignorando o perigo iminente. Com passos firmes, ela abriu a porta, enfrentando o calor intenso e o cheiro forte de fumaça que invadia o ar.

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