Eu estava com a cabeça baixa, segurando a mão do meu marido que ainda não tinha acordado, mesmo trinta e seis horas depois da cirurgia. O médico tinha acabado de me dizer que ele estava estável e só nos restava aguardar, quando senti sua mão apertar levemente a minha. Ergui a cabeça e olhei imediatamente pra ele, vendo aquele par de olhos violeta me iluminarem novamente.- Alessandro, meu amor! Até que enfim... – Sorri pra ele. – Vou chamar o médico, não se mexa e não tire nada do lugar.Fui até o balcão dos enfermeiros que ficava em frente ao leito de UTI em que meu marido e estava, avisei que ele havia acordado e voltei correndo para ficar ao seu lado.- Meu amor, eu tive tanto medo. – Falei segurando outra vez sua mão.- Quer dizer que o paciente mais visitado desse hospital acordou. – Dr. Estênio entrou sorrindo e se apresentou para ele. – Alessandro, você está no hospital porque foi baleado. Vou te examinar, faça o que eu disser, por favor.O médico fez uma avaliação básica de fo
“Junqueira”Já estou nesse inferno há um mês! Como as coisas deram tão errado? Eu tinha um plano perfeito! Eu roubei milhões daquela empresa durante anos, mas na hora de dar o golpe fatal tudo desandou. A culpa é daquela mulherzinha. A Catarina entrou no meu caminho na noite em que os pais do Alessandro morreram. Era pra ele ter morrido também, mas estava com aquela sonsa. Desde aquela noite as coisas começaram a dar errado.Agora eu estou aqui, jogado nesse inferno imundo e fedorento. E eu nem consegui matar aquele estúpido do Alessandro. Eu atirei nele e antes que eu pudesse puxar o gatilho pela segunda vez, eu fui atingido na perna. No hospital o médico explicou que a bala se fragmentou e destruiu as terminações nervosas e a vascularização no local, seria impossível reconstruiu, então amputaram a minha perna inteira, quase na virilha, seria impossível a colocação de uma prótese. Agora eu dependo dessas malditas muletas para andar.Depois que cortaram a minha perna, me transferiram
“Heitor”Eu já não sei mais o que fazer para convencer a Samantha a me perdoar. Já faz muito tempo... Onde eu estava com a cabeça quando caí na armadilha daquela peste da Isabella. Mas eu tenho que dar um jeito, eu não consigo esquecer a Samantha.Encontrei com ela ontem na casa do Mellendez. Ela está ainda mais linda! Mas não me deu chance nem de falar com ela. Quando cheguei ela logo foi embora. Tem sido assim nos últimos tempos, sempre que nos encontramos ela se retira e nem me escuta.- Martinez, acorda! Estou falando com você! – Melissa estalou os dedos na frente do meu rosto.- Ah, desculpa, Melissa, eu estava distraído. – Falei ajustando a minha postura na cadeira.Nós estávamos em minha sala e Melissa estava me passando informações sobre uma reunião importante que eu pedi para que ela me representasse no dia anterior. Há dias eu estava aéreo demais e não conseguia focar no trabalho.- Olha só, Martinez, se não dá conta da brincadeira, não sai pra brincar. Ou você volta a assum
Eu estava trabalhando de casa e sentia muita falta do escritório. Mas também não queria deixar meus filhos ainda o dia todo. No meio da tarde, meu marido me ligou.- Oi, mamãe! – Falou todo feliz, segurando o queixo com um dedo no rosto, com aquela postura que eu amava.- Oi, papai! Sentiu minha falta? – Brinquei com ele.- Sinto o tempo todo! – Alessandro suspirou. – Meu anjo, vamos sair pra jantar hoje? Só eu e você.- Hum, que convite inesperado. A que se deve?- Ao fato de eu querer passar um tempo sozinho com minha linda esposa.- Gosto disso!- Isso é um sim?- Isso é um “com certeza”. – Sorri para a tela do tablet.- Bom pra mim! – Alessandro abriu um sorriso lindo, meio de lado. – Te vejo à noite, meu anjo.Alessandro me levou para jantar num restaurante lindo e muito agradável. Quando pediu a sobremesa, pediu que o garçom embalasse para viagem e trouxesse também a conta.- Sobremesa pra viagem, é? – Brinquei com meu marido.- Faz muito tempo que nós não dividimos uma fatia de
No próximo domingo comemoraríamos o aniversário de um ano dos nossos quadrigêmeos, nosso quarteto fantástico. Eles cresciam bem e saudáveis. Era como ver uma mistura entre Alessandro e eu. Augusto e Maitê tinham os meus cabelos negros e os olhos azul violeta do pai. Santiago e Aurora tinham os cabelos castanhos do pai e os meus olhos verdes. Eram como o Pedro, crianças saudáveis e muito felizes. Pedro era protetor com os irmãos e especialmente gentil com as meninas.Decidimos que faríamos uma comemoração pequena no sítio dos meus pais, pois no sábado aconteceria o tradicional baile de máscaras anual em Campanário e nós iríamos.Eu estava fazendo as malas. Alessandro saiu do closet segurando uma caixa preta e me puxou para me sentar ao seu lado na cama.- O que é isso? – Perguntei curiosa.- Isso é a lembrança da nossa primeira noite. – Alessandro falou e seus olhos brilharam.Quando o Alessandro abriu a caixa, ele tirou lá de dentro a máscara que ele usava no baile quando nos conhecem
CASAL 2 – O PLAYBOY GOSTOSO E A VENDEDORA SEXY Capítulo 1: O playboy gostoso “Heitor Martinez” Era quinta feira à noite e eu estava sentado no bar do Clube Social com os meus amigos Alessandro Mellendez e Patrício Guzman. Estávamos conversando e me lembrei de perguntar ao Alessandro sobre a moça que indiquei para substituir a Mariana como sua assessora. - Alessandro, você entrevistou a moça que indiquei? – Perguntei ao meu amigo. - Isso é com a Mari, Heitor. Ela fará uma entrevista virtual com a moça amanhã. Mas, pelo que sei já viu o currículo dela, falou com o Aldo Lascuran e está bem impressionada. Acho que vai contratá-la. – Alessandro, sério como sempre, me respondeu sem me dar detalhes. - Estou curioso. O Otávio disse que ela é muito competente. – Comentei. - Pelo que a Mari disse é sim. – Alessandro confirmou. - E a Mari não contou como ela é? A Mari já deve ter visto pelo menos uma foto dela, pelo menos no currículo... – Insisti. - Heitor, a aparência dos meus
“Heitor” Quando eu cheguei na empresa na sexta feira a Júlia, minha secretária, já veio correndo atrás de mim. Júlia era ótima e muito bem casada, portanto, estava fora do meu alcance, já estava comigo a tempo suficiente para tomar algumas liberdades e mantinha as coisas entre nós bastante profissionais e eu nunca a cantei. Mas também, Júlia tinha quase sessenta anos. - Sr. Martinez, tem um milhão de assuntos pendentes em sua mesa e todos esses recados. – Júlia foi me entregando uns vinte recados presos em um clipe de papel. - Que horas esse povo começa a trabalhar, as cinco da manhã? – Falei olhando pra ela meio estressado já. - Às oito, mas o senhor está meia hora atrasado, portanto... – Júlia falou e foi saindo. – Tenha um ótimo dia! Desde que minha última assessora, a Srta. Camila, pediu demissão na semana passada eu estava muito enrolado. Eu precisava tomar jeito, foder a minha assessora sobre a mesa depois do expediente não foi uma boa idéia. De novo! No dia seguinte
“Samantha”Como trabalhei ontem até fechar a loja, eu estava muito cansada, apesar de hoje ser segunda feira. Eu preciso de outro emprego, um que tenha um horário mais decente e não ocupe os meus finais de semana. Trabalhar em uma loja de shopping era muito cansativo. Mas eu tinha acabado de me formar em administração e minha única experiência era essa, então, encontrar um outro emprego não estava sendo fácil.As comissões eram até muito boas, a loja era muito chique e tudo ali era caro, eu vendia bem, tinha umas clientes fiéis, mas estava sendo muito difícil pra mim continuar trabalhando aqui, junto com a Cibele, depois que a peguei pagando um boquete no meu então namorado nos fundos da loja, e ela contava com o apoio das outras duas vendedoras o que tornava o ambiente ainda mais insuportável.Foi a situação mais humilhante da minha vida! Eu tinha saído rapidinho da loja pra fazer um lanche, pra não ter que cozinhar quando chegasse em casa, já que minha mãe estava viajando naquela se