“Alessandro”Eu estava mal humorado desde que saí do escritório. O Patrício sabia disso e não perdeu a oportunidade de me alfinetar:- Então, irmão, será que a Catarina tem namorado? Porque do jeito que a Mari falou, né?!- E se tiver, Patrício? Eu já disse que não é pra você tocar nela. – Falei esfregando o rosto com as duas mãos.- Eu não vou tocar nela, mas o chefe dela está bem interessado, aliás, já até tocou hoje. – Eu bufei e me virei para ele.- Do que você está falando?- Cara, te conheço bem demais! Você ficou muito interessado na Catarina. E eu notei bem que você apertou a cintura dela e não soltou e depois bateu a porta ficando com ela na sua sala. Aí quando eu voltei, senti uma tensãozinha entre vocês e não pude deixar de notar como você a olhou quando falou do traseiro dela. E aí, cara, vai me contar o que aconteceu naquela sala ou vou ter que ficar imaginando você levando sua assessora para o sofá?- Cara, você é um idiota, mesmo! – Mas eu já não consegui esconder o meu
Depois da última mensagem do meu chefe eu já estava irada. Se ele pensa que eu vou ficar no cantinho com medo dele está muito enganado. Eu nunca reagi assim a um homem. Eu nunca fui tão atrevida, sempre fui contida, nunca me comportei de forma libertina ou movida por impulsos sexuais ou não, mas eu não sei como esse homem consegue despertar a vadia em mim. Eu simplesmente não consigo me controlar.Pulei da cama e abri o armário. Peguei um vestido preto que, apesar de parecer comportado e ser aceitável para o escritório me deixava muito sexy, ele era muito justo, batia no meio das coxas e tinha um decote em V que insinuava o meu colo sem ser vulgar. Escolhi um sapato de salto alto vermelho, um conjunto de lingerie preto com uma calcinha minúscula para não marcar no vestido e decidi que deixaria os cabelos soltos. Não era uma escolha muito profissional, mas era aceitável e eu não estava nem aí, eu ia infernizar o dia dele e ele se arrependeria de ficar com gracinhas. Eu iria pra guerra.
Peguei um café e sentei em minha mesa, ainda estava com as pernas bambas. Depois de alguns minutos chegou um e-mail do chefe com as diretrizes para que eu preparasse a reunião do dia seguinte. Rapidamente comecei com o trabalho, quando os funcionários começaram a chegar ao escritório eu já tinha tudo em ordem.A Mariana chegou abraçada a um rapaz e me olhou surpresa.- Cat, você caiu da cama? Bom dia!- Bom dia, Mari! O chefe me pediu para chegar mais cedo para preparar a reunião de amanhã.- Esse Alessandro. Não deixe ele transformar isso em hábito.- Não vou deixar, não Mari. Mas foi bom, já estou com tudo preparado. – Olhei para ela e sorri.O rapaz que estava com ela me encarava com um sorriso extravagante. Era bonito, bronzeado, alto, com olhos castanhos, cabelos pretos um pouquinho mais compridos e a barba por fazer. Vestia um terno elegante e usava óculos.- Mari, meu chefe falou que a nova assessora era uma gata, mas ele não foi justo, ela é deslumbrante! – Ele falou com uma v
“Alessandro”Estava no restaurante com o Patrício e contei tudo o que aconteceu para ele que me olhava chocado.- Não acredito que ela está sem calcinha com aquele vestidinho provocante?Quando ele falou isso, me dei conta que ela estava muito exposta e poderia ficar em uma situação constrangedora longe de mim. Isso não era bom. Mas eu rasguei a calcinha dela e, ainda que não tivesse rasgado eu não a devolveria.- Irmão, essa mulher está me enlouquecendo. Hoje parece que ela resolveu testar o meu limite.- Não reclama, irmão, foi você quem começou. O que você esperava?- Cara, eu mandei ela chegar mais cedo só para provocá-la e claro que eu ia atiçá-la um pouco, mas não ia tocá-la. Eu só não pensei que ela ia vir pronta pra guerra, com aquele vestidinho agarrado no corpo que quando ela se senta mostra perna demais e aquele sapato totalmente sexy. Na hora que eu a vi perdi o juízo. É frustrante, eu não consigo me controlar com ela.- E ela também não, pelo visto. Alessandro, não tem je
“Alessandro”Ela pegou a sacola da minha mão completamente confusa, aproveitei para pegar um pedaço de torta e levar a sua boca. Ela não conseguia reagir, fechou os lábios em torno do garfo e eu ampliei meu sorriso. Coloquei outro pedaço de torta em minha boca a observando mastigar lentamente o pedaço que coloquei em sua boca e abrir a sacola. Tirou a caixa de dentro, colocou no colo e abriu. Ela ficou boquiaberta olhando aquela tira de pano minúscula na caixa. Eu estava me divertindo. Quando ela olhou pra mim eu coloquei outro pedaço de torta na boca dela, impedindo que dissesse qualquer coisa. Os olhos dela ficaram mais arregalados.Eu estava me divertindo muito. Comi mais um pedaço de torta e a vi tirar a calcinha da caixa, se levantar sentar na mesinha de centro bem na minha frente e começar a vestir a calcinha. Eu engasguei, essa doida ia vestir a calcinha na minha frente? Cara, isso não ia prestar!Com movimentos muito delicados e de uma forma absurdamente sexy ela se levantou,
Saí da sala do Alessandro de pernas bambas. Aquele cretino quase me fez gozar de novo! Me deixou pegando fogo, aquele covarde. Mas isso não vai ficar assim. Eu preciso dar um jeito de não me deixar afetar por ele e evitar que ele arranque a minha calcinha, ou que sequer se aproxime dela pelo resto da vida dele. Eu preciso pensar em algo e tinha que ser algo a altura do que ele fez, eu já tinha cruzado uma linha perigosa mesmo. E depois me demitiria e voltaria para o meu antigo emprego.Eu estava frustrada e com muita raiva. Quando o Patrício entrou em minha sala eu estava lutando com o arquivo. Ele nem ousou falar nada, passou direto e entrou na sala do amigo.Quando a Celeste entrou na sala e disse que ia dar uma saidinha rápida eu tive uma idéia. E era uma idéia do diabo plantada em minha mente, porque era má.- Celeste, você se importa em passar na confeitaria aqui em frente e comprar um pedaço de torta de chocolate pra mim? Aquela que tem lascas de chocolate ao leite e cerejas por
Alinhei com o Rick a reunião sigilosa sobre o relatório financeiro para o dia seguinte e confirmei com a Marina por mensagem se estava bom para ela. Isso pronto fui dando andamento nas demais coisas que tinha para fazer.Uma hora depois ouvi a porta do escritório do meu chefe ser aberta como se estivesse sendo arrancada. Meu chefe se debruçou sobre mim, com uma mão em cada braço da minha cadeira, e com o rosto muito próximo ao meu e os olhos em chamas falou em um tom muito sério e com a voz ainda mais rouca:- Catarina, preste bastante atenção, isso será resolvido hoje e não quero nem saber. Desmarque qualquer compromisso que tiver, porque nós vamos sair desse escritório no fim do dia e vamos nos sentar e conversar sobre essa situação como adultos.Me olhou por um segundo, se levantou me deu as costas e saiu batendo sua porta novamente. Eu estava totalmente atordoada quando o Patrício entrou parecendo confuso.- Catarina, sabe o que aconteceu com o Alessandro durante a vídeo conferênc
Patrício me estendeu um copo com água que eu peguei trêmula. Mas só quando o Alessandro passou os dedos pelo meu rosto percebi que eu estava chorando.- Calma, Catarina. Ele não tem poder nenhum para atingi-la. Não tenha medo, você não vai perder seu emprego por causa desse imbecil. – Meu chefe falava docemente comigo enquanto passava a mão em minhas costas para me acalmar.- Isso mesmo, Cat, não dê importância para o Junqueira, ele é um babaca. E você é uma mulher forte, não se deixe intimidar. – Patrício falou me dando apoio.- E desde quando você toma a liberdade de chamar minha assessora por apelido?- Desde quando nos tornamos amigos. E não seja um chefe babaca também!Ri da provocação entre os dois e meu chefe se levantou e segurou o meu queixo me fazendo olhar para ele.- Babaca não, mas acho que meio cretino. – falou e piscou sorrindo. Por que esse idiota tinha que ser tão lindo!- Meu deus, gente, vocês dois estão evitando o inevitável! – Patrício falou sorrindo. – Mas, Cat,