“Flávio”Hoje era noite de reunião do clubinho das garotas. Deixei a Manu na casa da Catarina fui para a casa do Patrício encontrar os caras para o sagrado pôquer semanal.- Finalmente o delegado chegou! – Patrício me recepcionou com a alegria de sempre.- Fala, cara. – Cumprimentei meus amigos e me joguei em uma cadeira. Heitor colocou uma cerveja na minha frente e bebi imediatamente.- O que está rolando, delegado? Qual a razão do seu estresse? – Rick perguntou e eu olhei pra ele meio de lado.- Está tão na cara assim? – Perguntei.- Ah, meu amigo está! E nós já conhecemos essa cara muito bem, porque o Heitor e eu já tivemos a cara assim e foi por causa das nossas mulheres. – Alessandro foi direto. Eu precisava mesmo desabafar.- Não é bem por causa da Manu, mas pode fazer com que ela me deixe. – Expliquei.- Iiih! Isso não pode ser bom. – Patrício olhou bem pra mim. – Você falou com ela sobre a Sabrina? – Ali no grupo o Patrício era o único que sabia sobre a Sabrina, ele já me conh
“Manuela”Era sempre bom passar um tempo com as minhas amigas, mas essa noite eu estava muito distraída. O Flávio andava tão estressado, passando tanto tempo na delegacia. Achei que ele precisava de férias ou pelo menos de algo que o deixasse menos tenso fora do trabalho.Ele chegou para me pegar na casa da Catarina e quando entrei no carro notei o seu semblante preocupado, como se algo o preocupasse incessantemente. Ao invés de ficar perguntando ‘o que houve’ e escutar de novo que ‘é só trabalho’, decidi mudar de postura e dar a ele um momento leve e descontraído, então coloquei o meu melhor sorriso no rosto.- Oi, grandão! Sentiu minha falta? – Me debrucei sobre o banco para beijá-lo.- Eu sempre sinto sua falta! – Ele respondeu com aquela voz sexy.- Então me leva pra casa, hoje você não vai dormir. – Avisei e ele abriu um sorriso pra mim.- Ah, é? Minha baixinha hoje está em modo safada? – Ele perguntou divertido.- E olha que eu nem bebi. – Ele gargalhou e eu fiquei feliz, pois e
“Manuela”Flávio ergueu a cabeça devagar, me olhando dos pés à cabeça e sorriu. Eu estava totalmente exposta e aberta para ele.- Agora talvez eu te faça gritar o meu nome. – Ele falou me dando aquele sorriso safado.Ele abriu as minhas pernas, sua cabeça desceu sobre a minha intimidade e a sua língua me tocou ali, onde seus dedos já haviam brincado e deixado sensível. Só de vê-lo fazer isso, antes mesmo que sua boca me tocasse, eu já estava implorando por um orgasmo.- Por favor, grandão, me faz gozar. – Ele sorriu com a minha súplica.- E a minha baixinha quer gozar na minha boca ou no meu pau?- Nos dois! – Eu queria a boca dele me chupando, tanto quanto eu queria o membro dele dentro de mim.- Seu desejo é uma ordem, minha baixinha linda. Mas eu vou te chupar primeiro, quero sentir o seu gosto, quero provar todo esse mel que escorre dessa bocetinha linda quando você goza pra mim. - E ele não se fez de rogado, abaixou sua cabeça e cobriu o meu sexo com a sua boca.Eu estava ofegant
“Manuela”Acordei sentindo o calor do corpo do Flávio junto ao meu. Seus braços estavam em torno de mim, me mantendo bem agarrada a ele, que dormia tranquilo, com uma expressão relaxada.- O que anda te preocupando, grandão? – Falei baixinho pra mim mesma, olhando o seu rosto bonito e sereno.Saí da cama bem devagarzinho para ele não acordar. Ele precisava descansar. Eu estava na cozinha tomando o café e pronta para sair para o trabalho quando ele apareceu. Havia acabado de acordar, estava lindo com aquele cabelo bagunçado e os olhos ainda sonolentos.- Por que não me acordou, baixinha? – Ele se abaixou e beijou meu pescoço.- Porque você anda trabalhando muito e precisa descansar. – Falei enquanto enroscava meus braços em seu pescoço.- Hum... eu preciso é de mais tempo com a minha baixinha linda. – Ele estava com a cabeça na curva do meu pescoço, me dando beijos que me faziam quase desistir de ir trabalhar.- Isso seria ótimo! Mas, eu tenho que trabalhar e à noite tenho aula.- Que
“Flávio”A Sabrina já havia voltado a me atormentar, o lance dos piolhos não a manteve longe por muito tempo. Eu estava cada vez mais nervoso, não conseguia resolver as coisas e a cada dia eu sentia que a Manu estava mais desconfiada de que tinha algo errado.Mas, é daquele jeito, não há nada tão ruim que não possa piorar. Eu estava na delegacia, tinha acabado de tomar o depoimento de um preso e finalizar o flagrante, quando o Bonfim entrou em minha sala acompanhado pelo advogado que estava cuidando da situação do meu quase divórcio.- Quem eu mais ansiava ver! – Falei ao ver o advogado. – Doutor Romeu, por favor, me diga que tem boas notícias. – Pareceu que eu estava implorando? Sim, mas eu estava mesmo.- Delegado Moreno, são boas notícias, mas que podem lhe causar um período mais conturbado.- Mais conturbado do que até agora? Impossível. Mas vamos lá, quais são as novas?- O juiz marcou uma audiência, quer você e a senhora Sabrina frente a frente e quer ouvi-los. Acompanhei o ofic
“Manuela”Eu tinha acabado de chegar ao escritório, ainda nem tinha sentado em minha cadeira quando o Rick surgiu atrás de mim como uma assombração, me fazendo dar um pulo de susto.- Manu. – Ele falou com uma voz cavernosa e eu gritei de susto.- Aaaaaiiiii.... – Olhei pra trás e o vi com olheiras escuras e o cabelo meio desgrenhado. – Que susto, Rick!- Me desculpa, não queria te assustar. – Ele falou de cabeça baixa.- Ei, o que foi? – Perguntei levantando o seu queixo com o dedo.- Toma um café comigo? – Ele pediu como uma criança.- Vem, vamos tomar um café. – O levei até a copa e servi o café pra ele. – O que está acontecendo?- A Taís vai embora. – Ele falou de uma vez.- Como assim vai embora? – Perguntei.- Ela disse que não está feliz, que precisa de um tempo e que precisa de distância para decidir se ainda me ama. Ela está indo morar com os pais. – Ele falou e limpou a lágrima que escorreu pelo seu rosto.- Como assim? – Perguntei chocada.- Nem eu sei, Manu. Mas ela não qu
“Flávio”Depois que o juiz marcou a bendita audiência parece que as coisas ficaram muito piores. A Sabrina ficou fora de controle e o meu pai começou a pressionar para eu ir a Campanário toda semana, o que era impossível.O jogo com os caras, ao invés de ser uma distração, tinha sido um muro das lamentações, eu reclamando da minha situação com o meu pai e a Sabrina, o Rick choramingando por causa da Taís que viajou para cuidar do pai, o Heitor reclamando do inferno que estava passando por causa do próprio pai. Só o Alessandro e o Nando não tinham nenhuma reclamação. E o Patrício, esse estava estranhamente quieto.A Melissa me avisou que a Manu foi pra casa mais cedo, pois estava com dor de cabeça. Achei melhor ir pra casa e ver se ela estava bem, mas quando cheguei ela já estava dormindo. Eu não quis acordá-la, então tentei não mexer na cama e não a abracei para não incomodá-la. Mas eu não dormi e para minha infelicidade o meu celular tocou. E eu nem precisava olhar para saber que era
“Flávio”Eu demorei dias tentando suavizar as coisas com a Manu, eu tinha certeza que ela estava desconfiada de alguma coisa, ela andava muito quieta e pelos cantos, sempre cansada demais ou com a cara enfiada em algum livro. Eu decidi levá-la para passar um final de semana no hotel fazenda em que a levei no seu aniversário. Um final de semana só nosso, sem interrupções. E foi perfeito. Ela voltou a sorrir e nós passamos o fim de semana grudados, nos reconectamos, embora ela ainda parecesse desconfiar de algo.Na segunda entrei na delegacia com um propósito, resolver esse problema que era a Sabrina. Eu precisava dar um jeito nisso. Mas eu mal cheguei e fui surpreendido com uma notícia que me irritou profundamente.- Flávio, infelizmente não tenho boas notícias. – Bonfim me olhava como se me estudasse e pensasse a melhor maneira de dar o recado.- O que foi agora, Bonfim? – Soltei a caneta na mesa e me recostei na cadeira.- O governador quer que você seja transferido de volta para Cam