“Flávio”Saí do apartamento o mais rápido possível, não queria que a minha baixinha fosse perturbada. Eu estava enfurecido, quem aquela louca pensava que era para me confrontar assim. Minha vontade de dar um tiro no meio da cara dela e sumir com o corpo era quase incontrolável.Saí pela portaria do prédio e a encontrei no meio da calçada. A peguei pelo cotovelo e saí puxando até a esquina. Eu estava cego de fúria, talvez a jogasse debaixo do primeiro carro que passasse na rua. Essa mulher já estava me tirando do sério.- Que porra você está fazendo aqui, Sabrina? – Eu reuni todo o pouco controle que ainda tinha para não matá-la e não gritar ali no meio da rua.- O que você acha? – Ela me olhou cinicamente e eu precisei contar até dez para não apertar o seu pescoço.- Sabrina, nós fizemos um acordo. – A lembrei, eu mal conseguia falar de tanta raiva.- É, fizemos, mas eu mudei de idéia. Não vou te dar um mês para que você me arme alguma cilada. – Ela falava calmamente, como se não soub
“Flávio”Eu tinha quase certeza de que foi o meu pai quem convenceu a Sabrina a voltar para me infernizar, mas eu queria confirmar, eu precisava chegar ao ponto, saber o que ele estava oferecendo a ela. Obviamente ele, assim como ela, sabiam que eu jamais voltaria com ela, então por que insistir nesse assunto de casamento? Era só eu me divorciar de novo, ainda que demorasse, uma hora ou outra eu conseguiria o divórcio outra vez. Mas porque eles estavam insistindo nisso?- Sabrina, o próprio Bonfim te disse que eu não sabia que a viatura estava infectada. – Tentei argumentar, vendo que ela estava uma fera por causa da história dos piolhos.- Você poderia ter usado o seu carro, Flávio. – Ela esbravejou.- Não podia. Ele estava com os dois pneus furados e eu estava esperando o borracheiro ir lá na delegacia arrumar pra mim. – Falei a primeira coisa em que pensei.- De todo jeito, Flávio, eu mudei de idéia e estou aqui. Coloca a ninfeta pra fora porque quero me mudar logo para o nosso apa
“Flávio”Eu estava na delegacia, depois de encontrar a Sabrina não voltei pra casa, o dia já estava quase amanhecendo e eu teria que sair para o trabalho mesmo, achei melhor não perturbar minha baixinha. Mas eu ia perturbar outra pessoa. Peguei o telefone e disquei para o meu pai.- Flávio, bom dia! Já recobrou o juízo? – Meu pai atendeu tranquilamente. Eu sabia que ele acordava sempre muito cedo e a essa hora já estava sentado na biblioteca de casa lendo as notícias.- Pai, eu nunca o perdi! Mas eu liguei só para te dizer uma coisa que eu acho que você não entendeu. – Falei tão calmo quanto ele. – A Sabrina é um tiro no pé. Eu nunca vou voltar pra ela e se ela perturbar a Manu eu rompo em definitivo com a família. Então, pare de usá-la, não vai funcionar e só está me irritando.- Pelo menos está te irritando. – Meu pai riu. É claro que ele queria mais do que me irritar.- Pensei que nós daríamos uma trégua? – Perguntei vendo que meu esforço do dia anterior foi em vão.- Ah, filho, ma
“Flávio”Hoje era noite de reunião do clubinho das garotas. Deixei a Manu na casa da Catarina fui para a casa do Patrício encontrar os caras para o sagrado pôquer semanal.- Finalmente o delegado chegou! – Patrício me recepcionou com a alegria de sempre.- Fala, cara. – Cumprimentei meus amigos e me joguei em uma cadeira. Heitor colocou uma cerveja na minha frente e bebi imediatamente.- O que está rolando, delegado? Qual a razão do seu estresse? – Rick perguntou e eu olhei pra ele meio de lado.- Está tão na cara assim? – Perguntei.- Ah, meu amigo está! E nós já conhecemos essa cara muito bem, porque o Heitor e eu já tivemos a cara assim e foi por causa das nossas mulheres. – Alessandro foi direto. Eu precisava mesmo desabafar.- Não é bem por causa da Manu, mas pode fazer com que ela me deixe. – Expliquei.- Iiih! Isso não pode ser bom. – Patrício olhou bem pra mim. – Você falou com ela sobre a Sabrina? – Ali no grupo o Patrício era o único que sabia sobre a Sabrina, ele já me conh
“Manuela”Era sempre bom passar um tempo com as minhas amigas, mas essa noite eu estava muito distraída. O Flávio andava tão estressado, passando tanto tempo na delegacia. Achei que ele precisava de férias ou pelo menos de algo que o deixasse menos tenso fora do trabalho.Ele chegou para me pegar na casa da Catarina e quando entrei no carro notei o seu semblante preocupado, como se algo o preocupasse incessantemente. Ao invés de ficar perguntando ‘o que houve’ e escutar de novo que ‘é só trabalho’, decidi mudar de postura e dar a ele um momento leve e descontraído, então coloquei o meu melhor sorriso no rosto.- Oi, grandão! Sentiu minha falta? – Me debrucei sobre o banco para beijá-lo.- Eu sempre sinto sua falta! – Ele respondeu com aquela voz sexy.- Então me leva pra casa, hoje você não vai dormir. – Avisei e ele abriu um sorriso pra mim.- Ah, é? Minha baixinha hoje está em modo safada? – Ele perguntou divertido.- E olha que eu nem bebi. – Ele gargalhou e eu fiquei feliz, pois e
“Manuela”Flávio ergueu a cabeça devagar, me olhando dos pés à cabeça e sorriu. Eu estava totalmente exposta e aberta para ele.- Agora talvez eu te faça gritar o meu nome. – Ele falou me dando aquele sorriso safado.Ele abriu as minhas pernas, sua cabeça desceu sobre a minha intimidade e a sua língua me tocou ali, onde seus dedos já haviam brincado e deixado sensível. Só de vê-lo fazer isso, antes mesmo que sua boca me tocasse, eu já estava implorando por um orgasmo.- Por favor, grandão, me faz gozar. – Ele sorriu com a minha súplica.- E a minha baixinha quer gozar na minha boca ou no meu pau?- Nos dois! – Eu queria a boca dele me chupando, tanto quanto eu queria o membro dele dentro de mim.- Seu desejo é uma ordem, minha baixinha linda. Mas eu vou te chupar primeiro, quero sentir o seu gosto, quero provar todo esse mel que escorre dessa bocetinha linda quando você goza pra mim. - E ele não se fez de rogado, abaixou sua cabeça e cobriu o meu sexo com a sua boca.Eu estava ofegant
“Manuela”Acordei sentindo o calor do corpo do Flávio junto ao meu. Seus braços estavam em torno de mim, me mantendo bem agarrada a ele, que dormia tranquilo, com uma expressão relaxada.- O que anda te preocupando, grandão? – Falei baixinho pra mim mesma, olhando o seu rosto bonito e sereno.Saí da cama bem devagarzinho para ele não acordar. Ele precisava descansar. Eu estava na cozinha tomando o café e pronta para sair para o trabalho quando ele apareceu. Havia acabado de acordar, estava lindo com aquele cabelo bagunçado e os olhos ainda sonolentos.- Por que não me acordou, baixinha? – Ele se abaixou e beijou meu pescoço.- Porque você anda trabalhando muito e precisa descansar. – Falei enquanto enroscava meus braços em seu pescoço.- Hum... eu preciso é de mais tempo com a minha baixinha linda. – Ele estava com a cabeça na curva do meu pescoço, me dando beijos que me faziam quase desistir de ir trabalhar.- Isso seria ótimo! Mas, eu tenho que trabalhar e à noite tenho aula.- Que
“Flávio”A Sabrina já havia voltado a me atormentar, o lance dos piolhos não a manteve longe por muito tempo. Eu estava cada vez mais nervoso, não conseguia resolver as coisas e a cada dia eu sentia que a Manu estava mais desconfiada de que tinha algo errado.Mas, é daquele jeito, não há nada tão ruim que não possa piorar. Eu estava na delegacia, tinha acabado de tomar o depoimento de um preso e finalizar o flagrante, quando o Bonfim entrou em minha sala acompanhado pelo advogado que estava cuidando da situação do meu quase divórcio.- Quem eu mais ansiava ver! – Falei ao ver o advogado. – Doutor Romeu, por favor, me diga que tem boas notícias. – Pareceu que eu estava implorando? Sim, mas eu estava mesmo.- Delegado Moreno, são boas notícias, mas que podem lhe causar um período mais conturbado.- Mais conturbado do que até agora? Impossível. Mas vamos lá, quais são as novas?- O juiz marcou uma audiência, quer você e a senhora Sabrina frente a frente e quer ouvi-los. Acompanhei o ofic