“Samantha”Depois de receber a mensagem da Melissa eu resolvi tomar uma providência, cansei de esperar. Fui pra casa, tomei um banho, fiz uma maquiagem bem bonita, me perfumei e escolhi um vestido que eu ainda não tinha usado, calcei uma sandália de salto altíssimo e estava pronta pra recuperar meu homem, seja lá em qual inferninho ele estivesse metido. Então liguei para o meu mais fiel aliado, o Enzo.- Tia, sua linda! Como você está? – Enzo me atendeu com o jeitinho de sempre.- Estou ansiosa e preciso da sua ajuda. – Falei sem rodeios.- O que aconteceu. – Ele ficou sério.- Preciso encontrar seu tio, mas parece que ele não está em lugar nenhum. Há meses não aparece nem na casa e nem no apartamento. – Falei quase sem respirar.- Peraí, tia. – Ouvi o Enzo caminhar pra longe do telefone. Pouco depois voltou. – Tia, minha mãe disse que ele pode estar na casa da minha avó. Onde você está?- Estou em casa.- Então se arruma que eu passo aí daqui a pouco pra te pegar e nós vamos lá na vo
“Samantha”Depois de abrir a porta vi que todo o ambiente era iluminado por pequenas luminárias espalhadas por todo o ambiente. No teto, havia um mar de balões transparentes perolados, enchidos com gás hélio, de cada um pendia uma fita branca e na ponta tinha uma variação entre fotos minhas e do Heitor, ou bilhetes com pedidos de desculpas ou declarações românticas, ou corações vermelhos em papel cartão. Eu fui passando e vendo cada mensagem e cada foto de um momento feliz que tivemos juntos e foram muitos.Cheguei à sala já com o rosto banhado em lágrimas e ao olhar pra frente vi o Heitor ali parado, naquela sala onde assistimos o nascer do sol e onde ainda estavam nossos tapetes felpudos e nossas almofadas coloridas. Ele estava simplesmente ali, de pé, com as mãos nos bolsos e um olhar ansioso. O teto da sala também estava coberto de balões com fotos, mensagens e corações. E as mesmas pequenas luminárias deixavam o ambiente com uma iluminação aconchegante.Na mesa de apoio que ficav
“Samantha”Ao abrir a porta do quarto e me colocar no chão eu fiquei impressionada. Poucas luminárias deixavam o quarto em uma penumbra que dava uma atmosfera romântica ao cômodo. Por todos os lados haviam chocolates e bombons. Sobre a cama, uma cesta enorme de chocolates variados. Em molduras espalhadas pelas paredes haviam cartazes impressos em gráfica, cada um com uma declaração de amor diferente. Haviam corações de papel jogados por todas as superfícies planas.Heitor tirou a cesta de chocolates da cama e colocou na mesinha de cabeceira, tirou um bombom da cesta e veio até mim, enquanto o abria. Colocou em minha boca eu mordi. Era um bombom de licor e quando eu mordi o licor escorreu pelo canto da minha boca. Heitor se aproximou e lambeu e chupou o lugar onde tinha escorrido o licor, depois colocou o resto do bombom na boca.Ele estava me seduzindo. Começou a desabotoar a camisa e lentamente foi despindo o seu corpo, permitindo que eu o admirasse e desejasse. Não permitiu que eu t
“Heitor”Acordei sozinho ali entre as almofadas, até cheguei a pensar que tinha sido tudo um sonho, um delírio. Subi as escadas e chegando ao quarto vi as roupas da Samantha sobre a cama. Entrei no banheiro e ela estava debaixo do chuveiro, linda, com aquela pele que me encantava toda molhada. Não resisti e me juntei a ela, a abraçando por trás.- Hum, você acordou! E pelo visto bem animado. – Samantha sorriu sentindo minha excitação encostada em sua bunda perfeita.- Eu sempre fico animado com você, minha deusa! – Respondi dando uma mordidinha em sua orelha. – Você me deixou sozinho lá, cheguei a pensar que tinha sido tudo um sonho e que você não estava aqui.Samantha se virou pra mim com um sorriso lindo no rosto e me puxou para um beijo.- Sabe, naquela noite que você foi ao meu apartamento, quando eu acordei eu achei tinha sido um sonho, que a bebida me fez imaginar que você estava lá comigo. Eu fiquei arrasada. – Samantha falou encostando a cabeça no meu peito.- Mas eu deixei um
“Heitor”Durante o percurso até a marina, mandamos mensagem para os nossos amigos dizendo que estávamos no mar e que na segunda estaríamos de volta. Claro que nenhum deles ficou satisfeito em ter que esperar pelas novidades, principalmente a Mel, mas eu queria continuar um pouco mais matando a saudade da minha deusa.Deixei de lado a minha mãe, deixaria pra pensar sobre isso depois, mas com certeza eu ia querer saber o que estava rolando entre ela e o médico. Agora eu estava feliz demais com a mulher da minha vida.- Heitor, mandei uma mensagem para o Enzo, ele estava curioso para saber se deu tudo certo. – Samantha me puxou dos meus pensamentos.- Esse garoto adora uma fofoca. Já deve estar contando pra todo mundo. – Sorri pensando no meu sobrinho que fala demais, mas é um ótimo garoto.Samantha e eu fomos para o nosso refúgio, aquele canto rochoso perto de uma ilha deserta no meio do mar. Passamos o sábado inteiro grudados, nos amando, aproveitando o mar e o sol, falando sobre o que
“Samantha”Voltamos do mar no domingo à noite e fomos para a casa do Heitor. Eu estava cansada e nós não conseguíamos nos desgrudar. Tomamos um banho e nos deitamos abraçadinhos, apenas fazendo carinho um no outro.- Rouxinol, quero que você aceite a segurança de novo. – Heitor me chamava de Rouxinol em momentos de carinho e intimidade e me chamava de ‘minha deusa’ em momentos mais obscenos e descontraídos, eu estava adorando isso.- Meu lindo, eu não preciso de segurança. O Rômulo está preso e não sabe onde eu moro e nem onde eu trabalho. Inclusive, faz bastante tempo que não recebo nenhuma carta. – Heitor soltou um longo suspiro.- Rouxinol, o seu ex maluco não é o nosso único problema. – Heitor passava o nariz na minha orelha.- Meu lindo, o Junqueira já foi preso. – O lembrei, fechando os olhos para sentir melhor o seu carinho.- Rouxinol, eu estou falando do Reinaldo. – Quando ele disse isso eu fiquei tensa.- Por que eu preciso de segurança por causa do Reinaldo?- É uma históri
“Manuela”Passei o domingo sozinha, já que o Flávio estava de plantão, então aproveitei para colocar minha vida acadêmica em ordem. Quando eu trabalhava no shopping eu estudava de manhã, era outro ritmo. Mas depois que fui trabalhar com o Heitor, mudei para o turno da noite e achava bem difícil, pois já chegava na faculdade cansada. Só que a vida é essa.Contudo o dia foi bem produtivo. Quando o Flávio chegou à noite eu já estava com a mesa posta esperando por ele. Ele parecia tão estressado ultimamente. Ele veio em minha direção e me pegou daquele jeito dele, me tirando do chão e me dando um beijo de tirar o fôlego e me prensando contra a parede.Imediatamente cruzei as pernas em sua cintura e enlacei seu pescoço com os braços. Ele era tão gostoso, tinha um cheiro tão bom, que me deixava com tesão só de sentir o seu cheiro.- Ah, baixinha, eu só quero me afundar no seu corpinho agora, só quero me sentir dentro de você. – Ele falou de olhos fechados com a sua testa grudada na minha e
“Heitor”Fui recebido no escritório pela Melissa, a Taís e a Julia de pé próximas ao elevador.- Até que enfim, hein, Martinez! – A Melissa reclamou e eu olhei no relógio.- Eu não estou atrasado, Mel! – Respondi.- Mas poderia ter tido a cortesia de chegar um pouquinho mais cedo para nos contar como foi com a Sam. Nós estamos curiosas. E fui eu quem te ajudou! – Melissa estava ansiosa por novidades.- Ah, é isso! – Sorri para elas. – Então venham, vamos tomar um café, porque meu final de semana foi maravilhoso!Elas sorriram e começaram a pular e bater palmas, como um bando de tiete atrás de uma boyband. Depois de contar para elas um resumo de como a Sam tinha me perdoado e como eu estava feliz, fomos trabalhar, mas puxei a Melissa para a minha sala. Ela devia ter informações que me interessavam.- Vem aqui, Mel, porque você vai me contar uma história. – Falei enquanto a puxava para a minha sala.- Que história? – Ela perguntou confusa.- Minha mãe e o Dr. Molina. – Falei simplesment