“Heitor”Fui recebido no escritório pela Melissa, a Taís e a Julia de pé próximas ao elevador.- Até que enfim, hein, Martinez! – A Melissa reclamou e eu olhei no relógio.- Eu não estou atrasado, Mel! – Respondi.- Mas poderia ter tido a cortesia de chegar um pouquinho mais cedo para nos contar como foi com a Sam. Nós estamos curiosas. E fui eu quem te ajudou! – Melissa estava ansiosa por novidades.- Ah, é isso! – Sorri para elas. – Então venham, vamos tomar um café, porque meu final de semana foi maravilhoso!Elas sorriram e começaram a pular e bater palmas, como um bando de tiete atrás de uma boyband. Depois de contar para elas um resumo de como a Sam tinha me perdoado e como eu estava feliz, fomos trabalhar, mas puxei a Melissa para a minha sala. Ela devia ter informações que me interessavam.- Vem aqui, Mel, porque você vai me contar uma história. – Falei enquanto a puxava para a minha sala.- Que história? – Ela perguntou confusa.- Minha mãe e o Dr. Molina. – Falei simplesment
“Samantha”O dia tinha sido tão bom! O Alessandro me deu a tarde de folga, pois soube que eu almoçaria com o Heitor. Fomos comprar coisas para a casa e nos divertimos muito com isso. Mas depois que o Heitor me deixou no meu apartamento as coisas desandaram.Logo que entrei no prédio o porteiro me entregou a correspondência e meu coração quase parou de bater quando vi o envelope. Eu não podia acreditar que ele me encontrou. Mas como?Fui para o meu apartamento e eu não tive nem coragem de abrir o envelope. Fiquei sentada no sofá, aterrorizada, olhando para o envelope em minhas mãos e nem me dei conta quando comecei a chorar, mas a medida que o tempo passava o desespero crescia dentro de mim.A campainha tocou e eu fui olhar no olho mágico. Era o Heitor finalmente. Abri a porta e me joguei em seus braços deixando as lágrimas caírem com todo o meu desespero.Ele ficou aflito perguntando o que havia acontecido, mas eu nem conseguia falar, só chorava. Então entreguei o envelope a ele. Depo
“Samantha”Acordei com uma enorme dor de cabeça, isso que eu ganhei derramando um rio de lágrimas ontem, uma enorme dor de cabeça e olheiras. E um péssimo humor.Cheguei na sala e o Heitor estava passando orientações para um batalhão de pessoas, eram os seguranças e funcionários da casa. Quando me viu, abriu um lindo sorriso e me estendeu a mão.- Sam, bom dia! – Ele deu um beijo na minha cabeça e começou a me apresentar a todos os funcionários. Era muita gente.Quando as apresentações terminaram todos se retiraram da sala e o Heitor me puxou em um abraço, que me confortou e melhorou um pouco o meu humor.- Você está bem? – Perguntou em meu ouvido.- Não muito. Estou com dor de cabeça e um mal estar que não sei explicar. – Resmunguei deitando minha cabeça em seu ombro.- Ah, tadinha da minha deusa! – Heitor falou em um tom afetuoso que me arrancou um pequeno sorriso. – Vem, vamos tomar um belo café da manhã e depois você toma um analgésico. Vou ligar para o Alessandro e avisar que voc
“Heitor”Parei o carro na portaria do edifício do Alessandro e vi a Samantha caminhando em direção à saída acompanhada de dois seguranças. Eu sempre ficava encantado com a sua beleza.Samantha era deslumbrante, tudo nela era perfeito e ela tinha consciência da sua beleza, andava como se fosse uma rainha, cabeça erguida, postura reta, passos confiantes.Quando me viu ela se despediu dos seguranças, correu em minha direção e pulou no meu pescoço, fazendo eu me dar conta do quão sortudo eu sou por essa mulher ter olhado pra mim e me dado o seu coração.- Eu estava com saudade. – Ela sussurrou no meu ouvido.- Eu também. – Lhe dei um beijo rápido e a ajudei a entrar no carro.Durante o percurso até a casa dos pais dela nós conversamos amenidades, rimos, brincamos e nos provocamos. Notei que quando eu estacionei na porta da casa ela ficou séria e tensa.- O que foi, Rouxinol? – Perguntei apertando levemente seu joelho.- Minha mãe vai querer me matar! – Ela lamentou.- Não, ela vai entende
“Reinaldo”Minha vida ficou complicada demais! Eu tive que sair às pressas de Miami, depois que aquelas putas me denunciaram por causa da festinha que eu fiz com elas. Pelo que um amigo me contou, a polícia estava me procurando e já tinham descoberto onde eu estava, meu tempo estava se esgotando.Pensei que o Heitor facilitaria a minha vida quando cheguei e me daria o que eu pedi. Eu precisava ir para a Europa, lá tem muitos países que não extraditam e nem cumprem decisões judiciais de outros países. Mas viver na Europa é muito mais caro, então eu precisava de mais dinheiro. E eu precisava do avião à minha disposição caso eu precisasse sair às pressas de algum lugar. Mas o garoto resolveu bancar o poderoso comigo e não fez o que eu queria. E a imprestável da Hebe também não estava me ajudando.Como se não fosse o bastante, duas mulheres resolveram me denunciar aqui, depois de tanto tempo e ainda estão se fazendo de esquecidas, alegando que não assinaram nenhum acordo comigo. Acabei pas
“Heitor”Aquele cretino do Reinaldo perdeu completamente a noção. Ele nem se dá mais ao trabalho de fingir ser um pai minimamente afeiçoado aos filhos. Me cercar no restaurante foi muita ousadia.Voltei para o escritório e pedi algo para comer por aqui mesmo, só pra não ter o desprazer de olhar para a cara dele de novo. Enquanto comia, liguei para o meu cunhado Eduardo e expliquei o que aconteceu, ele me garantiu que o Reinaldo não se aproximaria nem da Hebe, nem das crianças e muito menos da minha mãe. Depois liguei para a minha mãe e ela pediu para eu me acalmar, que as coisas se resolveriam.Quando a Julia e a Melissa voltaram do almoço eu as chamei em minha sala, precisava alertá-las também, elas estavam sempre muito perto de mim e poderiam ser usadas.- Garotas, talvez eu deve colocar um segurança para cuidar de vocês. – Falei depois de contar toda a situação.- Heitor, fica tranqüilo, seu pai não nos ameaçou, nós não somos alvos dele. – Melissa tentou me acalmar, mas notei que a
“Samantha”Eu estava agitada e ansiosa desde o momento em que a Maria, a governanta do Heitor, me ligou hoje depois do almoço. Ela me ligou para avisar que a loja havia entregado os móveis. Maria era uma mulher adorável, sabia controlar uma casa como ninguém e era tão meiga e tão gentil que era como uma mãe. Nós duas nos entendemos muito bem, combinamos que ela me ligaria sempre que precisasse e que me avisaria assim que os móveis chegassem.Eu estava muito empolgada. Saí da empresa muito feliz, mas ao entrar no carro do Heitor, percebi que ele estava muito tenso. Ele me deu um beijo e ficou um pouco abraçado comigo.- Meu lindo, o que houve? – Perguntei sentindo que tinha algo errado. Ele parecia cansado e estressado.- Foi um dia de merda, Sam. Só quero passar a noite agarrado a você. – Heitor suspirou e me soltou, dando partida no carro.- O que aconteceu, Heitor? – Fui ficando ainda mais preocupada.- Reinaldo. – Heitor falou unicamente.- O que foi agora? – Insisti.Durante o per
“Heitor”Hoje finalmente seria o jantar em que apresentaríamos nossas mães, Samantha havia organizado tudo, não permitindo sequer que eu fizesse os convites. Ela estava feliz e ansiosa por isso. Foi pra casa mais cedo e quando cheguei ela já estava linda, toda arrumada e comandando a arrumação da mesa.- Meu lindo, você chegou! – Ela veio toda feliz me receber com um beijo.- Hum, acho que vou começar a chegar em casa depois de você, só pra ser recebido assim. – A abracei e dei mais um beijo que a deixou sem fôlego.- Talvez deva. – Ela falou tentando respirar depois de separar o nosso beijo. – Mas agora vai se arrumar, daqui a pouco nossas famílias chegam.Muito a contra gosto soltei a Samantha e fui tomar um banho. Ao voltar para a sala Samantha observava satisfeita a mesa posta e eu senti um cheiro delicioso vindo da cozinha.- Nossa, está tudo muito lindo! – Falei observando o trabalho perfeito que ela tinha executado arrumando a mesa.- Você acha que sua mãe vai gostar?- Vai ado