“Heitor”Tomei um porre fenomenal na noite passada! Nem eu me reconhecia mais, eu estava arrasado. Eu fui até a casa do Alessandro visitar os bebês, mas quando eu estava chegando a Samantha estava saindo, ela nem me deu chance de falar com ela. A vi entrar no carro e ir embora e fiquei ali parado por longos minutos. Eu estava no limbo, totalmente arrasado. Nem entrei na casa, voltei para o meu carro e fui para o hotel.Fui para o meu quarto e como todas as outras noites comecei a beber. Bebi! Bebi muito! Bebi mais do que eu mesmo percebi que tinha bebido. Quando acordei estava numa sala iluminada e comecei a olhar pelo ambiente onde eu estava. Olhei e vi que havia algo conectado a mim, olhei ao redor e vi algo como bolsas de soro penduradas. Merda! Eu fui para num hospital. Mas como eu fui parar num hospital? Eu estava trancado no meu quarto de hotel, abraçado a uma garrafa de whisky, isso era tudo o que eu me lembrava.Minha cabeça doía, tudo em mim doía. Então fiquei ali deitado olh
“Heitor”Melissa e eu fomos tomar um café na padaria perto do escritório. Ela me deu um “suave” puxão de orelha, digamos assim, e me chamou de volta pra realidade.Depois ditou as regras, nós faríamos compras, cuidaríamos do visual, eu comandaria meu império amanhã e depois ela me ajudaria com a Samantha. Não entendi o que ela quis dizer com tudo isso, mas seu eu estava na chuva era pra me molhar e já que ela ia me ajudar, era melhor aproveitar.Saímos da padaria e pegamos um taxi. Fomos direto para o hotel onde eu estava me hospedando há meses.- Martinez, é o seguinte, você vai tomar um bom banho, juntar as suas coisas e deixar esse hotel agora. – Melissa falou quando entramos.- Mel, eu não posso ficar naquela casa sem a Sam e se eu voltar para o apartamento ela nunca vai me perdoar.- Ih, já vi que vou ter que mudar a ordem das coisas. – Melissa reclamou. – Tá bom, te ajudo com a Sam hoje e segunda feira você volta a comandar seu império.- Você está falando sério? – Abri um sorri
“Samantha”Depois de receber a mensagem da Melissa eu resolvi tomar uma providência, cansei de esperar. Fui pra casa, tomei um banho, fiz uma maquiagem bem bonita, me perfumei e escolhi um vestido que eu ainda não tinha usado, calcei uma sandália de salto altíssimo e estava pronta pra recuperar meu homem, seja lá em qual inferninho ele estivesse metido. Então liguei para o meu mais fiel aliado, o Enzo.- Tia, sua linda! Como você está? – Enzo me atendeu com o jeitinho de sempre.- Estou ansiosa e preciso da sua ajuda. – Falei sem rodeios.- O que aconteceu. – Ele ficou sério.- Preciso encontrar seu tio, mas parece que ele não está em lugar nenhum. Há meses não aparece nem na casa e nem no apartamento. – Falei quase sem respirar.- Peraí, tia. – Ouvi o Enzo caminhar pra longe do telefone. Pouco depois voltou. – Tia, minha mãe disse que ele pode estar na casa da minha avó. Onde você está?- Estou em casa.- Então se arruma que eu passo aí daqui a pouco pra te pegar e nós vamos lá na vo
“Samantha”Depois de abrir a porta vi que todo o ambiente era iluminado por pequenas luminárias espalhadas por todo o ambiente. No teto, havia um mar de balões transparentes perolados, enchidos com gás hélio, de cada um pendia uma fita branca e na ponta tinha uma variação entre fotos minhas e do Heitor, ou bilhetes com pedidos de desculpas ou declarações românticas, ou corações vermelhos em papel cartão. Eu fui passando e vendo cada mensagem e cada foto de um momento feliz que tivemos juntos e foram muitos.Cheguei à sala já com o rosto banhado em lágrimas e ao olhar pra frente vi o Heitor ali parado, naquela sala onde assistimos o nascer do sol e onde ainda estavam nossos tapetes felpudos e nossas almofadas coloridas. Ele estava simplesmente ali, de pé, com as mãos nos bolsos e um olhar ansioso. O teto da sala também estava coberto de balões com fotos, mensagens e corações. E as mesmas pequenas luminárias deixavam o ambiente com uma iluminação aconchegante.Na mesa de apoio que ficav
“Samantha”Ao abrir a porta do quarto e me colocar no chão eu fiquei impressionada. Poucas luminárias deixavam o quarto em uma penumbra que dava uma atmosfera romântica ao cômodo. Por todos os lados haviam chocolates e bombons. Sobre a cama, uma cesta enorme de chocolates variados. Em molduras espalhadas pelas paredes haviam cartazes impressos em gráfica, cada um com uma declaração de amor diferente. Haviam corações de papel jogados por todas as superfícies planas.Heitor tirou a cesta de chocolates da cama e colocou na mesinha de cabeceira, tirou um bombom da cesta e veio até mim, enquanto o abria. Colocou em minha boca eu mordi. Era um bombom de licor e quando eu mordi o licor escorreu pelo canto da minha boca. Heitor se aproximou e lambeu e chupou o lugar onde tinha escorrido o licor, depois colocou o resto do bombom na boca.Ele estava me seduzindo. Começou a desabotoar a camisa e lentamente foi despindo o seu corpo, permitindo que eu o admirasse e desejasse. Não permitiu que eu t
“Heitor”Acordei sozinho ali entre as almofadas, até cheguei a pensar que tinha sido tudo um sonho, um delírio. Subi as escadas e chegando ao quarto vi as roupas da Samantha sobre a cama. Entrei no banheiro e ela estava debaixo do chuveiro, linda, com aquela pele que me encantava toda molhada. Não resisti e me juntei a ela, a abraçando por trás.- Hum, você acordou! E pelo visto bem animado. – Samantha sorriu sentindo minha excitação encostada em sua bunda perfeita.- Eu sempre fico animado com você, minha deusa! – Respondi dando uma mordidinha em sua orelha. – Você me deixou sozinho lá, cheguei a pensar que tinha sido tudo um sonho e que você não estava aqui.Samantha se virou pra mim com um sorriso lindo no rosto e me puxou para um beijo.- Sabe, naquela noite que você foi ao meu apartamento, quando eu acordei eu achei tinha sido um sonho, que a bebida me fez imaginar que você estava lá comigo. Eu fiquei arrasada. – Samantha falou encostando a cabeça no meu peito.- Mas eu deixei um
“Heitor”Durante o percurso até a marina, mandamos mensagem para os nossos amigos dizendo que estávamos no mar e que na segunda estaríamos de volta. Claro que nenhum deles ficou satisfeito em ter que esperar pelas novidades, principalmente a Mel, mas eu queria continuar um pouco mais matando a saudade da minha deusa.Deixei de lado a minha mãe, deixaria pra pensar sobre isso depois, mas com certeza eu ia querer saber o que estava rolando entre ela e o médico. Agora eu estava feliz demais com a mulher da minha vida.- Heitor, mandei uma mensagem para o Enzo, ele estava curioso para saber se deu tudo certo. – Samantha me puxou dos meus pensamentos.- Esse garoto adora uma fofoca. Já deve estar contando pra todo mundo. – Sorri pensando no meu sobrinho que fala demais, mas é um ótimo garoto.Samantha e eu fomos para o nosso refúgio, aquele canto rochoso perto de uma ilha deserta no meio do mar. Passamos o sábado inteiro grudados, nos amando, aproveitando o mar e o sol, falando sobre o que
“Samantha”Voltamos do mar no domingo à noite e fomos para a casa do Heitor. Eu estava cansada e nós não conseguíamos nos desgrudar. Tomamos um banho e nos deitamos abraçadinhos, apenas fazendo carinho um no outro.- Rouxinol, quero que você aceite a segurança de novo. – Heitor me chamava de Rouxinol em momentos de carinho e intimidade e me chamava de ‘minha deusa’ em momentos mais obscenos e descontraídos, eu estava adorando isso.- Meu lindo, eu não preciso de segurança. O Rômulo está preso e não sabe onde eu moro e nem onde eu trabalho. Inclusive, faz bastante tempo que não recebo nenhuma carta. – Heitor soltou um longo suspiro.- Rouxinol, o seu ex maluco não é o nosso único problema. – Heitor passava o nariz na minha orelha.- Meu lindo, o Junqueira já foi preso. – O lembrei, fechando os olhos para sentir melhor o seu carinho.- Rouxinol, eu estou falando do Reinaldo. – Quando ele disse isso eu fiquei tensa.- Por que eu preciso de segurança por causa do Reinaldo?- É uma históri