Todos chegaram e meu chefe me disse para trancar a porta da minha sala e fechar a porta da sala dele quando entrasse. Nos sentamos nos sofás e Alessandro começou.- É o seguinte, vocês quatro são as únicas pessoas em quem confio nesse momento, então o tema dessa reunião é sigiloso e ninguém deve saber. Há seis meses eu notei algumas pequenas incongruências entre os relatórios financeiros, a contabilidade e os relatórios comerciais. Então, eu e Patrício começamos a olhar com mais cuidado. Com o último relatório financeiro nós tivemos certeza, tem alguma coisa errada quando cruzamos os dados. Acho que alguém está roubando a empresa.Eu fiquei apreensiva, isso era muito grave. Olhei para o Rick que estava como eu muito atento. Então o Patrício falou:- É gente, mas não é só que estejam desviando dinheiro, estão desviando outros recursos também, além de alguns clientes estarem diminuindo a freqüência de negócios conosco e alguns simplesmente encerraram seus contratos.- Então rapazes isso
Ouvi meu chefe chamar e me virei pensando que ele fosse me passar mais algum trabalho.- Pois não, Sr. Mellendez.- Feche a porta, por favor, e venha até aqui.Fechei a porta, voltei e me postei em frente a ele que estava sentado naquele mesmo sofá que me lembrava coisas insanas.Alessandro tinha uma postura meio desolada, com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça baixa. Tive vontade de correr as mãos em seu cabelo e lhe dizer que ficaria tudo bem, mas não fiz isso.Todas as vezes que ele me tocava ele me tirava completamente da razão. O simples toque dele, por mais superficial que fosse, fazia minha pele queimar e meu corpo implorar por ele. Era inexplicável o que esse homem causava em mim.Ele se ergueu a minha frente e me puxou pela cintura para o seu abraço. Era calmo, gentil e afetuoso. Era diferente de todas as interações que tivemos até agora, mas ao mesmo tempo era uma sensação familiar e que aqueceu meu coração.Senti que ele depositou um beijo cálido em meu ombro dire
“Alessandro”Percebi durante o percurso que a Catarina estava muito tensa e preocupada, fosse o que fossetinha mudado o estado de ânimo da minha assessora.Quando chegamos ela desceu do carro correndo e eu segui em seu encalço. Ela me olhou como se quisesse perguntar o que eu estava fazendo e me apressei em responder:- Vou te acompanhar, não sei qual é a emergência, mas você pode precisar de ajuda.Ela não disse nada, apenas concordou. Quando entramos em seu apartamento, uma senhora veio ao nosso encontro.- Catarina, que bom que você chegou, eu ia te ligar. – a mulher falou preocupada.- Onde ele está, Lygia? – Catarina perguntou aflita.- Está no quarto e a febre aumentou. Eu vim buscar aguar pra ele. – A mulher respondeu enquanto eu pensava quem diabos é ele?Catarina irrompeu corredor adentro e eu não me contive, fui atrás. Quando entrei no quarto a vi pegar uma criança no colo e cheia de doçura dizer:- Calma, meu amor. A mamãe chegou.Mamãe? Ela é a mamãe? Minha cabeça girava e
“Alessandro”Eu não consegui dormir, passei a noite andando pelo meu apartamento. Às cinco da manhã desci para a academia que tinha no prédio, precisava me libertar de tanta tensão. Passei a hora seguinte chutando e esmurrando um saco de areia. Às sete eu já estava na empresa.Aproveitei para ligar para o Alberto Alencar. Eu o conhecia e sabia que era o tipo de homem que madrugava e começava a trabalhar muito cedo, então não me importei com a hora. Conversamos por um bom tempo, expliquei por alto o que estava acontecendo e que procurá-lo foi sugestão da Catarina. Ele ficou muito feliz ao ouvir o nome dela, disse que ela foi um recurso valioso para ele e sua perspicácia foi fundamental para encontrar provas.Após falar com o Alencar, recebi uma mensagem da minha assessora perguntando se poderia se atrasar, pois teria que esperar a babá chegar, já que o filho não poderia ir para a creche. Respondi de imediato:“Catarina, fiquem em casa com seu filho hoje.”Rapidamente a tela do celular
“Alessandro”Depois que todos saíram da minha sala, aproveitei para fazer mais algumas ligações e despachar alguns documentos. A manhã passou bem rápido e logo o Patrício apareceu me arrastando para almoçar.Quando voltamos eu decidi ir até a confeitaria, pensei em alegrar um pouco o dia da minha assessora. Eu estava sendo corroído pela curiosidade em saber sobre o pai do filho dela, mas eu poderia esperar ela estar menos tensa para me contar.Quando voltei para o escritório ela já estava em sua mesa trabalhando. Perguntei por seu filho e com um grande sorriso ela disse que ele estava bem e já estava falante como sempre. Sorri e fui para o meu escritório.Quase no fim do dia fui até a porta e chamei minha assessora. Quando ela entrou eu tranquei a porta. Ele arregalou os olhos pra mim e eu a mandei sentar no sofá. Eu tinha muitas perguntas pra ela, mas tinha decidido deixar para fazer amanhã, em casa, seria menos formal, ela já estava bastante sobrecarregada, minha idéia era aliviar a
“Alessandro”Me sentei em minha cadeira, atendi no viva voz e ouvi a voz estridente:- Alessandro, que merda é essa de reformar o andar do financeiro sem minha autorização?- Abaixe o tom de voz, Junqueira, eu não sou sua putinha pra você ficar gritando comigo eu sou o seu chefe. E eu não preciso da sua autorização para fazer o que eu quiser na minha empresa!- Isso é um desrespeito, eu tinha acabado de sair do prédio quando recebi uma mensagem da Mariana informando que à partir de segunda o financeiro irá operar no décimo sexto, no mesmo andar do marketing. É um absurdo completo o financeiro dividir o andar com outro departamento, ainda mais o marketing! Tentei voltar mas o elevador não está parando no andar. Que porra está acontecendo?- Está acontecendo exatamente o que diz a mensagem, o andar do financeiro entrará em reforma, siga as orientações enviadas no e-mail, à partir de segunda vocês trabalham no décimo sexto. O financeiro e o marketing dividirão o andar temporariamente, nã
Saí do escritório sem acreditar no que tinha acontecido, mas tinha sido bom demais.Decidi pegar um taxi para chegar mais rápido em casa pra ver meu filho. Quando cheguei ele veio todo risonho até mim, com a vozinha meio fanhosa gritando mamãe com alegria. Meu filho enchia o meu coração de amor.A Mel ainda não havia chegado. Conversei um pouco com a Lygia, ela era realmente maravilhosa, já tinha deixado tudo pronto, inclusive o jantar, e o Pedrinho já tinha tomado os remédios.- Lygia, eu nem sei como te agradecer. – falei com sinceridade.- Não tem o que agradecer, Cat. Seu filho é a criança mais adorável que já cuidei na vida. Ele não dá trabalho nem estando com esse resfriado. Além do mais, quando a D. Inês me ligou dizendo que precisava de mim para cuidar de um netinho dela eu fiquei muito feliz, eu fico muito sozinha em casa.Eu sorri com o que ela disse. A Mãe da minha amiga realmente considerava o meu filho como um neto e tinha se preocupado que ele estivesse bem cuidado enquan
Cheguei ao prédio do Alessandro e fiquei impressionada com o lugar, a fachada era linda e muito moderna. Me identifiquei e o porteiro me liberou. No elevador, comecei a repassar mentalmente todas as coisas que eu faria para atormentar meu chefe.A Mel e eu ficamos acordadas até tarde escolhendo roupa, sapato, lingerie e traçando a estratégia de sedução, como ela chamou.Ela me convenceu a usar um vestido alaranjado, uma cor viva e chamativa. Ela disse que contrastava com minha pele clara e o cabelo escuro e me deixava radiante. Era um vestido na altura dos joelhos, justo com uma fenda em cada lateral, de modo que quando eu me sentava mostrava pernas demais, tinha o decote quadrado e alças largas. Escolheu um conjunto da calcinha e sutiã brancos de renda e fitas, uma sandália preta super alta de tiras e arrumou o meu cabelo meio preso com duas mechas caindo no rosto. Caprichou na maquiagem bem natural. E de acordo com a Melissa eu estava pronta pra enlouquecer qualquer um.Então aqui e