P.V. CHARLES– Preparei duas malas com as coisas dela. Não sei quanto tempo vai ficar por aqui e caso precise de algo eu trago depois. – Shari avisou. – Eu separei essa bolsa com alguns produtos de cabelo e perfume que ela gosta. Pelo que eu me lembro Aline é bem chata com essas coisas. Olhei as malas e a bolsa no canto da sala. Shari se ofereceu para fazer isso quando falei que Aline ficará na minha casa.– Pode ficar aqui se você quiser.Shari chegou a pouco tempo e pelo me contou ficaria com Aline.– Ah, não. Ficarei na casa da Aline mesmo. Não quero atrapalhar esse momento de família. – Ela fez uma careta olhando ao redor. – E eu também acho que Joe não gostou muito de mim.Ela estava procurando o Joe. Passei a mão pelo rosto fingindo afastar uma mosca, mas estava me segurando para não rir. Joe não gostou dela ou melhor tem medo dela. Ele acha a Shari estranha e agitada demais. Mais agitada do que ele que é uma criança, esse foi o argumento do Joe. Então ele procura ficar o mais
E a necessidade que sinto para esclarecer tudo isso é enorme. Se eu pudesse escolher entre ter conhecido Aline em uma clínica ou em um passeio qualquer pela vida, com certeza seria a segunda opção.Ela não teria ido embora.A minha família não teria ficado tanto tempo separados.– É aí que entra a vida adulta. – Comecei a dizer. – Conversamos sobre o quanto é difícil e complicado, mas que um dia você vai entender. Quero que saiba que Aline e eu amamos você igualmente, somos seus pais. Amamos você mais que tudo, não teria como definir o tamanho do nosso amor. – Sorri olhando cada detalhe do seu rosto. – Você tem um pouquinho de cada um.– Fisicamente é a cara do seu pai. – Aline resmungou. Ela colocou a mão em cima da minha. – Somos uma família. Sempre. Seu pai e eu estamos juntos ou não, somos uma família Joe. E peço desculpa por não estar aqui antes, mas não vou embora mais. Me aceita como sua mãe?Joe demorou um pouco para expressar sua reação e já estava começando a esperar pelo pi
P.V. ALINEFlash Black onMexi meus dedos da mão esquerda. Que dor é essa? Sentia meu corpo bem dolorido. Ouvi vozes, mas não sabia identificar quem era. O que aconteceu? Sei que estou deitada, mas… Rosângela, eu estava conversando com a Rosângela. A mãe do Damian me empurrou. Eu sei que foi ela. Não foi sem querer. Eu vi! As vozes foram ficando mais perto e finalmente reconheci, mantive meus olhos fechados.– Então você teve a brilhante ideia de empurrar Aline escada a baixo, sério? – Damian diz com raiva.– Essa mulher é teimosa. Não ver o futuro brilhante que teria ao seu lado? Burra! Burra é o que ela é. Por que tinha que se envolver justo com ela? – Rosângela falou. – A ideia era que Aline se machucasse um pouco e você iria se oferecer para cuidar dela. Agora eu não esperava que a família Grant fosse aparecer e que aquela amiga idota dela fosse atrapalhar meus planos.– Eu não deveria ter falado da Aline para você. – Damian rebateu a mãe. – Ela poderia ter morrido, não ver isso?
Ou ele comprou muita gente nesse hospital para que ninguém soubesse das coisas que ele faz aqui que acredito que pode também ser suborno, ganhando dinheiro a mais de alguns pacientes, garantindo favores de outros e tenho certeza se outra pessoa sentar nessa cadeira vai descobrir coisas inimagináveis. E adivinha quem quer essa cadeira agora? Pode haver uma briga durante anos entre essas famílias, mas o pouquinho que eu possa conseguir ajudar outras pessoas e acabar com esse império da família Mccall. Eu vou fazer!– Que ousadia…Damian colocou a mão na frente da mãe, quando ela deu um passo em minha direção. Essa mulher mostra suas garras mais rápido do que eu imaginava.– Precisa descansar Aline e voltar para o seu trabalho como chefe da área infantil. – Damian falou olhando em meus olhos. – Com a sua volta oficialmente conversaremos.– Você não ouviu o que ela quer? – Filipe falou.Ainda estou surpresa por ver Filipe aqui.– Meu voto ela já tem. – Leonard garantiu. – Aposto que eu c
P.V ALINE– Sabe que não deveria ter saído hoje…– Charles, por favor. – Coloquei meu casaco. – Não vem com esse assunto novamente. Fiquei uma semana quieta e sem dar trabalho. Matilde mesmo me elogiou.Charles suspirou contrariado. Aposto que ele está doido para me dar um sermão. Me aproximei dele sorrindo.– Posso confessar uma coisa? – Comecei a mudar de assunto e ele sabia disso, mas era algo que queria falar mesmo.Charles inclinou a cabeça para o lado. Senti vontade de abraçá-lo, mas não fiz.– Diz, senhorita Carter. – O seu sorriso me fez sorrir também. – O que você confessar? Foi a mais algum lugar hoje? Sendo que deveria estar em casa descansando?Eu mordi o canto da boca, querendo rir.– O seu pai. – Olhei em seus olhos e fui sincera. – Eu pensei que a primeira vez que nos visse brigamos. Não aconteceu no hospital aquele dia, mas… Estava esperando que acontecesse.– Podia dizer que também achei que seria assim, mas Joe fez uma diferença muito grande na vida do mau pai. – Cha
– Terminei minha faculdade fora do país. – Contei a Matilde. – Tive muitas oportunidades, conheci muita gente e acredito que tenha me ajudado bastante. Não só como médica, mas como pessoa.– E você faz tudo ou só com as crianças? – Ela ficou confusa.Estamos na cozinha. Enquanto Matilde cozinha estou contando a ela como foi para mim durante esses cinco anos. Andamos tendo muito momento juntas, eu sentia muito a falta dela e era algo recíproco. Matilde vem me ajudando muito com o Joe além do Charles é claro. Porém só agora vemos a falar do passado, Joe estava sempre por perto também, então evitamos falar. Hoje Joe foi a casa da sua bisavó, Charles iria buscar ele quando voltasse do trabalho.– Fiquei um bom tempo como cirurgiã geral e também alguns meses como médica de emergência. – Apoie os cotovelos no balcão e olhei para ela sorrindo. – Mas cuidar das crianças para mim era como ficar perto de Joe de alguma forma… O que eu não pude fazer por ele durante esses anos, eu tentei fazer pe
P.V. CHARLES– Ter meu irmão e meus sobrinhos querendo falar comigo… – Kaden olhou para nós três demorando seu olhar mais em mim. – O que estão aprontando?Viemos ao seu apartamento para conversar. Mesmo que ele tivesse mais tarde na casa da minha avó e eu fosse encontrar ele porque preciso ir buscar o Joe, eu achei melhor não ter essa conversa onde tem muitos ouvidos.– A história é longa. – Leonard cheio mais um copo de whisky. – Esse é meu último, se não a Priscila me castra. – Ele diz para descontrair.– Ouvi dizer que Priscila está querendo ter mais um. – Kaden falou. – Ouvi ela comentando com Francine. Na última visita que fizeram a casa de minha mãe. – Kaden me olhou. – E esse deve ser o motivo para não estarmos conversando lá. Muitos ouvidos. E não querem que a matriarca da família saiba.– É melhor manter em segredo por enquanto. – Filipe deu de ombros.– Ela não vai gostar nada, nada quando souber. – Kaden nos olhos sério e logo riu. – Quero participar! Precisamos de mais ad
P.V. CHARLES- Papai, eu não estou mais falando com a Julinha.Eu ajudei Joe a descer do carro.- E eu posso saber o porquê? Pelo que eu me lembro vocês são bem amigos. - Segurei sua mão.Alguns minutos atrás, passei na casa da minha avó para buscar Joe. Hoje nem eu e Matilde fomos buscar ele, Priscila foi buscar o Alvin e levou eles para casa da Loretta. Com Aline aqui em casa Joe se recusa a dormir em outros lugares.- Ela veio conversar comigo com um assunto muito estranho falando sobre a mamãe dela e você estarei namorando. - Joe ficou sério. - Você não está namorando a mamãe dela e ela insistiu no assunto. Eu falei que você namorava minha mamãe e ela ficou negando tudo o que eu dizia.Parei na frente do Joe e me agachei.- Por que você não chama a Aline de mãe na frente dela?Venha percebendo que Joe tem chamado Aline de mãe, mas não na frente dela. Teve uma vez com o meu pai mesmo, Joe se sentiu à vontade em chamar a Aline de mãe.Flash Black on- E eu posso saber porque você nã