P.V. ALINE Abri meus olhos com dificuldade e me encolhi na cama e acabei abrindo mais o corpo de Charles contra mim. Sorri, lembrando da minha noite. Charles e eu transamos. Não sabia que estava com tanta vontade de te-lo até realmente fazer. Foi tão… aff, porque me sinto como uma menina apaixonada quando estou com Charles. Ele me causa uma sensação muito boa, mesmo quando a gente briga e tem nossas chateações gosto de ter ele por perto. Mas não posso considerar que por causa dessa nossa noite possamos estar juntos. Não. Como eu falei antes, o foco seria o meu filho e eu não preciso necessariamente estar com Charles, o pai do meu filho.Ontem Charles disse que iria me conquistar e quer que seja do jeito certo. Ele estava falando sobre a forma que a gente se conheceu. Mas será que Charles está mesmo disposto a isso? É confuso pensar que cinco anos depois temos a chance de ficar juntos de novo. Não estou considerando o que Damian falou sobre ele, considerar alguma coisa que Damian f
Charles levantou rapidamente e vestiu a sua cueca box a caminho da porta. Eu levantei também, colocando a cueca box que Charles me emprestou e a camisa dele.– Ei, o que foi? – Ouvir Charles perguntando para Joe.Corri até a porta e vi Charles agachado na frente do Joe. Meu filho estava de pijama azul e estava agarrado com um urso panda. Antes de subirmos eu passei pelo quarto do Joe e ele já estava dormindo, a cama dele me lembrava muito a um berço que Charles queria antes de Joe nascer. É quase uma cama de casal em formato de carro. Joe dormia tão tranquilamente naquela cama que quando eu beijei sua testa, ele nem se mexeu.– O monstro quer me pegar, papai. – Joe falou voltando a chorar. – Vai levar eu embora.– Calma, está tudo bem. – Charles enxugou as lágrimas de Joe com as suas mãos. Me aproximei deles. – Foi apenas um pesadelo. Ninguém vai te levar embora.Ele soluçou e olhou para mim.– Ninguém vai te levar Joe. – Reforcei e sorri para ele.Eu queria abraçá-lo e assegurar que
P.V. CHARLES GRANT– Parece que tem alguém nas nuvens hoje. – Leonard comentou com uma leve provocação.Ele pode falar o que for que não vai me estressar ou me tirar do sério. A noite passada realmente aconteceu?Hoje de manhã eu realmente tomei café da manhã com meu filho e a mãe dele? Ou tudo isso é um delírio? É bem provável que seja um delírio. Ri de mim mesmo. Hoje na parte de tarde busquei Joe no colégio e vim para casa da minha avó, no caminho para cá comprei um buquê de flores e mandei entregar no trabalho da Aline. Até agora não tive nenhuma resposta, mas espero que ela tenha recebido.– Leo, eu vou casar com essa mulher.Ele bateu palmas.– Tenho certeza! E eu e a minha esposa seremos os padrinhos desse casamento.Estamos sentados na varanda da casa enquanto as crianças corriam de um lado para o outro. O sol está bem quente e sinceramente não sei como as crianças estão conseguindo correr tanto. Estou com humor tão bom que nem briguei com o Joe quando ele acertou a bola três
P.V. ALINE– Um dos nossos médicos foi chamado para o centro de cirurgia. – Manuela comentou. – Parece que já são 4 horas de cirurgia e ainda não tiveram um retorno bom sobre o paciente.– Que possa dar tudo certo e que essa cirurgia seja um sucesso.Manuela balançou a cabeça com cordão, estamos andando pela área infantil e ajudando algumas enfermeiras a repor os remédios e acessórios como toalhas e cobertas. Eu gostava desse momento conversando com os funcionários e até com alguns pacientes. Só um momento que eu paro para pensar porque eu escolhi a medicina e porque eu faço questão de continuar, consegui salvar quantas vidas graças a Deus. Eu podia orientar tantas pessoas com o que eu aprendi, querendo ou não agregando coisas boas para os outros. E agora estou na parte mais administrativa, me orgulho ainda mais por está tendo um outro ponto de vista. Até mesmo longe da cirurgia estamos cuidando das pessoas e fazendo o hospital funcionar. Manuela e eu estávamos passando pelo corredor
– Tá bom. Vou pegar minhas coisas e ir para lá. – Manuela me deu um abraço se despedindo e deu um tchauzinho se despedindo do Charles, Leonard e Alvin antes de sair.– Acha que Joe vai precisar passar a noite aqui…– Com certeza! – Charles interrompeu Leonard. – Joe vai fazer todos os exames possíveis.– Charles foi só um braço quebrado. – Tentei falar.– Ele pode ter batido a cabeça também. Não estávamos na hora para saber como foi a queda dele.– Charles não seja dramático. – Leonard falou. – Joe só começou a chorar quando viu que os médicos estavam levando ele e você não poderia ir junto.– Mas pensando por esse lado…– Não começa a pensar desse jeito não, Aline. – Leonard falou me interrompendo. – É um caminho sem volta. Charles já é o louco dos cuidados, por favor não se torna uma mãe… quero dizer… ah, sei lá. Só não fica maluca igual o Charles.– Eu não sou maluco e muito menos louco por cuidados. – Charles se defendeu. – Eu não tenho culpa se você é um irresponsável e é a Prisc
P.V. ALINE Dou um tempo na minha sala mesmo que tenha passado o meu horário. Charles me mantinha informada por mensagem, eu consegui olhar a ficha do Joe e está ciente de tudo que aconteceu. Damian estava participando de uma cirurgia e agradeço a Deus por isso. Não duvido que ele daria um jeito de me mandar embora só para que eu não visse o Joe. Parece que a paz acabou. Vejo que terei problemas com Damian, ele mudou completamente. Parece até que não sabe ouvir um não e muito menos aceita sim. Leonard não gosta dele e não esconde isso.Estou me segurando para não ir até aquele quarto e ver ele. Agora estou esperando que eles saiam. O Dr. Hudson garantiu que Joe estava bem e que mesmo quebrando o braço, tudo ocorreu muito bem e Joe precisa ficar com o gesso por duas semanas e esses primeiros dias tem que ficar de repouso. Queria estar abraçada com ele mesmo ouvindo ele me chamar de tia, queria ouvir sua voz.'Quer ir no carro com a gente? O motorista do Leonard chegou para levar ele e
P.V. ALINECharles segurou minha mão entrelaçando nossos dedos e com a cabeça indicou para a porta. Dou mais um beijo em Joe antes de sair do quarto.- Onde vamos? - Perguntei quando saímos do quarto. Charles continua segurando a minha mão enquanto a gente ia em direção às escadas.- Comer alguma coisa.- Mas eu...- Deixa eu adivinhar? - Revirei os olhos. Nesse adivinha ele sempre acerta. - Sua última refeição foi o seu almoço. Já são quase nove horas da noite, vamos comer. - Entramos na cozinha.- Não deveríamos esperar Matilde para comer também?- Ela só vai sair de perto do Joe agora quando ele dormir. - Charles olhou as panelas. - E Joe nem vai comer o bolo dele. Ele está cansado, logo vai dormir. Matilde só me deixou realmente sozinho com Joe depois que começamos a nos falar.Me aproximei mais dele.- Sério? - Charles concordou pegando os pratos e me entregando um. - Por que?- Ela falou que se algo acontecesse com Joe era para ligar para você. - Arrumamos nossa comida. - Matil
P.V. ALINESair do quarto antes que Charles acordasse. Ontem a gente não demorou muito para dormir, eu não demorei para dormir. Acho que dormir enquanto Charles me contava alguma coisa do seu trabalho, eu acho. Fechei a porta com cuidado e passei pelo quarto do Joe, ele ainda dormia tranquilamente achei melhor não ir até ele para não acordá-lo e descer para a cozinha. Encontrei a Matilde na cozinha cantarolando.– Por favor, me diga qual é a receita para acordar sempre de bom humor.Ela se virou sorrindo e veio me abraçar.– Que saudade que eu estava de você, menina! – Matilde me abraçou bem forte e eu não poderia deixar de repetir esse ato.– Eu também confesso que senti muito a sua falta, Matilde. Desculpa por eu ter ido…– Nada de desculpa! São águas passadas. – Ela desfez o abraço ainda com as mãos nas minhas e me olhou com um lindo sorriso no rosto. – Então me diz como foi esses anos longe? Você está tão linda! É claro que se tornou uma mulher mais linda do que já era e uma médic