P.V. CHARLES– O que você faz aqui? – a pergunta saiu bem mais rápido do que eu pensei.– Bem, eu não poderia separar nossos filhos, não é? – Ela riu. – Eles criaram uma amizade tão forte e com base que muitos pais decidiram tirar seus filhos daquela escola porque a família Grant tirou os seus filhos, a reputação da antiga escola não está muito boa.Suspirei. A minha intenção não era acabar com a reputação da escola e muito menos trazer a senhora Horta para essa escola. Leonard falou que descobriu por terceiros que a senhora Horta está interessada em mim, eu não quero. Já posso considerar isso uma perseguiç&a
P.V. ALINE CARTER– A Julinha é minha amiguinha da escola. Ela é bem agitada, mas é muito legal. Eu fiz dupla com ela na última escola. – Joe falava enquanto comia. – Você acredita que ela está na minha sala de novo?Percebi que Charles não estava gostando muito daquela conversa, mas não interrompeu o filho. Será que ela não gosta dessa menina? Cortei a carne no prato do Joe e ele continuou falando.– Muitos colegas da minha escola antiga estão na nova, mas estou conhecendo muitos amiguinhos novos. Alvin é da minha sala também, a Leah é mais velha que a gente. Ela tem sete anos. – Joe voltou a comer. – Como ela é mais velha n&atild
- Está com defeito.- Não está com defeito, Aline.Damian e eu estamos sentados com cotovelos apoiados no balcão da sua cozinha. Depois do expediente eu vim para casa dele, agora estamos aqui olhando para a pipoqueira.- Deveria estar saindo mais pipoca.- É, talvez esteja muito tímida na sua presença. Olhei para ele.- Sério? O tempo que vai demorar para fazer pipoca é o tempo que a gente fazia na panela e estaríamos assistindo o filme.Damian concordou e desligou a pipoqueira. Passamos a pipoca para uma panela e realmente foi bem mais rápido. Era para termos feito isso antes, mas Damian consegue ser mais teimoso que eu. Nova York hoje está um frio insuportável, ninguém em sã consciência sairia durante a noite. Acredito que o tempo só vai piorar e odeio ficar sozinha nesses momentos. Damian sentou ao meu lado e puxou a coberta para se cobrir.- Vamos ver um filme de terror.- Com toda certeza não. - Falei e peguei o controle da sua mão.- Tudo bem, daqui alguns minutos vamos fazer o
À noite uma tempestade se fez presente e foi difícil para que pudéssemos voltar para nossas casas. Espero que não aconteça nada de grave nas ruas. Meu celular tocou avisando que tinha chegado mensagem. Peguei o celular dentro da minha bolsa conforme entrava no estacionamento indo até meu carro.'Muita chuva hoje. Ter companhia seria muito bom.' - Damian.Sorri. Ficar sozinha em casa com essa chuva não seria nada legal.'Estou no estacionamento. Minha casa ou a sua?' - Aline.Eu sabia qual seria sua resposta.'Minha. Espera perto do meu carro que já estou chegando.' - Damian.
P.V. CHARLES- Não poderei ir, senhora Horta...- Renee. - Ela me corrigiu. - Pode me chamar pelo primeiro nome. Somos íntimos.Não somos, não. Renee Horta ficou viúva a uns dois anos e desde então não foi vista com ninguém. Agora parece que resolveu casar de novo e me escolheu para isso. Estou tentando não ser rude, mas ela está pedindo. Não é óbvio que não quero nenhuma aproximação? Mas ela continua insistindo.- Como estava falando eu não poderei ir. Matilde irá levar Joe.Renee segurou no meu braço me impedindo de sair. Es
P.V. CHARLES GRANT- O motoqueiro perdeu o controle da moto depois de pegar a sua moto na oficina. Pelo que entendi a culpa é dos profissionais que estavam cuidando da moto. Eles liberam essa moto estando pior do que quando o homem a levou. - Leonard falou vendo algo no celular.- Quanta irresponsabilidade! - Filipe anda de um lado para o outro. - Poderia ter matado alguém.Joe e Alvin estão brincando na piscina e Matilde está olhando eles. Leornad, Filipe e eu estamos distantes para que não escutem a conversa.- Estão movendo processos contra a oficina.- Vamos também! Meu neto poderia estar no h
P.V. CHARLES GRANT- Não saia do carro. - Falei para Joe e ele concordou mexendo as pernas.Ele está animado para vê-la. O motorista ficaria com ele. Antes de vir procurei saber se Aline estava no hospital trabalhando, assim que tive a certeza viemos para cá. Ajeitei o terno em meu corpo e vou a procura dela. Em poucos passos ali encontrei com a Manuela.- Oi... Senhor Grant. - Ela gaguejou.- Oi. Preciso falar com a Doutora Carter. - Vou direto ao assunto e dessa fez não fui rude com ela.Manuela concordou diversas vezes e pediu para que eu a acompanhasse, mas Damian apareceu.- Você por aqui, senhor Grant? - Não havia nenhum sorriso em seu rosto como de costume.Pelo menos comigo.- Ele...- Deixa eu adivinhar, você veio agradecer pessoalmente pelo o que a Aline fez. - Ele fala interrompendo Manuela. Não fiz questão de respondê-lo. - Foi o que pensei. Pode deixar que vou levar ele até a Aline.Manuela concordou e saiu rapidamente sem olhar para trás. Ela estava bem incomodada em nos
Manuela chegou às pressas na minha sala. Ela me falou que Charles estava à minha procura e ela iria trazer ele até a mim, mas esbarraram com Damian. Ela notou um clima nada bom entre eles e quando viu que Damian não estava trazendo Charles para minha sala, ela veio correndo me avisar.– Eu acho melhor você ir lá, Aline. – Manuela falou apreensiva. – Acho que corre risco deles brigarem.– Não fale besteira, Manu. São homens adultos e não tem porque eles brigarem.– Você não viu o que eu vi. – Olhei para ela. – E por que Damian não trouxe o Sr. Grant para sua sala?Pensei em suas palavras, mas não fiquei parada ali por muito tempo e saímos da sala rapidamente. Um frente ao outro, como se disputasse algumas coisas, mas foi Charles que demonstrou uma reação. Eu vi que Charles estava pronto para socar a cara do Damian, não faço a mínima ideia do que ele falou para Charles para chegar a esse. Mas sei que ele jogou e estava conseguindo o que eu queria. Charles não é uma pessoa explosiva a p