À noite uma tempestade se fez presente e foi difícil para que pudéssemos voltar para nossas casas. Espero que não aconteça nada de grave nas ruas. Meu celular tocou avisando que tinha chegado mensagem. Peguei o celular dentro da minha bolsa conforme entrava no estacionamento indo até meu carro.
'Muita chuva hoje. Ter companhia seria muito bom.' - Damian.
Sorri. Ficar sozinha em casa com essa chuva não seria nada legal.
'Estou no estacionamento. Minha casa ou a sua?' - Aline.
Eu sabia qual seria sua resposta.
'Minha. Espera perto do meu carro que já estou chegando.' - Damian.
P.V. CHARLES- Não poderei ir, senhora Horta...- Renee. - Ela me corrigiu. - Pode me chamar pelo primeiro nome. Somos íntimos.Não somos, não. Renee Horta ficou viúva a uns dois anos e desde então não foi vista com ninguém. Agora parece que resolveu casar de novo e me escolheu para isso. Estou tentando não ser rude, mas ela está pedindo. Não é óbvio que não quero nenhuma aproximação? Mas ela continua insistindo.- Como estava falando eu não poderei ir. Matilde irá levar Joe.Renee segurou no meu braço me impedindo de sair. Es
P.V. CHARLES GRANT- O motoqueiro perdeu o controle da moto depois de pegar a sua moto na oficina. Pelo que entendi a culpa é dos profissionais que estavam cuidando da moto. Eles liberam essa moto estando pior do que quando o homem a levou. - Leonard falou vendo algo no celular.- Quanta irresponsabilidade! - Filipe anda de um lado para o outro. - Poderia ter matado alguém.Joe e Alvin estão brincando na piscina e Matilde está olhando eles. Leornad, Filipe e eu estamos distantes para que não escutem a conversa.- Estão movendo processos contra a oficina.- Vamos também! Meu neto poderia estar no h
P.V. CHARLES GRANT- Não saia do carro. - Falei para Joe e ele concordou mexendo as pernas.Ele está animado para vê-la. O motorista ficaria com ele. Antes de vir procurei saber se Aline estava no hospital trabalhando, assim que tive a certeza viemos para cá. Ajeitei o terno em meu corpo e vou a procura dela. Em poucos passos ali encontrei com a Manuela.- Oi... Senhor Grant. - Ela gaguejou.- Oi. Preciso falar com a Doutora Carter. - Vou direto ao assunto e dessa fez não fui rude com ela.Manuela concordou diversas vezes e pediu para que eu a acompanhasse, mas Damian apareceu.- Você por aqui, senhor Grant? - Não havia nenhum sorriso em seu rosto como de costume.Pelo menos comigo.- Ele...- Deixa eu adivinhar, você veio agradecer pessoalmente pelo o que a Aline fez. - Ele fala interrompendo Manuela. Não fiz questão de respondê-lo. - Foi o que pensei. Pode deixar que vou levar ele até a Aline.Manuela concordou e saiu rapidamente sem olhar para trás. Ela estava bem incomodada em nos
Manuela chegou às pressas na minha sala. Ela me falou que Charles estava à minha procura e ela iria trazer ele até a mim, mas esbarraram com Damian. Ela notou um clima nada bom entre eles e quando viu que Damian não estava trazendo Charles para minha sala, ela veio correndo me avisar.– Eu acho melhor você ir lá, Aline. – Manuela falou apreensiva. – Acho que corre risco deles brigarem.– Não fale besteira, Manu. São homens adultos e não tem porque eles brigarem.– Você não viu o que eu vi. – Olhei para ela. – E por que Damian não trouxe o Sr. Grant para sua sala?Pensei em suas palavras, mas não fiquei parada ali por muito tempo e saímos da sala rapidamente. Um frente ao outro, como se disputasse algumas coisas, mas foi Charles que demonstrou uma reação. Eu vi que Charles estava pronto para socar a cara do Damian, não faço a mínima ideia do que ele falou para Charles para chegar a esse. Mas sei que ele jogou e estava conseguindo o que eu queria. Charles não é uma pessoa explosiva a p
Seguimos o caminho para minha casa, quando chegamos eu subi rapidinho para pegar uma peça de roupa e da casa do Charles. Eu iria direto para o trabalho amanhã. Não parei para pensar muito, peguei o que tinha que pegar e desci. Meu celular tocou e o nome do Damian apareceu.Tento não imaginar o tamanho da confusão que seria se eu não tivesse aparecido. Charles iria bater no Damian? Com certeza! O motivo é que eu não sei. Outra coisa que eu precisaria conversar com ele. Charles parecia ter uma necessidade de saber se eu estava realmente com Damian. Mas por que? Quais são as chances dele pensar em nós? Charles não demorou nada do tipo. Será que Charles e Damian tem alguma intriga do passado? Meu celular parou de tocar e Damian não insistiu em uma outra ligação. Fomos para casa do Charles e ag
P.V. ALINE– Shari, você falou que essa semana estarei aqui. Estou começando a achar que você está me evitando isso sim. – Estou em ligação com a Shari.– Amiga é sério. Surgiu um imprevisto e não poderei voltar para Nova York agora. – Ela lamentou. – Mas vou fazer o máximo possível para a semana que vem está aí. Temos muita coisa para conversar e colocar o papo em dia. Não desista de mim agora, hein?Sorri.– Não vou. Estou sentindo a sua falta. Você nem imagina.Shari é uma parte da minha vida de quando tu
Vou até a minha varanda com o chocolate quente em mãos. Sentei no sofá que tem ali e fiquei admirando à vista. O tempo está frio, mas nenhum sinal daquela chuva tenebrosa. Estou com um casaco bem quente e grande, cabe duas de mim nessa blusa de frio.Bebi um pouco do meu chocolate quente para me esquentar e soltei o ar pela boca vendo a fumaça. Minha conversa com Damian hoje mais cedo, não foi nada boa. Não sei como as coisas serão a partir de amanhã. Tratarei ele normalmente como meu chefe e nada além disso. Espero que para ele seja a mesma coisa e que não tenhamos qualquer confusão no futuro.Não imaginava que haveria uma conversa com aquela com ele e pouco imaginava que ele pensava tais coisas sobre mim. Damian me vê como uma mulher frágil que precisa ser protegida e ele acredita que seria o meu herói da história? Não. Eu sou a minha própria heroína. Achei que conseguiríamos manter uma amizade e nossos prazeres tendo tudo separadamente. Mas o seu tom de voz para cima de mim não me
Deixei meu celular na mesa que tem do lado do sofá que eu estou. – Aline? – Charles falou assim que atendeu. – Você está bem? – Ele perguntou preocupado. – Oi, sou eu. – Respondi. – Sim, estou bem. Você está muito ocupado? – Não. Pode falar. – Sr. Grant, a reunião… – Ouvi uma voz de fundo. – Cancele! – Charles interrompeu a pessoa. – Marque para amanhã. – Mas… – Preciso falar de novo? – Ele perguntou sendo rude. Acho que não foi o melhor momento para ligar. Eu não ouvi a resposta da outra pessoa. – Charles, eu não quero te atrapalhar, posso ligar mais tarde. – Falei. – Era para mim ter mandado uma mensagem antes para saber se você estava realmente ocupado ou não. – Aline está tudo bem. Não é nada importante no momento e você não me ligaria se realmente não tivesse precisando conversar. – Fiquei em silêncio. – O que aconteceu? Por que você está com essa voz? – Eu preciso conversar? Por que você pensa isso? – Tentei desconversar. Ao contrário dele, eu não consigo ir direto ao