Todos começaram a falar ao mesmo tempo.– Está de brincadeira! – Leonard riu. – É sério que ele vai mandar uma dessa?– Sabia que os Mccall não batiam muito bem da cabeça, mas mandariam uma dessa a essa hora? – Roger olhou a hora em seu pulso. – cara ainda não são nem 21 horas para você começar a contar as suas histórias para dormir.– Você pegou um pouquinho pesado, Mccall. – Francine riu.Priscila olhava para Damian totalmente desacreditada e até mesmo a Felícia de um pequeno sorriso no rosto. Filipe riu e Charles passou a mão pelo rosto, negando com a cabeça
– Tem a nossa proteção e a partir de hoje você ficará aqui. – Loretta deu a palavra final. – Não podemos negar que quando você está ao nosso lado teremos informações privilegiadas e espero que você coopere. – Damian concordou. – Então não se preocupe com o que deixa para trás, é melhor que não volte a sua antiga casa.– Acha que ela poderia… – Damian não consegue terminar de falar e deixa a frase no ar.– Sinceramente eu não sei o que a Rosângela seria capaz de fazer. Prefiro não arriscar. – Damian concordou mais uma vez. – Hoje não teremos o jantar formal na sala de jantar como sempre. Está ficando tarde, sugiro que todos v&at
– Joe para de encarar. – Pedi colocando um pouco de ovos em seu prato.Joe continuou olhando para Damian que está sentado na cadeira a frente, ignorando o olhar de todos e se concentrando em seu café da manhã. – Não foi ele que te beijou naquele dia? – Joe perguntou olhando Damian de cara feia.Damian ficou surpreso com as palavras do menino de cinco anos. Arregalei os olhos, hoje está a família toda sentada na mesa. Um longa mesa. Olhei para Charles em busca de socorro, ele me ignorou completamente deixando para eu resolver. Poxa, Charles. Ele diz que está tudo bem entre a gente e sei muito bem que não está.– Joe…– Você não vai beijar minha mamãe também não, não é? – Alvin perguntou. Ele está sentado ao lado do Joe.Leonard riu, uma risada maligna.– Com toda certeza não. – O pai de Alvin diz.Agora é a vez de Francine ri.– É uma fila? – Ela diz rindo. – Se não fossemos primos…– Francine! – Felícia chamou a atenção de sua sobrinha.– O que foi? – Francine se segurava nos risos.
– E as alianças? – O juiz perguntou.Charles ainda parecia desacreditado, enquanto eu assinava os papéis. Ele já tinha assinado e pela primeira vez não tenho nervosismo do Charles. Talvez essa foi a maior surpresa que eu já tinha feito a ele e superou ter parecido com Damian na casa dos Grant. Ele não conseguia ficar parado por muito tempo e isso me fazia sorrir.– Ah, eu esqueci dessa parte. – Olhei para Charles. – Mas depois…– Matilde. – Charles chamou o nome de Matilde que não precisou de outra ordem e seguiu em direção ao escritório.Nossas testemunhas são os funcionários da casa e o nosso filho. Joe olhava para a gente com os olhos brilhando e sentado comportado no sofá, assistindo tudo com um sorriso no rosto. Olhei para Charles um pouco confusa do que a Matilde foi fazer.– Só um minuto. – Ele pediu ao juíz.Eu ri.– Por acaso você já tem nossas alianças?Em resposta Charles me abraçou de lado e beijou a minha testa, sorrindo. Arregalei os olhos.– Você tem as alianças. – Suss
P.V. DAMIANA cada dia que passo nessa casa é um sentimento estranho. Olhando o grande campo com um lindo jardim ao lado da casa sinto uma paz que não deveria sentir. Cresci tendo que odiar os Grant e hoje sou um deles. Há um dia atrás foi confirmado, Kaden é meu pai biológico. Rosângela fez questão de anotar em um diário como que aconteceu aquela noite e as suas sensações que gostaria de não ter lido. Mostrei o diário para Kaden e Loretta. Conta que Rosângela sempre foi apaixonada por Kaden e não aceitava o relacionamento dele com a minha tia Pérola.Então forjou aquela noite se fingindo ser ela. No restaurante do hotel onde Kaden estava acostumada a encontrar Pérola, Rosângela comprou um dos garço
P.V. AlineHavia tantos fotógrafos e repórteres em frente ao hospital, até mesmo a entrada do estacionamento estava difícil de ter acesso. Depois de meia hora que cheguei no hospital, sem conseguir entrar, uma empresa de segurança que eu conhecia muito bem apareceu e os seus homens tomaram o lugar contendo as pessoas.É a mesma empresa que Charles e a sua família trabalham, protege toda a família há anos. Com o celular descarregado em mãos é difícil saber o que estava acontecendo. Fiquei feliz quando as portas do elevador se abriram e vi Manuela, apreensiva, mas é um rosto que me trazia conforto.— Manuela, o que está acontecendo? — Perguntei ao sair do elevador.Sem dizer uma única palavra, ela segura meu braço e me puxa em direção ao meu escritório. Médicos e enfermeiros atendiam as pessoas em meio a correria, os pacientes estavam bem comunicativos hoje e perguntavam se o que parecia na televisão era verdade. O que está acontecendo?!— Acho que você ainda não viu os noticiários, não
Convidei alguns reportes para a sala da empresa no hospital, sala específica para esse tipo de pronunciamento. Usada poucas vezes, Porque sempre quando estamos aqui é para reportar sobre acidentes envolvendo muitas pessoas ao mesmo tempo ou doenças. Seria humanamente impossível colocar todos que estavam lá fora e houve briga por termos escolhido apenas alguns. Subi no pequeno palco, tomando o meu lugar. Os olhares estavam atentos sobre mim, finalmente todos haviam ficado em silêncio. Logo estaria se esgoelando já que não abrirei espaço para perguntas. Quero ser rápida antes que Charles me tire daqui pelos cabelos, acabei sorrindo ao imaginar a cena.— Agradeço a presença de todos. — Passei o olhar por cada um dali. — Essa manhã tem sido bem conturbada. Sou Aline Carter e sou…— Grant! — Alguém gritou, querendo me corrigir por não ter mencionado sobrenome Grant.Loretta arranjou uma boa desculpa quanto a isso, mas aparentemente tem aqueles que não vão acreditar.— Sou a diretora desse
Pisquei algumas vezes procurando entender as palavras ditas por ela. Ouvir que a mulher mais forte dessa família e temida por muitos está doente me pegou de surpresa, uma doença foi o único mal corajoso para tentar dominar essa mulher. Sim, tentar, porque Loretta não pode morrer. Não tem porque morrer, todos veem essa mulher como a base da nossa família há anos. Sem Loretta… Quando ela dirá que é brincadeira?A senhora sentada naquele sofá está tão tranquila com as palavras ditas para mim e ela não é de brincar. Apesar das coisas está sendo diferente hoje. Nesses últimos dias Loretta não demostrou está se sentindo mal, mas também não temos visto ela com muita frequência. Será que Charles sabe?— O que você tem? Posso te examinar… — Agitei a mão no ar e dou um sorriso sem graça. — Sei que a família tem os seus médicos particulares… mas… é que…Droga, por que estou gaguejando desse jeito? Achei melhor me calar e esperar pelas suas próximas palavras. Loretta riu, uma risada baixa e nada