Foi muito difícil para deixar Liara largada naquele chão implorando por mim, segui a minha estrada ferido e sem direção, a procura de um lugar que não tivesse lembranças da Liara. Dirigi até a cidade de San José e fui para a casa de campo do Célio, ele não se importará se eu ficar aqui uma longa temporada ao chegar entro com o meu carro e o caseiro me recebe.— Quem é o senhor? O homem de meia-idade fala a poucos metros de distância.Não falo nada, somente retirei a minha mala do carro, e entrei na casa e o homem insiste em não me deixar entrar.— Senhor não pode ficar aqui sem a permissão do dono.— Avise o dono que é o Célio Valença que o seu advogado Eduardo que está aqui. — Falo e entrei na casa, me hospedei no primeiro quarto que vi.Nunca fui um homem de chorar, mas por Liara eu choro, tudo em mim está confuso, só quero ficar sozinho, sem ninguém para me fazer perguntas, após remoer toda a minha dor, misturada com decepção, ilusão, e um desgaste, um cansaço me toma e acabo dormi
Mais um dia sem Eduardo, a saudade dói por dentro, como é difícil acordar e lembrar do que aconteceu, da forma como foi, enxugo as lágrimas e respiro fundo, eu tenho que fazer alguma coisa se não ficarei escrava da depressão e isso eu não quero mais! Eu não aceito.Busquei um táxi e fui para o hospital infantil, como foi difícil explicar para a Joana que eu e Eduardo não estamos mais juntos, não consegui tirar o anel de noivado na esperança que ele volte para mim.Dediquei todo o meu dia a cuidar das crianças, aproveitando as minhas férias fazendo o que eu sempre fiz, cuidar do próximo.Recebi uma ligação da Luna o que me deixou muito feliz, ela diz que acredita em mim e declara total apoio no que eu precisar, me senti feliz.Estou no quarto contando uma história infantil para as crianças e um senhor se aproxima da porta e fica a nos observar quando percebi era o senhor Wilson, pai do Eduardo.Já me preparo psicologicamente para os julgamentos, é a primeira vez que ele me procura, par
EDUARDOA cada dia que passa me afundo mais em tristeza, todas as pessoas querem estar perto de mim, mas a vida não faz mais sentido sem Liara, e isso reflete na minha aparência, não cuidei mais de mim! Vivo pelos cantos, o caseiro é o meu único amigo aqui, hoje era o dia em que eu Liara casaríamos, é impossível esquecer, esse dia fizemos tantos planos juntos.Fiquei no jardim sentado apreciando uma rosa-branca nas mãos, lembro-me que Liara ama rosas, com o olhar triste, sinto a presença de alguém se aproximando, olhei para o lado, não acreditando que ela veio aqui, me levanto rapidamente sem poder escapar da sua presença, nos encaramos, sinto um frio na barriga, o coração bate acelerado e Liara é a primeira a quebrar o silêncio entre nós dois.— Eduardo, eu sei que você já terminou tudo entre nós dois, eu vim só te entregar o anel de noivado, assim como você, eu também estou sofrendo muito. — Liara se aproxima e me entrega o anel, mas eu não quis receber e ela continua a falar — Eu
Como é ruim sentir a frieza do Eduardo, homem esse que dizia me amar e que confiava plenamente em mim, e o seu silêncio me mata e confirma que tenho que seguir sozinha nessa estrada. Deixei o anel de noivado que significava o nosso compromisso de amor sobre uma mesa que ali estava no jardim e ao dar as costas para Eduardo que permaneceu calado como se eu fosse ninguém, comecei a caminhar e a minha vista começa a escurecer, sinto uma tontura e desfaleci.Ao abrir os olhos vejo Eduardo preocupado comigo, o olhar apaixonado e preocupado dele me fizeram até criar esperanças de que ele me falasse que eu ainda sou o amor da sua vida, mas me enganei!Ligo para Tony vir até onde estávamos, o mesmo vem rapidamente onde estamos, e Eduardo pede para Tony me levar ao hospital. Alguns dias venho sentindo pequenos desconfortos, mas nada que me fizesse desmaiar.E durante o caminho para casa, Tony, me pede insistentemente para me levar ao hospital.— Liara, vamos ao hospital, você continua pálida!
Após o caseiro me informar que a minha queria entrar para me ver, subi para o quarto levando comigo a pequena caixa com anel que dei a Liara, sento-me e fico a olhá-lo, pensando nela, sei que a sua vinda até aqui, foi para mostrar que ela vai seguir a sua vida sem mim.Ouço o caseiro chamando por mim.— Antônio, a minha mãe foi embora de vez!— Foi, sim, venha almoçar, se não comer vai ficar doente!O acompanhei e a mesa está posta com a comida preparada por ele! Sento-me e ele começa a me servir.— Como você está hoje, tanta gente veio te ver, você é tão querido por todos.— Menos por minha mãe, eu não falo com ela e nem quero.— Você não se preocupa com o seu pai? Melhorar, liberar perdão meu filho, o rancor e a mágoa nos adoece. Está na hora de você voar dessa gaiola que você mesmo entrou, e fechou a porta, vai enfrentar a todos e lute pela mulher da sua vida. O irmão da Liara me falou que ela vive assim como você está agora! Diferente de você, ela segue sendo voluntária.— Conheci
Eduardo e eu nos abraçamos apertado, era uma troca de energia e ambos precisava disso, a sensação de estar naquele abraço era mágico, o mundo para apenas para nós dois, mas voltei a realidade quando vi Isabela chamando por Eduardo, me desfiz do abraço e me perguntei se os dois andavam juntos.Achei melhor ir embora, as nossas vidas foram separadas e não sei o porquê, não me convenço que não tenho mais espaço na vida do Eduardo.Ele veio atrás de mim, e eu parei só para falar tudo que estava entalado na minha garganta, mas novamente uma ânsia de vômito e tontura me atingiu, os olhos fecharam e acordei numa cama de hospital, tomando não sei o que na veia, Eduardo sentado na poltrona ao lado dormindo, ele desperta e ao me ver se levanta rapidamente.— O que eu tenho Eduardo? — Pergunto.— Não sabemos ainda, o que sei é que você teve uma queda de pressão, você acordou e eles lhe deram um calmante.— Sempre tive a pressão baixa, agora chame a enfermeira, ou o médico que eu quero ir para ca
Só eu nesse momento sabe como estou sentindo-me culpado por tudo que está acontecendo com o meu pai e com a Liara descobrir que vou ser pai em meio a esse caos, me faz rir para o nada, imaginando como será o meu filho. Olho a todo o momento, o celular, não canso de ouvir o som do coração do bebê.Após deixar Liara na sua casa, vim para a minha sozinho e sem sono, abro o celular e começo a visualizar todas as mensagens que recebi em meio a esse tempo, E comecei pelas mensagens dos meus amigos e todos preocupados comigo e enfim visualizei as mensagens do meu pai, todas as mensagens ele pede que eu volte para a casa, papai estava muito preocupado comigo e resolvi ouvir o áudio que ele mandou, mas a voz que ouço é a da minha mãe no áudio, ela começa confessando que nunca amou o papai e que sua gravidez foi o famoso golpe da barriga, quando penso que já me decepcionei o suficiente com ela, mamãe enterra ainda mais o respeito que tinha por ela, continuei a ouvir e Isabela pergunta o que mam
Eduardo me deixou em casa, nos despedimos e ele me pede que eu repousasse, não o convidei para entrar, preciso de um momento sozinha para assimilar o que está acontecendo, continuo sem acreditar que estou grávida, entrei e ele foi embora, fiquei preocupada com Eduardo sozinho naquele apartamento.Na sala mamãe me esperava, e Tony trabalhava ao seu lado, os dois ao me verem me olham.— Liara filha só não ficamos mais preocupados porque Eduardo nos avisou que ele lhe acompanhava no hospital. — Minha fala ao me abraçar.— Irmã fala o que você tem, esses desmaios, tem uma causa? — Tony pergunta.— Tem uma causa! Estou grávida.Quando falei, Mamãe e Tony ficam perplexos, eles não falam nada e a minha me abraça, Tony também.— Parabéns Liara, nossa vou ser titio! — E eu vovô, nossa que notícia maravilhosa, estou tão feliz, vejo desânimo no seu olhar Liara.— Cansaço, indecisão, muita coisa aconteceu, Eduardo quer que eu vá morar numa casa maior e de preferência perto dele.— Concordo com e